HIDRADENITE SUPURATIVA

HIDRADENITE SUPURATIVA

HIDRADENITE SUPURATIVA

Introdução

A hidradenite supurativa também conhecida como hidrosadenite ou acne inversa, é uma doença rara de pele, mais frequente em mulheres e após a puberdade. É considerada uma doença inflamatória crônica do folículo piloso, similar à acne e estruturas associadas. Embora este problema possa surgir em qualquer região do corpo, preferencialmente é mais comum em algumas áreas da pele, com pelos, em que a pele fica roçando, como nas: axilas, mamilos ou debaixo das mamas, nádegas, virilhas e ânus, bem como região genital e glútea (em torno). A pele destas áreas é mais rica em glândulas sudoríparas apócrinas. Provoca o surgimento de caroços dolorosos debaixo da pele, que podem romper e provocar mau cheiro, deixando cicatriz na pele ao desaparecerem. Em razão da dor e odor fétido a doença pode se tornar incapacitante.

Moriel Sophia – Cromoterapeuta

SINATEN – 0880

Julgava-se que a hidradenite supurativa representava uma inflamação ou infecção destas glândulas, porém, hoje se acredita que surja da inflamação dos folículos pilosos dessas regiões. É assim chamado quando os folículos capilares são bloqueados e se inflamam. A inflamação folicular e a subsequente oclusão levam à ruptura do folículo e ao desenvolvimento de: abscessos, fístulas e cicatrizes. É desconhecido o porquê desse bloqueio.

Esta patologia também consta da longa lista dentre aquelas que não têm cura, controlada com remédios e pomadas para evitar novos caroços e o surgimento de mais complicações. Pode ser considerada uma doença auto-inflamatória, quando ocorre uma resposta inflamatória exagerada que agride e danifica a pele e as estruturas associadas. Parece haver uma tendência familiar (cunho genético) para sua ocorrência, assim como associação com outras alterações de saúde e alguns hábitos como o tabagismo.

As pesquisas têm mostrado que existe uma predisposição genética para a hidradenite supurativa, mas, de fato, apenas um terço dos pacientes tem histórico familiar da doença.

Desenvolvem-se massas edemaciadas (edema com intumescimento de tecidos moles decorrente do aumento de líquido intersticial) e sensíveis, semelhantes a abscessos cutâneos. Essas lesões são frequentemente estéreis.

Nos casos crônicos, têm-se: dor, flutuação, formação de trajetos fistulosos e drenagem de secreção. Nos casos crônicos, podem ocorrer infecções bacterianas nos abcessos profundos e fístulas. Naqueles casos crônicos localizados nas axilas, há coalescência (aglutinação) dos nódulos inflamatórios formando cordões palpáveis fibróticos.

Estadiamento

O diagnóstico da hidradenite supurativa é por exame clínico e de cultura dos abscessos profundos, bem como, das fístulas em pacientes com doença crônica, embora pode ocorrer que nenhum patógeno será encontrado. O sistema de estadiamento de Hurley descreve a gravidade da doença.

Estágio I: formação de abscessos, único ou múltiplo, sem fístulas nem cicatrizes.

Estágio II: acessos recorrentes únicos ou múltiplos, esparsamente separados, com formação de fístula ou cicatrizes.

Estágio III: envolvimento difuso ou quase difuso de múltiplos abscessos e fístulas interconectados ao longo de toda a área.

Sintomas

Podem surgir em qualquer idade, sendo mais frequentes após os 20 anos e incluem:

inflamação: da pele com caroços de vários tamanhos ou cravos. Os cravos são pequenos pontinhos pretos presentes na pele, principalmente no rosto, muito comuns, embora sejam mais ocorrentes durante a: puberdade, adolescência e vida adulta.

vermelhidão (edema): intensa no local afetado.

dor: intensa e constante.

transpiração: excessiva na região.

formação de canais: por baixo dos caroços.

Ocorrência

Os caroços podem demorar várias semanas e até meses para desaparecerem, sendo maiores e mais dolorosos em pessoas com: excesso de peso, estresse constante ou em período de grandes alterações hormonais (puberdade ou gravidez).

Fator de Necrose Tumoral Alfa (TNF-α)

A farmacêutica AbbVie (desdobramento da Abbott Laboratories) possui o medicamento biológico adalimumabe, um anticorpo monoclonal totalmente humano, que bloqueia o efeito da proteína que parece piorar os casos de hidradenite supurativa, chamada de Fator de Necrose Tumoral Alfa (TNF-α) e que se faz presente em níveis elevados nesta patologia. Esse composto é responsável por desencadear a inflamação e gerar as complicações na pele, não somente na hidradenite supurativa, como também na psoríase e uveíte não infecciosa, classificadas como doenças inflamatórias crônicas imunomediadas (quando o sistema de defesa do organismo, chamado de sistema imune, não reconhece e ataca células saudáveis do próprio corpo), com poucas opções de tratamento e que, em sua fase grave, impactam a capacidade funcional e a qualidade de vida do paciente.

Adalimumabe age bloqueando a proteína chamada TNF-alfa que, quando produzida em excesso pelo sistema imunológico, causa a inflamação que pode levar a doenças crônicas, como a: artrite reumatoide, psoríase, doença de Crohn, hidradenite supurativa, entre outras.

Refere-se a um grupo de citocinas capaz de provocar a morte de células (apoptose) tumorais e que possuem uma vasta gama de ações pró-inflamatórias. As citocinas são proteínas que modulam a função de outras células ou da própria célula que as geraram. São produzidas por células diversas, mas principalmente por linfócitos e macrófagos ativados, sendo importantes para o controle da resposta imune.

O TNF-α é secretado principalmente por macrófagos (célula de defesa do organismo do sistema imunológico). Seu mau funcionamento pode causar: inflamações dolorosas (doenças autoimunes) e auto inflamatórias, choque séptico e o aparecimento de tumores.

Tipos

O TNF-α (CARSWELL et aI., em 1975), chamado de fator de necrose tumoral, é assim denominado por causar a necrose de alguns tumores. Sua toxidade direta foi reconhecida (BEUTLER et aI., 1985) quando redescobriram o TNF-α como uma substância idêntica à caquexina (perda de tecido adiposo e músculo ósseo), um mediador sérico (plasma no sangue) implicado nas síndromes consumptivas (perda de peso), presente nas doenças parasitárias e neoplasias (massa anormal de tecido, resultante do crescimento anormal ou divisão de células). Hoje o TNF-α é reconhecido como um importante mediador da atividade letal das endotoxinas, libertando-se os lipopolissacarídeos (LPS) formadores da parede bacteriana externa das bactérias gram-negativas. Um componente do LPS, o lipídeo A, pode causar uma resposta de febre ou até choque séptico em humanos

TNF-α (fator de necrose tumoral): produzido principalmente pelos macrófagos. Além de inibir e matar células tumorais, pode estimular a resposta inflamatória e outras citocinas que causam febre e combatem infecções. Incluem-se no grupo das citocinas (glicoproteínas não imunoglobulinas), liberadas por células vivas do hospedeiro e que agem não enzimaticamente, regulando diversas funções celulares.

TNF-β (linfotoxina): citocinas produzidas por linfócitos T citotóxicos com a função de romper células tumorais. Difere-se do TNF-α por sua cadeia estrutural polipetídica e também por seus efeitos.

Mecanismo de Ação

O TNF-α, quando liberado em baixas concentrações, age nas células endoteliais promovendo vasodilatação e estimulando as quimiocinas, que tem ação quimiotáxica em relação aos leucócitos, promovendo, desta forma, um processo inflamatório local que possibilita o combate a quadros infecciosos. No hipotálamo ele age como pirógeno endógeno induzindo febre, enquanto que no fígado vai estimular a produção das proteínas da fase aguda do processo inflamatório e de fibrinogênio.

SUGESTÃO DE APLICAÇÃO

Diante da sintomatologia apresentada neste protocolo, temos o seguinte:

Filtro D27 – VERDE / VIOLETA / AZUL (antibiótico) – aplicar nos locais que apresentarem inflamação crônica do folículo piloso, que mais comumente atinge áreas da pele, como nas: axilas, mamilos ou debaixo das mamas, nádegas, virilhas e ânus, bem como região genital e glútea (em torno).

Filtro D29 – VERDE / VIOLETA / AZUL / ÍNDIGO (antibiótico) – alternativa para uso diante de edemas (vermelhidão) e intensa e constante dor local.

Filtro AM-Limão (antiperspirante) – diante de uma transpiração excessiva na região.

Filtro I1 – PRETA / MARROM / VERMELHA / LARANJA / AMARELA (quimioterápico) – substituir o antibiótico Filtro D27, quando os efeitos do mesmo não apresentarem efeito.

Filtro J1 – VERMELHA / LARANJA / AMARELA / VERDE / AZUL / ÍNDIGO / VIOLETA / ROSA  (vitamínico) – a aplicação deve se dar nos mesmos pontos em que foram aplicados o Filtro I1.

Filtro D20 – VERDE / ROSA / AZUL / ÍNDIGO / PRETA (anti-histamínico/antiprurídico) – é para ser aplicado junto aos locais que já tiveram a formação da hidradenite supurativa com cicatrizes e a presença de muita dor. Por se tratar de um local de intensa cronicidade, a COR PRETA se faz presente para rompê-la e abrir espaço para a penetração das demais CORES.

Filtro AMARELO (efeito purgativo) – aplicar no local aonde já ocorreu a hidradenite supurativa e ainda se mantém com edema (vermelhidão) o Folículo Piloso, motivo da inflamação/infecção.

LEMBRETES

Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. Esta terapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o “médico” e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações possuem apenas caráter educativo e é permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.

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