Ácido Acetilsalicílico

Ácido Acetilsalicílico

Ácido Acetilsalicílico

 ANTIPIRÉTICO

ANTIINFLAMATÓRIO

CEFALÉIAS

               Quem foi que ainda não fez uso de: AAS, Anador, Apracur, Aspirina, Cibalena, Dipirona, Novalgina ou Tylenol. Referem-se não somente a agentes ativos de medicamentos, como são representantes de nomes comerciais de remédios disponíveis para combater dores em geral, embora nem sempre com o mesmo desempenho.

               Como se sabe, todos tem seus riscos, porém seus efeitos são quase que imediatamente identificados por nós, por sentirmos o bem estar que procuramos ao ingerí-los. Este ato não é o mais são de nossas vidas, por desconhecermos o que está ocorrendo com o nosso corpo. A automedicação é problemática, devendo ser evitada ao máximo. Somente numa emergência é que devemos recorrer a este expediente.

               Também tem o fato de que os “pronto-atendimentos hospitalares” á nossa disposição não são capacitados profissionalmente para nos dar a tranqüilidade necessária, a certeza de que estamos em boas mãos, uma vez que, passados pelos médicos, o que foi receitado não trás o alívio esperado e quase sempre há discordância de diagnósticos quando do retorno aos plantonistas.

               Com relação à saúde estamos assim: “se ficar o bicho pega, se correr o bicho come”.

               O tema em questão é o Ácido Acetilsalicílico – AAS. Outros demais, apontados no início deste artigo serão tratados em outras abordagens, de forma a se ter uma boa idéia de como estamos nos auto-ajudando.

               Deixamos claro que nossas anotações são de caráter educativo, não se prestando para automedicação. Somente o profissional da área médica é quem tem condições de prescrever tais medicamentos. Nosso interesse é esclarecer como este atua em nosso corpo físico, transformando-o num indicativo para CROMOTERAPIA, conforme pode ser abalizado na parte final, quando descrevemos as sugestões cromoterápicas disponíveis em função do conteúdo visto.

Moriel Sophia 

Cromoterapeuta – Sinaten 0880

Definição

               A origem do nome vem de “A” de acetyl e “SPIR” de ácido spireico, um composto derivado da planta “Spiraea ulmaria”, quimicamente idêntico ao Ácido Acetilsalicílico – AAS. Uma lenda diz que o nome vem do Santo Aspirinus, que era o Bispo de Nápoles e o padroeiro das dores de cabeça.

               É o ácido cujo nome comercial a que está mais ligado é o da Aspirina, sendo este o seu princípio ativo. É um fãrmaco do grupo dos aintiinflamatórios não esteróides – AINEs. Indicações mais recentes a apontam como preventiva das doenças cardiovasculares: angina, infarto, derrame e etc. A Aspirina é principalmente usada para condições pouco graves, que requeiram três efeitos simultaneamente, como: as constipações / resfriados e outras infecções virais de pouca conseqüência. Porém, em alguns países, o seu uso foi banido para tratamento terapêutico.

               Seu uso é recomendado para diversos fins, como:

analgésico: substância ou medicamento que diminui ou suprime a dor.

antiinflamatório: que combate as inflamações.

antipirético: que combate a febre, abaixa a temperatura do corpo.

antirreumático: que combate o reumatismo.

desplaquetador sangüíneo: faz o sangue ficar mais líquido, mas “fino“.

uricosúrico: que aumenta a eliminação do ácido úrico pelos rins através da urina (sendo um medicamento usado no tratamento da gota).

Obs.: em todas estas aplicações, se a doença é crônica e não aguda, é geralmente preferível utilizar outros AINEs com menos efeitos secundários a longo prazo.

DOR: é a parte mais importante do sistema de alarme de nosso corpo que chama a atenção para qualquer distúrbio de saúde ou ferimento. A principal indicação da Aspirina é o combate às dores, incluindo enxaquecas (dores de cabeça), que acontece pela inibição da biossíntese da prostaglandina, quem provoca os estímulos dos milhares de minúsculos terminais nervosos distribuídos ao longo de nosso corpo, sensíveis aos estímulos: mecânicos, elétricos, térmicos e químicos. A sua ação analgésica ocorre conjuntamente com sua ação antiplaquetária, sendo que essa última leva a uma diminuição da ação coagulante do sangue, permitindo uma melhor “fluidez” do mesmo, mas ao mesmo tempo aumenta a chance de sangramentos indesejados. Diminui a dor inflamatória de intensidade baixa a moderada, mas é ineficaz nas fortes.

Obs: O Paracetamol (analgésico e antipirético) é mais eficaz enquanto analgésico.

 

INFLAMAÇÃO OU FLOGOSE: termo derivado de “flogístico” que, em grego, significa “queimar”, cujo processo patológico fundamental caracteriza-se por: dor, calor, rubor e edema (acúmulo anormal de líquidos). A inflamação ou processo inflamatório pode ser considerada como uma reação de defesa local visando compensar essas alterações por intermédio de reações teciduais, principalmente vasculares e que buscam destruir o agente agressor. Tal resposta é mediada através de substâncias chamadas de prostaglandinas (molécula derivada do ácido araquidônico e reguladora das vias metabólicas) e que causam uma maior permeabilidade capilar, bem como, tem o poder da quimiotaxia (mudança de orientação em resposta a um estímulo químico), atraíndo células tipo macrofagos especializadas na fagocitose (ingestão e destruição) de restos celulares resultantes do processo inflamatório. Ocorre também um aumento do calibre dos capilares responsáveis pela irrigação sangüínea do local, resultando em uma estase vascular, um sinal da inflamação. Já, os antiinflamatórios são drogas capazes de minimizar este processo reacional de defesa do organismo de modo a minimizar o dano e dando maior conforto ao paciente, ou seja, modulando a resposta de defesa deste. Podem ser de natureza hormonal (esteroidais), como os corticóides que têm sido considerados agentes inibidores da produção de prostaglandinas. O resultado final é a parcial ou total redução da liberação dos mediadores pró-inflamatórios. A Aspirina tem a qualidade apresentada como antiinflamatório, pela ação ocorrente  junto à prostaglandina, conforme citado acima. É um eficaz antiinflamatório, uma vez que diminui a resposta inflamatória.

 Obs.: no longo prazo os seus efeitos adversos levaram à sua substituição pelo Ibuprofen (outro AINE) para controle da inflamação crônica.

 ANTIPIRÉTICO: substância utilizada para diminuir ou tirar a febre ao aumentar a quantidade de calor que se desprende do organismo. A Aspirina é um  analgésico, antipirético e antiinflamatório, bem como, um antiagregante plaquetar (baixas doses, usado para prevenir Tromboembolias), por atuar na: dor, febre e inflamação. Os antipiréticos podem fazer com que os vasos sangüíneos da pele se dilatem, assim permitindo que maior porção de sangue circule junto à superfície da pele, onde pode ser esfriado pelo ar.

ANTIRREUMÁTICO: reumatismo é o termo usado para designar um grupo de doenças caracterizada por dor e restrição do movimento e que afeta: articulações, músculos e esqueleto. Portanto, antirreumático é o medicamento que age na eliminação destes sintomas.

DESPLAQUETADOR SANGUÍNEO: a Aspirina é a primeira escolha enquanto antiplaquetário, para prevenção de enfarte do miocárdioAVCs em indivíduos de risco, como idosos, sendo indicada uma pequena dose todos os dias, por combater a formação de trombos nas artérias e prevenir tromboses arteriais.

URICOSÚRICO: o que aumenta a eliminação do ácido úrico pela urina. São os medicamentos usados no tratamento da gota.

História

               Está na Bíblia, em Levíticus: as folhas e galhos do Salgueiro que nasce nos riachos são medicinais. Este remédio também é mencionado em textos das civilizações antigas do: Médio Oriente, Suméria, Egito e Assíria.

               Há 2400 anos, Hipócrates, médico grego e pai da “Medicina científica“, escreveu que o pó ácido da casca do Salgueiro ou Chorão (que contém salicilatos e é potencialmente tóxico) aliviava dores e diminuía a febre, bem como, já recomendava folhas de Salgueiro para doenças e trabalhos de parto. Os nativos americanos também o usavam, para: dores de cabeça, febre, reumatismo e tremores.

               Salgueiro é a designação comum às árvores e arbustos do gênero Salix, da família das salicáceas, geralmente cultivadas como ornamentais ou pelas madeiras. O agente ativo presente na casca desta planta foi identificado em 1827, como sendo um composto aromático, a Salicina, que poderia se transformar facilmente em álcool salicílico (usado em medicina, na indústria de fármacos e também de corantes, por simples hidrólise), que por sua vez, poderia ser oxidado.

Cronologia (parcial)

1763: o reverendo Edmund Stone, de Chipping Norton no condado de Oxford, Reino Unido, redescobriu as propriedades antipiréticas da casca do Salgueiro e as descreveu de forma cientifica.

1828: O princípio ativo da casca, a salicina ou ácido salicílico (do nome latino do Salgueiro Salix alba) foi isolado na sua forma cristalina pelo farmacêutico francês Henri LerouxRaffaele Piria, químico italiano.

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