Bocejo
Bocejo
Definição
Primal, irreprimível e contagiante, o gesto revela a base evolutiva e neural da empatia (identificação) e do comportamento inconsciente. Aliás, tente ler sem bocejar.
Moriel Sophia – Cromoterapeuta
Sinaten – 0880
O bocejo é uma ação involuntária do corpo na qual abrimos a boca e inalamos uma grande quantidade de ar. Ao realizar a inspiração: o pulmão se expande, os músculos abdominais são flexionados e o diafragma é contraído. O bocejo também provoca o aumento do ritmo cardíaco, elevando os batimentos em até 30%.
Não se sabe exatamente o que provoca o bocejo, mas sabe-se que ele é muito comum quando a pessoa está com sono ou muito cansada. O bocejo excessivo é aquele que ocorre mais vezes do que o normal, em situações não relacionadas ao cansaço ou sono.
Entre as possíveis causas de bocejo em excesso estão: cansaço e sonolência, narcolepsia (transtornos relacionados à sonolência excessiva), síndrome vasovagal, enfarto, dissecção da aorta, desidratação, fadiga, doença cardíaca e distúrbios da tireoide.
Introdução
Imagine um bocejo. Você alonga os maxilares, abrindo os lábios escancaradamente, toma fôlego profundo seguido por uma expiração mais curta e termina fechando a boca: ahhh… Você acaba de se juntar aos vertebrados do mundo inteiro num dos rituais mais antigos do reino animal.
À primeira vista parece um tema sem muita importância, mas quando damos início à pesquisa sobre o tema é que vemos a extensão das informações disponíveis sobre o assunto e as dúvidas que perduram sobre ele.
Impressiona que o bocejo está associado com a mudança de estado comportamental, ou seja: da vigília ao sono, do sono à vigília, do estado de alerta para o tédio, a iminência de um ataque, excitação sexual, a mudança de um tipo de atividade para outro. Trata-se de um ato vigoroso, generalizado, que pode agitar nossa fisiologia e facilitar tais transições, com o ato motor tornando-se o estímulo para a resposta contagiosa de evolução mais recente.
Quando as pessoas ao nosso redor nos vêm bocejar, logo associam que provavelmente não tenhamos tido bons período de sono, o que necessariamente responde ao que está acontecendo conosco. São vários os motivos que explicam por que bocejamos, porém, nenhum deles apresenta um consenso entre os especialistas, podendo ser listados:
sono: o mais comum e os neurologistas afirmam que: “O bocejo é um dos sintomas comportamentais de sonolência”. O objetivo do corpo quando bocejamos é liberar a dormência absorvendo maior quantidade de oxigênio.
outros fatores: entre os que também podem fazer com que as pessoas abram a boca, tem-se: o tédio, a tensão e a agitação.
O bocejo pode estar ligado também a alterações de substâncias que o organismo libera em nossa corrente sanguínea, (acetilcolina e dopamina), pelos seguintes fatores:
acetilcolina: o primeiro neurotransmissor descoberto ligado e tem um papel importante tanto no sistema nervoso central – SNC, entendido como encéfalo e medula espinhal, envolvida na memória e na aprendizagem. Junto ao sistema nervoso periférico – SNP, presentes o sistema nervoso somático – SNS e sistema nervoso autônomo – SNA. É o único neurotransmissor utilizado no SNS e um dos muitos do SNA. É também o neurotransmissor de todos os gânglios autônomos. No SNS, a contração muscular ocorre devido à liberação desta substância pelas ramificações do axônio. No SNA, os nervos simpáticos também produzem a acetilcolina, além da noradrenalina, diferentemente do parassimpático.
dopamina: neurotransmissor (tipos: D1 a D5) produzida especialmente pela substância negra, envolvida no: controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição e memória. É precursora natural da adrenalina e noradrenalina, com função estimulante no SNC. Tem um papel estimulante que ajuda a explicar porque bocejamos em situações diferentes daquelas em que estamos apenas com sono. Sua desregulação está relacionada a transtornos neuropsiquiátricos como Mal de Parkinson (escassez) e na esquizofrenia (excesso no mesolímbico e escassez na via mesocortical).
Contágio
Ainda não se sabe exatamente o motivo pelo qual repetimos o ato de bocejar após vermos alguém assim fazê-lo, reproduzindo um ritual contagiante que é mais do que automático no abrir a boca, mesmo que não se esteja com sono ou entediado.
Na forma espontânea, o bocejo pode se dar antes e depois de dormir, quando estamos entediados, estressados ou quando estimulados a isso. Sentimos vontade de bocejar quando vemos outro bocejando, pois é um mecanismo de sobrevivência que tem o efeito colateral de refrescar o nosso cérebro, tornando-nos mais alertas e menos propensos a cochilar.
Afirmam os cientistas que, seja na forma espontânea ou contagiosa, o ato de bocejar está relacionado à regulagem da temperatura do cérebro, pois ajuda a aumentar o fornecimento de oxigênio. É quase um processo de comunicação: nosso cérebro é o receptor que recebe a mensagem do emissor e reproduz a ação. Porém, por esse motivo pesquisadores afirmam também que bocejar em temperaturas com excesso de frio pode até ser prejudicial, pois pode resfriar o cérebro.
Pesquisa explica que o bocejo contagioso ocorre somente em determinadas áreas com temperaturas externas amenas, excluindo temperaturas extremas (muito quente ou muito fria). Durante um determinado verão e um determinado inverno, pedestres foram abordadas e a elas foram mostradas fotos de pessoas bocejando e observaram se as pessoas reproduziam o mesmo ato cujo resultado foi comparado a um estudo idêntico realizado junto à uma região de clima árido. Foi concluído que não se trata das estações do ano nem da luz do dia. O bocejo contagioso se dá de acordo com a zona térmica ou temperatura ambiente em torno de 20º C. Em contrapartida, quando o clima ultrapassava dos 37º C (muito quente) ou em torno de congelamento (muito frio), o bocejo contagioso diminuiu consideravelmente. Portanto, as conclusões destes pesquisadores é a de que o bocejo não é funcional quando a temperatura ambiente é tão quente como o nosso corpo, podendo ser desnecessário ou até mesmo prejudicial. Nosso cérebro sabe disso e age exatamente dessa forma.
Mecânica do bocejo
O movimento se dá de forma generalizada e requer mais que manobras das vias aéreas e abertura da boca e sim: os músculos faciais se alongam, a cabeça inclina-se para trás e os olhos se estreitam ou se fecham, há produção de lágrimas e saliva, no ouvido médio, as trompas de Eustáquio se abrem e são desencadeados muitos outros atos cardiovasculares, neuromusculares e respiratórios.
O bocejo ou boquejo, bem como o espreguiçamento têm propriedades em comum e podem ser executados juntos como partes de um complexo motor global. Mas nem sempre eles ocorrem simultaneamente. Geralmente as pessoas bocejam quando espreguiçam, mas nem sempre espreguiçam ao bocejar, especialmente antes de dormir.
Técnicas de parar de bocejar
O assunto é inspirador, pois existe uma grande quantidade de técnicas que auxiliam àqueles que desejam interromper os bocejos. Elas não estão contidas neste artigo, uma vez que para mim é mais importante bocejar do que tentar reprimi-lo. Os interessados poderão conhecê-las pesquisando sobre o nome de Stop a Yawn (parar o bocejo).
Cabe o alerte de que, embora bocejar não seja uma doença, às vezes isso pode ser um sinal de algum problema grave de saúde. Principalmente se os bocejos forem acompanhados de: fadiga crônica, espasmos musculares, visão embaçada ou dores no peito. Cuidados médicos devem ser buscados para uma avaliação adequada.
Ato prazeiroso
Estudos comprovam que bocejar realmente provoca uma sensação prazerosa para grande parte das pessoas (nota 8,5 numa escala de dez pontos). O impulso crônico, apesar da incapacidade de bocejar é perturbador para quem o experimenta.
Explicações empíricas
Bocejamos quando entediados: um ponto para a cultura popular. Pessoas enfastiadas realmente bocejam muito. Mas a reação não é exclusiva dos enfastiados; existem evidências empíricas informais de bocejo entre paraquedistas antes do primeiro salto, de atletas olímpicos nos minutos que antecedem a competição, do violinista prestes a entrar no palco para executar um concerto.
O bocejo acontece quando a energia negativa é consumida. O bocejo contínuo, que popularmente é conhecido como quebranto, quando uma pessoa não consegue parar de bocejar, diz-se que é um sono causado pelo mal olhado de pessoas invejosas, então vejam que o bocejo nada tem a ver com sono e até a sabedoria popular confirma isso. A razão está na energia negativa.
Há ainda quem diga que a falta de oxigênio dentro de lugares muito cheios, faz as pessoas buscarem ar e o bocejo faria esse processo. Mas prefiro entender que o ambiente está carregado de energia negativa que precisam ser consumidas.
Os bocejos são frequentemente seguidos de um forte lacrimejamento, assim, de acordo com os ensinamentos, o bocejo acontece para aliviar o corpo astral de energias pesadas.
SUGESTÕES DE CROMOTERAPIA
Tenho como certo ser um ato vigoroso, que agita nossa fisiologia, ao sentirmos certo mal-estar e que após um bocejo, energias junto a nós são liberadas e as sentimos desprenderem-se trazendo o alívio que necessitamos para retornarmos ao nosso equilíbrio.
Repetidas vezes citou-se neste artigo que não existem informações concludentes sobre o assunto, uma vez que nenhuma pesquisa científica foi realizada sobre as energias que se misturam ao nosso redor e que as chamamos de “aura”. Realmente não sabemos como se movimentam e como chegam até nós. Quando se fazem presentes em nossa “aura”, com certeza sei que nos deixam enfastiados e fatigados.
Tentando definir o que é “mal-estar” pode-se dizer que é: sensação desagradável de perturbação do organismo, indisposição que não chega a configurar doença, mas sim, incômodo e indisposição. Produz um estado de: inquietação, aflição mal definida, com ansiedade, insatisfação. Portanto, ele pode ser entendido de acordo com a sua própria definição, qual seja a ausência de bem-estar.
A fadiga é um sintoma, ao invés de um sinal, caracterizada por uma falta de energia e sensação de: cansaço, letargia e apatia. Descreve um estado físico e/ou mental de estar cansado e fraco, tendo-se:
física: significa que não se pode continuar em níveis normais de capacidade física.
mental: traduz um estado mais inclinado para sonolência e incapaz de se concentrar corretamente.
O bocejo pela fadiga física vem do esforço muscular muito intenso, que cansa pelo acúmulo de ácido lático no músculo. Seu cérebro também. Muitas vezes não nos damos conta que, após um intenso trabalho intelectual, o cérebro também fica “cansado“, e também precisa de um tempo para relaxar. Ignorar essa necessidade pode causar uma série de problemas. O bocejo pela fadiga mental está relacionado à regulagem da temperatura do cérebro, pois ajuda a aumentar o fornecimento de oxigênio.
Já, o bocejo que ocorre diante da reação vivenciada entre paraquedistas antes do primeiro salto, de atletas olímpicos nos minutos que antecedem a competição, do violinista prestes a entrar no palco para executar um concerto está diretamente ligado ao medo referente ao novo e do desempenho e riscos envolvidos, classificados também como fadiga mental.
Com relação ao bocejo diante da energia negativa, popularmente conhecido como quebranto, se dá pela saturação áurica que nos impele à prática do bocejar, de forma a dissipar tais energias.
Lugares muito cheios, sem ventilação adequada faz as pessoas buscarem ar e o bocejo, neste caso é a resposta para esta situação, uma vez que nosso cérebro não tem reserva sanguínea que o oxigena ininterruptamente e o bocejo produz troca de gases que abranda o processo em curso. O ideal é se fazer presente e sempre junto a lugares bem refrigerados.
O forte lacrimejamento que se seguem aos bocejos, de acordo com os ensinamentos, o acontece para aliviar o corpo astral de energias pesadas.
LEMBRETES
Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. Esta terapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o “médico” e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações possuem apenas caráter educativo e é permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.