Propriedades Medicinais

Introdução

               No decorrer do tempo, o homem veio a descobrir que as frutas con­têm um grande valor nutritivo e medicinal. Essa descoberta não é recente, trata-se de um conhecimento que advém da célebre e velha escola de medi­cina de Salerno, que não deixou de apregoar-lhes o poder curativo. Os tex­tos trazem bem explícitos sobre “todo o bem dos valiosos produtos das ar­vores”.

Moriel Sophia – Cromoterapeuta

Sinaten – 0880

             A escola de Salerno foi a primeira escola de medicina medieval em Salerno, cidade costeira e cosmopolita situada no sul da Itália. Em seu tempo, foi a mais importante fonte de conhecimento medicinal na Europa. Em sua época,  os médicos formados em Salerno não encontravam rivais no Mediterrâneo ocidental quanto ao conhecimento prático.

               Destes nossos ancestrais, que conheciam os princípios ativos necessários ao perfeito equilíbrio orgânico através de frutas, vem o uso da: ampeloterapia (cura pela uva), a maloterapia (cura pela maçã), a citroterapia (cura pelas frutas cítricas, mais especificamente através do limão) entre tantas outras. A literatura disponível diz que, alguém que sofra de algum mal e não sabe qual é, ou quais são eles e vier a adotar o regime frugívoro (que se alimenta de frutos), terá todas as enfermidades expulsas do seu corpo.

               A medicina fez grandes progressos nestes últimos tempos e põe hoje as frutas entre os maiores agentes terapêuticos, com um intenso incentivo para se comer frutas, por serem portadoras máximas dos sais minerais e das vitaminas que governam a saúde. A análise das cinzas das frutas, em confronto com as de alimentos cozidos, mostra que aquelas em geral, são ricas em elementos minerais e vitaminas, que fornecem em proporções suficientes ao organismo, ao passo que estes são pobres nesses elementos nutritivos.

               Dentre as propriedades medi­cinais catalogadas, encontram-se aquelas que são: adstringentes, emolien­tes, excitantes das funções gástricas, ativadoras das funções intestinais, desintoxicadoras do organismo, dissolvendo e expelindo venenos, aquelas que suprem o organismo das necessárias vitaminas e os indispensáveis sais e etc.

               As frutas mais indicadas para a cura são as ácidas, já que os diversos ácidos que eles contêm, quando queimados no or­ganismo produzem carbonatos alcalinos e ao se combinarem com a potassa ou potássio, convertem-se em ótimos diuréticos e laxantes, como: limões, maçãs e morangos. Estes ácidos têm, por outra parte, a virtude de dissolver toda matéria estra­nha dos tecidos e que, dissolvida, pode ingressar na corrente circulatória para sua eliminação.

               Quanto ao tempo de duração da ”cura de frutas“, varia segundo as condi­ções do paciente e o gênero da doença. Pode durar alguns dias ou várias semanas ou meses, porém, de todas as maneiras não convém prolongar demais. As curas de frutas, não são indicadas em certos estados patológicos, como nos casos de: tuberculose, anemia, debilidade geral e desnutrição.

               Ilustrando-se os princípios ativos, característico de cada espécie, abaixo é dada uma relação resumida destes, a saber:

abacate: antirreumático, carminativo (antiflatulento), digestivo e laxativo.

abacaxi: eupéptico (que regula a digestão), germicida, oxidante forte, de­sobstruente do fígado, anti-ictérico, antiartrítico, anti-hidrópico, antidifté­rico, afecções da garganta e arteriosclerose.

abiu: peitoral.

ameixa: purgativa e depurativa.

amêndoa: boa contra as enfermidades do peito e a irritação das vias urinarias.

araçá: pequeno fruto, do tipo da goiaba e que serve como calmante.

azeitona: a verde é adstringente, ao passo que a preta é laxativa.

banana: é antidiarreica, calmante, lactígena e  antianêmica.

cambucá: estomacal.

caqui: alcalinizante, bom para as afecções do fígado e os catarros da be­xiga.

castanha: benéfica para os rins e o fígado e muito útil na diarréia das crianças.

cereja: alcalinizante, remineralizante, antidisentérica e eficaz contra a arteriosclerose.

coco: calmante, febrífugo, vermífugo e útil nas inflamações intestinais.

figo : peitoral, laxante, emoliente e vulnerário (cura e cicatriza feridas).

fruta–de–conde: aperiente (estimula o apetite).

goiaba:  antidiarreica e combate os tumores.

grumixama: aperiente, eufórica e reanimadora.

jabuticaba: aperiente, eufórica e reanimadora.

jenipapo: indicado na dispepsia e nas afecções do fígado e do baço.

laranja: antiescorbútica, aperiente, reguladora intestinal, laxante, diuré­tica, antireumática,  anti-histérica, calmante, emenagoga (que provoca a menstruação) e anti-helmíntica (vermífuga).

lima: alcalinizante e antiescorbútica.

limão: mesmas qualidades da laranja e vulnerário.

maçã: antidiarreica, estomacal e peitoral.

mamão: laxante, diurético, emoliente e refrescante.

manga:  anticatarral, antiescorbútica, depurativa, refrescante, diaforética (transpiração profunda) e digestiva.

maracujá: calmante e emoliente.

marmelo: adstringente, fortificante

melancia: calmante, diurética e refrigerante.

melão: calmante e diurético.

morango: diurético, antirreumático, alcalinizante, febrífugo, depurativo do fígado, laxante, eupéptico (boa digestão), tônico nervino (que age sobre os nervos).

noz: bom remédio para o cérebro e para o sistema nervoso em geral.

pêra: diurética e hipotensora.

pêssego: bálsamo para o estomago e um precioso alimento para os diabéticos.

pitanga: refrigerante e antiberibérica. As folhas são febrífugas, mesmo nas maleitas rebeldes.

romã: as raízes são tenífugas (vermífugas).

sapoti: refrigerante.

tamarindo: laxante e até purgativo.

uva: vitalizadora, alcalinizante, antirreumática, depurativa, diurética, laxante, tônica para o sistema nervoso. 

LEMBRETES

Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. A Cromoterapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o “médico” e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações são de caráter educativo e é permitida a total reprodução. As fontes utilizadas na redação deste artigo originaram-se da Internet e foram suprimidas intencionalmente com o propósito de que o presente artigo não seja utilizado com outro objetivo a não ser o acima citado.