Câncer
CÂNCER – Definição
O câncer é uma doença comum, com origem no latim e que significa caranguejo. Ocorre dentro de um crescimento descontrolado de células dos tecidos, sem respeitar os limites dos demais, daí o nome, pela forma como tais células doentes atacam e se infiltram nas células sadias como se fossem tentáculos de caranguejo. É o nome presente em mais de 200 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos. O que não é tratado ou não responde ao tratamento quase sempre causa a morte. Alguns casos raros, nos quais o câncer desapareceu por si foram devidamente documentados. Ele parece ocorrer aleatoriamente em algumas pessoas e em outras como resultado da combinação de fatores:
herança genética (casos familiares): alterações genéticas no metabolismo e nos processos básicos de vida das células, que controlam o crescimento e multiplicação.
hábitos de vida: como alimentação, consumo de álcool e fumo.
fatores ambientais: como infecções e radiação.
Moriel Sophia
Cromoterapeuta – Sinaten 0880
O acúmulo dessas células dá origem aos tumores, que, entretanto, nem todos são classificados como câncer. A palavra tumor corresponde ao aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, podendo disseminar-se através da corrente sanguínea (metástase) para outras partes do corpo dando origem a novos. Estes por seu lado, apresentam as seguintes características:
tumor ou neoplasia maligna: acúmulo de células cancerosas.
tumor ou neoplasia benigna: massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, com crescimento de forma organizada, apresentando limites bem nítidos, sem invasão dos tecidos vizinhos ou desenvolvendo metástases (lipoma e o mioma). Raramente constituindo um risco de vida.
Cada tipo de célula do corpo pode produzir um diferente tipo de câncer, a saber:
carcinoma: com início em tecidos epiteliais, como: pele ou mucosas, mama, próstata, pulmão, intestinos, glândulas salivares e glândulas endócrinas (tireóide, supra-renal, pâncreas, fígado e etc.).
sarcoma: começa na área especifica da estrutura óssea, em tecidos conjuntivos como: osso, músculo ou cartilagem, nervos, células do sangue, tecidos linfáticos e tecidos de origem mesenquimal.
Outras características que os diferenciam entre si são:
velocidade de multiplicação das células.
capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).
Desenvolvimento Celular
Para se entender o câncer, há necessidade de se entender o processo de desenvolvimento celular do homem:
fecundação do óvulo: tem seu início no momento em que o espermatozóide o fecunda, dando origem à célula-ovo.
célula-ovo: célula única que contém, em seu núcleo, toda a informação genética necessária para o desenvolvimento e funcionamento do novo ser e, que por divisões sucessivas (mitose), vai dar origem a todas as células que compõem o indivíduo, passando por complexos processos de diferenciação que formarão os diferentes órgãos e exercerá as mais variadas funções metabólicas do organismo.
informação genética: está armazenada no DNA genômico, sob forma de cromossomos, determinada pela combinação de quatro bases nitrogenadas que constituem o DNA e são conhecidas pelas letras A (adenina), T (tinina), C (citosina) e G (guanina), que ordenadas ao longo do DNA vão determinar a sequência dos genes, que passarão a serem transcritas como A (adenina), C (citosina), G (guanina) e U (uracila) no lugar da T (tinina).
RNA: representa a decodificação da sequência dessas bases e que darão origem às proteínas, responsáveis pelas atividades metabólicas e estruturais das células.
síntese das proteínas: cada combinação de três (3) bases nitrogenadas no RNA representam um (1) aminoácido específico.
fluxo da informação genética: a sequência de bases no DNA é quem determina a sequência de aminoácidos na proteína.
células diferentes: é um reflexo direto da ativação/expressão de diferentes genes capazes de executarem diferentes atividades metabólicas. Desta forma podemos entender que, apesar de diferentes células exercerem atividade metabólica diferentes no indivíduo, elas ainda permanecem idênticas no que se refere ao conteúdo genético do seu DNA, sendo diferentes apenas nas porções ativas do seu genoma (todas as moléculas de uma célula).
agentes mutagênicos: provocam alterações na sequência das bases no DNA, causadas por erros que ocorrem durante a duplicação destes e necessária para a divisão celular. Tais mutações ocorrem em todos os seres vivos, num processo que é fundamental para a evolução e diversidade das espécies. Muitas destas passam por despercebidas por não implicarem em mudanças detectáveis na atividade metabólica. Somente reduzido número de mutações que ocorrem em genes específicos podem determinar vantagens e um crescimento desordenado das células associadas ao desenvolvimento dos tumores.
mitoses: com o passar das divisões, uma célula poderá acumular mutações que, se em número elevado, poderá determinar a perda do controle de sua divisão, determinando assim o aparecimento do câncer ou tumor.
Como se forma o câncer
O câncer é fundamentalmente uma doença genética, não podendo ser encarado como um processo que tenha uma causa específica. A neoplasia é o produto de um processo genético inicial, invariavelmente seguido de um outro e, assim por diante, desencadeando algo dentro de um efeito dominó. Quando o processo neoplásico se instala, a célula-mãe transmite às células filhas a característica neoplásica. Isso quer dizer que, no início de todo o processo está uma alteração no DNA de uma única célula. Se não é destruída pelo sistema imunológico, passará pelo processo de mitose, que é a divisão celular de onde resultará a formação de duas células geneticamente idênticas à célula original. Esta se sucederá infinitamente, até o comprometimento da região ou órgão onde está instalado.
Uma só alteração no DNA não causa câncer. São necessárias várias mutações em sequência, que ao mesmo tempo não sejam mortais para a célula e causem lesões estruturais suficientes para desregularem o mecanismo de crescimento e multiplicação. Muitos genes (sujeitos à mutação cancerígena) já foram codificados, bem como, as proteínas que codificam também têm sido identificadas. O processo se dá:
os genes: unidade fundamental da hereditariedade, constituída pelo segmento de uma cadeia de DNA e responsável por determinar a síntese de uma proteína.
oncogenes (genes do câncer): de alguma maneira alteram os genes normais, formando ou ativando os oncogenes.
antioncogenes: são os que inibem os oncogenes e se forem inativados permitem o surgimento do câncer. Normalmente esses genes regulam o crescimento multiplicação e morte das células. Quando se tornam defeituosos ou ineficientes a célula passa a ter crescimento desordenado, peculiar à doença.
Há muitos fatores implicados nas mutações genéticas (necessárias ao surgimento do câncer). Esses fatores incluem: mutações naturais, duplicação anormal do material genético durante a multiplicação celular e reparo anormal de defeitos prévios. A ocorrência logicamente se dá no momento da divisão celular. Isso porque a célula deve estar duplicando o seu DNA, com uma possibilidade de erros maiores. Assim, substâncias que levam a um aumento na população de determinadas células, indiretamente também são agentes capazes de aumentar a ocorrência de mutações genéticas.
As células duplicam todo seu material genético quando se dividem (mitose). Mutações genéticas mínimas ocorrem muito frequentemente, em todas as pessoas, só que todas as células têm um mecanismo de reparo de DNA, que não permitem o desenvolvimento rápido, pois tais mecanismos em geral são eficientes. Células defeituosas são constantemente eliminadas pelo organismo como uma defesa natural contra essas falhas, porém também com falhas e, ao longo de décadas da vida de uma pessoa ou, em casos mais raros, na infância ou adolescência, defeitos genéticos não reparados podem levar ao câncer. As chances de um “escape“ são proporcionais ao tempo para que se acumulem mutações genéticas em nossas células.
Observa-se que o câncer ocorre mais frequentemente em pessoas idosas. A partir dos 55 anos, a incidência da doença cresce em nível exponencial, indicando que, quanto mais tempo uma pessoa tem para expor seu material genético a um fator qualquer que possa alterá-lo, maior será a chance de acontecer. Se vivêssemos até 200 anos, pelo passar do tempo todos provavelmente teríamos algum tipo de câncer. Se o tempo é um fator importante para permitir ao organismo uma maior exposição a elementos potencialmente lesivos para o DNA celular, a exposição a uma maior quantidade desses elementos lesivos também exerce grande importância no desenvolvimento destes.
A esses elementos lesivos é dado o nome de carcinógenos, que acabam por acarretar um aumento na probabilidade de ocorrência de lesões no DNA, portanto no aumento da incidência de neoplasias. Por carcinogênese se entende, como todo o processo que se inicia na primeira mutação e termina nas alterações moleculares que resultam no câncer clinicamente detectado.
Quando se desenvolve, o tumor lança uma de rede de vasos sanguíneos para se manter e através da corrente sanguínea ou linfática, as células malignas chegam a outros órgãos (metástase) e desenvolvem a doença nestas regiões. Esta doença é tão perigosa diante da capacidade eficiente de reprodução dentro das células, bem como, por se reproduzir e colonizar facilmente áreas reservadas a outras células.
Tais mutações acontecem em três (3) estágios:
estágio de iniciação: esta alteração no DNA pode ser causada por vários fatores, como: as substâncias químicas (benzeno e nitrosaminas), físicos (radiação gama e ultravioleta) ou biológicos (alguns tipos de vírus).
estágio de promoção: é o segundo estágio da carcinogênese. Nele, as células geneticamente alteradas, ou seja, “iniciadas“, sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores, processo este que as transformas em células malignas de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor.
estágio de progressão: é o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença.
Caroços e Saliências
A maioria dos cânceres se encontra alojado profundamente no corpo e somente uma minoria pode ser sentida no exame médico e raramente pelo paciente. No entanto, os mais próximos da superfície, como os que envolvem as glândulas mamárias e linfáticas do pescoço e axilas são os mais fáceis de detecção.
Sintomas suspeitos
Os sintomas podem ser os mais variados. Muitos desses são comuns a doenças mais simples, portanto, a constatação de um ou mais não indica necessariamente a presença da doença. Os sinais presentes há tempos ou com certa frequência, tornam a orientação médica indispensável para se descartar definitivamente tal hipótese.
Persistente e inexplicável
Alteração do hábito intestinal / Dificuldade (engolir) / Dor: de cabeça (com dificuldade para andar e vômitos não associados à alimentação); óssea (nas juntas, persistente sem história de trauma local) / Falta de ar / Febre diária (de origem indeterminada) / Indigestão / Linfonodos (ínguas): aumento persistente, progressivo e indolor / Abdome: massa ou em tecidos moles / Olho: mancha brilhante (tipo “olho de gato”) / Palidez (anemia) / Pele ou mucosas: manchas vermelhas ou escuras, não ligadas a traumas / Perda de peso / Rouquidão / Secreção de qualquer orifício (por exemplo, bico do peito ou vagina) / Sudorese noturna/ Tosse.
Sangramento Anormal
Tosse com sangue / Sangramento retal / Sangramento vaginal entre os períodos menstruais / Sangramento vaginal após a menopausa / Sangue na urina / Sangramento de uma mancha.
Características do Câncer
Contágio
Uma pessoa com câncer está liberada para fazer o que for possível, bem como, contatar pessoas e familiares sem quaisquer riscos, uma vez que a doença não é transmissível. Normalmente não é contagioso, ou seja, não passa de uma pessoa para a outra por contágio, a não ser quando ocorrem por alguns vírus oncogênicos, isto é, que causam ou levam ao surgimento de uma neoplasia (crescimento anormal celular). Podem ser transmitidos através do:
contato sexual (HIV).
transfusões de sangue ou de seringas (contaminadas utilizadas para injetar drogas).
hepatite B.
vírus linfotrópico-T humano.
Nestes casos, o vírus pode ser transmitido a outras pessoas e criar a possibilidade de que eles venham a desenvolvê-lo.
Principais causas
O estilo de vida e os fatores ambientais exercem importantíssimo papel no surgimento da doença. Mesmo nos casos de presença da hereditariedade (o indivíduo nasce com a programação genética) os fatores ambientais parecem desencadear a doença. O pensamento moderno é que os fatores genético, comportamental e ambiental interagem: “todos os cânceres apresentam alteração genética nas suas células”.
Os riscos ficam acentuados na presença de fatores, como:
bebida alcoólica: em excesso pode provocar, com o tempo, o aparecimento na boca.
distúrbios hormonais: faz surgir o câncer de mama, mais comumente, nas mulheres.
estresse: com alimentação inadequada (rica em gorduras, conservantes e pobre em fibras) também está relacionada a alguns tipos de câncer.
infecções: determinadas delas podem desencadear o surgimento de tumores no estômago e fígado.
radiações: pode desencadear a leucemia (câncer no sangue).
sol: em excesso pode afetar as células e cresce o risco do desenvolvimento desta doença na pele.
tabagismo: nos pulmões, boca e garganta.
Queda dos cabelos
A quimioterapia (substâncias químicas) atua no material genético da célula (DNA), no intuito de impedir a sua proliferação e com isso, impedem também:
crescimento dos cabelos: promovendo sua queda.
recuperação normal das mucosas: favorecendo o aparecimento de mucosites (feridinhas na boca) e diarréia.
provocam: enjôo e vômitos.
Hereditariedade
Em geral não são hereditários. Apenas alguns casos raros são herdados, tal como: o retinoblastoma (câncer de olho) que ocorre em crianças. No entanto, existem alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais sensíveis à ação dos carcinógenos (agentes que desenvolvem o carcinoma) ambientais, o que explica por que algumas delas o desenvolvem e outras não, quando expostas a um mesmo agente.
As emoções
Nos últimos anos tem crescido a suspeita de que a mente tem um papel importante em influenciar o desenvolvimento desta doença. Teorias sugerem que:
depressão: estado emocional como este pode estimular o crescimento de uma doença maligna.
estresse e sentimentos negativos: suprimem a função imunológica, crucial para a prevenção da doença.
pensamentos e atitudes positivas: livros, artigos, vídeos, leituras e palestras dedicadas aos temas de auto-ajuda propõem que as emoções podem mantê-lo à distância e mesmo derrotá-lo quando já instado.
Alguns pesquisadores já encontram traços e os agrupa em uma “personalidade pró-câncer“. Outros indicam estratégias mentais para derrotar a malignidade. Estudos “mente-corpo“ mais radicais chegam perto de culpar os doentes, por terem falhado na luta contra a doença.
Obs.: a metafísica é uma teoria fundamental para a “diagnose”, na ausência de outra e que discorre principalmente quanto aos processos “mente-corpo”. Eu acredito fielmente na consistência dela, uma vez que o nosso corpo atua dentro de uma “fisiologia” imposta pelas respostas do nosso Sistema Autônomo.
A verdade científica é variável. Poucos estudos mostram uma relação entre fatores mentais e o início ou desenvolvimento do câncer e outros mostram que não existe nada relacionado e ainda, os críticos afirmam que os estudos que indicam tal relação entre o status emocional e o câncer são mal desenhados e mal conduzidos.
Obs.: verdade é uma palavra que está definida como sendo a propriedade de estar conforme os fatos ou a realidade (exatidão, autenticidade, veracidade)(Huaiss). Posso dizer que: tal verdade se deve ao modo como uma teoria é vista por alguém, dentro da realidade pautada por esta teoria, proporcionando-lhe ao mesmo tempo, uma exatidão através da ótica de quem a defende, com a autenticidade no seu modo de ver e a veracidade de alguém que repete seus achados, pela certeza daquele que também botou o “ovo em pé”. Os que me conhecem sabem muito bem que sou “vesgo”, isto quer dizer, que caminho por aquilo que entendo e considero como verdadeiro. Imaginou só isso?
É conhecido um estudo com padrão científico rigoroso publicado no início de 2003, onde demonstrou que o estresse emocional apresenta chance maior do desenvolvimento de “câncer de mama” entre as mulheres que passaram por estes momentos. Em especial, mulheres após o divórcio ou a morte do cônjuge apresentaram chances aumentadas da doença.
Obs.: minha vivência no atendimento e formulação de sugestões cromoterápicas me permite dizer, dentro do embasamento metafísico, que é verdade o exposto no parágrafo acima, pois as mulheres jogam todas as suas decepções de relacionamentos diversos na área da mama, por ser esta a região aonde elas alimentam seus filhos e amores de toda ordem.
Está reconhecido que existe algum impacto do estado emocional na progressão da doença, mas, seus mecanismos exatos ainda não são conhecidos ao certo. Porém, comprovadamente, há uma alternativa que caminha junto com o estresse e a depressão, uma forma em que as emoções afetam diretamente: o hábito de fumar, alcoolismo e outros comportamentos ligados ao câncer.
Obs.: posso afirmar que tudo o que está descrito refere-se à ANSIEDADE. Quando ocorre o desequilíbrio emocional, fazemos uso do primeiro hábito à nossa mão. No meu caso sou um “cubo feliz”, que significa tomar COCA-COLA de montão (engordante).
A Oncologia
Nos últimos anos, tornou-se uma complexa e interessante disciplina que conta com o auxílio de outras especialidades, o que faz o sucesso do tratamento um mérito das ações multidisciplinares, como: cirurgia, pediatria, patologia, radiologia, psiquiatria e outras. Há três (3) passos principais na oncologia, para o bem do paciente:
cura dos pacientes: para devolvê-los a um lugar na sociedade. Deve ser tentado em todos os tipos de câncer, mesmo naqueles em que a chance de cura é pequena. Requer uma atitude de esperança e determinação para se derrotar dificuldades e perigos e às vezes para se enfrentar insucessos.
remissão da doença: deixando o paciente bem consigo mesmo pelo maior tempo possível e longe dos efeitos dela e de hospitalizações. Quando a chance de remissão é algo distante, passando o objetivo a ser o de controlar a doença e seus sintomas pelo uso correto de terapêutica paliativa.
qualidade de vida do paciente: e não apenas o prolongamento de uma vida sofrida, ajudando o paciente a manter a sua dignidade, entender sua fraqueza e evitar sentimentos de frustração, animosidade ou até excessiva amizade. O principal é sensibilidade e bom senso.
Dor oncológica
A cada dia, milhões de pessoas no mundo sofrem a experiência de dor relacionada ao câncer. Mas, uma coisa mais importante é que mais de 90% delas podem ter alívio através de tratamento adequado. Quem sente dor relacionada a ele quando dos seus tratamentos tem o direito de receber tratamento adequado.
Durante muito tempo, a importância em aliviá-la foi subestimada. Era vista como algo para ser suportada, como uma consequência inevitável do processo da doença. No entanto, pesquisas evidenciam que, na grande maioria dos casos, ela pode ser controlada, o que significa tratá-la de forma agressiva para prover o máximo grau de alívio possível. Sempre visando a melhora na qualidade de vida do paciente, geralmente corresponde à administração de: medicamentos, terapia psicológica, técnicas de relaxamento e eventualmente até cirurgia.
O que é a dor
Através do corpo há milhares de terminações nervosas que reagem quando há algo errado nas suas proximidades. Estes sinais viajam através dos nervos para o cérebro, que processa a informação sensitiva. Ela ocorre quando o câncer invade ou o tumor comprime os ossos, músculos e vasos sanguíneos ou quando produz alguma inflamação local.
No entanto, é uma experiência única para cada pessoa. Apresenta várias dimensões que vão além da explicação física. Quanto mais tempo persiste, maior o sofrimento que causa, em:
praticamente todos os aspectos da vida: comer, se vestir, andar.
poder causar: ansiedade, depressão ou raiva.
prejudicar: a dignidade pessoal, atrapalhar a relação com amigos e familiares.
Estratégias para o controle da dor
ficar acima da dor: ou seja, antecipar-se a ela com alternativas que tornem possível evitá-la e não permitir que se torne severa, pois seu tratamento será mais fácil e menores serão as doses de medicação necessárias.
o alívio da dor: é fundamental para o tratamento do câncer e os familiares e médicos só poderão ajudar se souberem o que o paciente está sentindo. Não ter medo de admitir sua presença, bem como, de não atrapalhar o cotidiano dos outros ou de ser um “paciente difícil“ para o médico.
a dor é um sintoma único: diferente para cada pessoa, não sendo possível comparar sua própria situação e sintomas com o de outros pacientes.
seguir: as orientações médicas. Se a medicação foi prescrita em um intervalo fixo, o horário recomendado deverá ser seguido mesmo que a dor não esteja forte. Mudanças de doses ou de horários devem ser autorizadas pelo médico.
tomar: nota dos efeitos colaterais causados pelas técnicas de combate à dor, para serem posteriormente discutidas com o médico.
Cura
Como toda doença, há casos que têm cura e outros que não. Embora já apresentem cura em mais da metade dos casos, a crença de morte surge quando da ocorrência deste mal, advinda desde o início do século, na descrença de que seu tratamento raras vezes é positivo. A probabilidade de cura depende basicamente do tipo de câncer e do seu estágio e, atualmente, desde que tratados em:
estágios iniciais e diagnóstico precoce: tumores malignos com alto índice de cura, poucas complicações mesmo em fases avançadas, dentre eles: os de pele, linfomas de Hodgkin e seminomas de testículo.
estágios avançados e diagnóstico tardio: baixo índice de cura e usualmente mais complicações. Outros têm resultados ruins na maior parte das vezes, mesmo quando detectados em estágios mais iniciais, porque são tumores que se espalham rapidamente pelo sangue, para outros lugares do corpo ou insistem em voltar, apesar dos tratamentos disponíveis, como: câncer do pulmão, do estômago e do pâncreas.
É importante lembrar, que mesmo pacientes que não têm cura podem viver por muitos anos e com excelente qualidade de vida, com a doença controlada e tratada, como uma doença crônica. Na verdade, o câncer é a doença crônica mais curável hoje, com um índice nos países desenvolvidos em cerca de 50%. No Brasil, estima-se que este número seja menor, principalmente pelo fato de que os diagnósticos são feitos mais tardiamente.
Detecção Precoce em Câncer
Esta doença tem um período de evolução duradouro, podendo, muitas vezes, levar anos até ser descoberta. Atualmente, a maioria tem cura (benignos). O melhor tratamento ainda é aquele que visa impedir o surgimento da doença. Para tanto, os especialistas aconselham às pessoas terem uma vida saudável, através de:
alimentação: natural e rica em fibras.
fumo e álcool: evitar.
vida tranquila: fugindo do estresse.
protetores ou bloqueadores solares: indispensáveis à pele.
Prevenção significa reduzir a possibilidade do aparecimento de qualquer um dos seus tipos. Para tanto se faz necessário tomar os cuidados necessários em relação aos seguintes casos:
carcinógenos: substâncias que causam câncer (solventes industriais) e que devem ser evitadas seu contato, prevenindo: o câncer: de pulmão, orofaringe (boca e garganta) e bexiga.
checkups regulares: como palpação das mamas e mamografias, examinando manchas, a próstata e realizando exames ginecológicos frequentes, bem como, exames regulares do estômago e intestinos.
atividade física: adequada e regular.
dieta balanceada: com as quantidades corretas de frutas e verduras, que irão fornecer as chamadas substâncias antioxidantes, que parecem proteger as células das mutações genéticas, com pouca gordura, grande quantidade de fibras e composta de produtos naturais.
exposição ambiental: relacionada à maior incidência de um determinado tipo, devendo ser evitado: sol nos horários em que os raios ultravioleta estão mais fortes (10 às 16 horas), com possibilidade do câncer de pele.
determinada substância sobre um determinado órgão: alterar o efeito relacionado a um tipo, para prevenir câncer de mama (anti-estrogênios).
lesões pré-malignas: tratar antes que se tornem malignas para prevenir câncer de colo uterino.
A investigação de rotina de risco genético ainda está em estudo, sendo que as pessoas devem considerar sua história pessoal e de sua família. Algumas mulheres com história familiar forte para câncer de mama ou ovário, têm optado por:
mamas: remover cirurgicamente essas partes do corpo para evitar o câncer.
anti-estrogênios (tamoxifeno): classe de drogas bloqueadora dos efeitos cancerígenos do estrógeno, capazes de prevenir ou prolongar a sobrevida no câncer de mama.
Cânceres x Testes
Tais medidas são baseadas em vários estudos científicos, cujas observações ou testes determinaram diminuição do número de novos casos de câncer. São passíveis de serem realizadas a detecção precoce (screening) e serem tratados efetivamente, os casos de: mama, colo uterino e de cólon.
A forma mais fácil de fazer esse teste é através da:
observação visual de lesões suspeitas, seguida da palpação: procedimentos fáceis, de baixo custo e com um mínimo de desconforto.
inspeção (ou exame visual) de alterações de textura e coloração da pele: pode-se buscar alterações sugestivas de uma lesão pré-maligna na: mucosa oral, retina e colo uterino.
palpação: para detectar precocemente os nódulos de mama, próstata aumentada ou linfonodos alterados.
testes de imagem: raio-X, ecografias ou testes laboratoriais.
testes de sangue e urina.
Modalidades Terapêuticas
A população celular de um tumor é bastante heterogênea, apresentando um panorama onde as células se encontram em diferentes fases do processo de divisão, a saber:
de maior crescimento (aquelas mais próximas de vasos sanguíneos e que recebem mais nutrientes do que as outras).
em processo de divisão.
em processo de preparação.
em repouso.
O sucesso da terapia contra o câncer depende da melhor escolha dentre as modalidades de tratamento, a que mais se adéqua ao paciente e à sua doença, necessitando muito a cooperação entre especialidades. Suporte geral também é muito importante, incluindo controle frequente nos pacientes submetidos a tratamentos agressivos de distúrbios: metabólicos, infecciosos, cardiopulmonares. Existem vários tipos de tratamento:
cirurgia – é a mais antiga e definitiva técnica de tratamento para a maioria dos tumores cerebrais, quando o tumor é localizado em circunstâncias anatômicas favoráveis. Em geral é o tratamento mais importante, que influencia mais na cura do paciente. A escolha do melhor método cirúrgico depende da localização, do tamanho e de outras características do tumor, conhecidas por meio dos exames complementares. O objetivo sempre é a retirada total do tumor sem danificar as estruturas nervosas. Muitas vezes, quando o tumor invadiu estruturas vitais a remoção completa não é possível. Nestes casos, o objetivo da cirurgia passa a ser a retirada máxima, com o mínimo de comprometimento das estruturas em funcionamento. Para tanto, existem técnicas: microcirúrgicas, estereotáxicas, laser e aspiradores ultra-sônicos. Quando a solução apontada for esta, geralmente não há escolha que valha a pena ser considerada. O tratamento pode ser aplicado com finalidade:
curativa: indicado nos casos iniciais da maioria dos tumores sólidos. Tratamento que compreende a remoção do tumor primário com margem de segurança e, se indicada, a retirada dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão-sede do tumor primário.
paliativa: tem a finalidade de reduzir a população de células tumorais ou de controlar sintomas que põem em risco a vida do paciente ou comprometem a qualidade da sua sobrevivência. Dentre eles estão:
descompressão: de estruturas vitais.
controle: de hemorragias, perfurações e da dor.
desvio de trânsitos: aéreo, digestivo e urinário.
retirada: de uma lesão de difícil convivência por causa de seu aspecto e odor.
Para alguns tipos de câncer, no entanto, apenas a cirurgia não é suficiente, devido à disseminação de células cancerosas local ou difusamente.
Radiocirurgia – é uma radioterapia externa, realizada em uma única ou em poucas sessões, com a aplicação de uma alta dose de radiação, restrita a uma área pequena do cérebro. Frequentemente utilizada para o controle de tumores de difícil acesso para o neurocirurgião. O tumor localizado na profundidade do cérebro é atingido por altas doses de radiação, enquanto os danos ao restante do tecido nervoso são evitados pela multiplicação dos pontos de entrada dos raios. A passagem dos feixes de raios através de uma infinidade de áreas diferentes do cérebro, todos convergindo para o tumor, determina um efeito terapêutico máximo com mínima ação no restante do tecido nervoso.
Hormonoterapia – inicialmente foi utilizada no câncer de mama, para subsequentemente ser aplicada a outros tumores, que mostravam hormoniossensibilidade incontestável, como os: carcinomas de endométrio e de próstata e os tumores tireoideanos iodocaptantes. É usual sua associação, concomitante ou não, com:
cirurgia: câncer de endométrio.
quimioterapia: câncer de mama e do sistema hemolinfopoético.
radioterapia: câncer de próstata.
Sua função se dá:
curativa: quando usada isoladamente, raramente tem este objetivo.
paliativo: pode ser indicada para tratamento de metástases ósseas de tumores hormoniossensíveis.
A supressão hormonal pode ser obtida por meio de procedimentos cirúrgicos ou com o emprego de radiações. Os medicamentos utilizados na hormonioterapia têm como ação a supressão ou o aumento dos níveis de hormônios circulantes.
Imunoterapia – o sistema imunológico é a defesa natural do organismo contra as doenças, inclusive as neoplasias. A imunoterapia estimula os recursos do próprio organismo na luta contra as células tumorais, por meio de drogas que propiciam a produção de substâncias capazes de controlar o crescimento do tumor e destruí-lo. É o tratamento que promove a estimulação do sistema imunológico, por meio do uso de substâncias modificadoras da resposta biológica. Classifica-se em:
imunoterapia ativa: substâncias estimulantes e restauradoras da função imunológica (imunoterapia inespecífica) e as vacinas de células tumorais (imunoterapia específica) são administradas com a finalidade de intensificar a resistência ao crescimento tumoral. A imunoterapia específica pode ser autóloga ou heteróloga.
imunoterapia passiva ou adotiva: anticorpos antitumorais ou células mononucleares exógenas são administradas, para proporcionar capacidade imunológica de combate a doença.
Quimioterapia: indicada como tratamento isolado ou ainda em conjunto com a cirurgia e a radioterapia, dependendo de fatores como: tipo de tumor, localização e estágio da doença.
É o tratamento antineoplásico baseado em medicamentos capazes de destruir células tumorais. Administrada de forma sistêmica (geralmente por via endovenosa ou oral) é capaz de atacar células tumorais que já apresentaram metástases a locais distantes do tumor primário. Isto ocorre porque as drogas quimioterápicas, em geral entram na circulação sanguínea e são, juntamente com o sangue, distribuídas pelo corpo todo. As drogas chamadas de cicloespecíficas atuam em todas as fazes do ciclo celular e outras somente em determinada fase, impedindo a multiplicação e o crescimento desordenados. A indicação do tipo de tratamento a ser feito depende de vários fatores, como: o tipo de tumor, localização, estágio da doença e como elas afetam o metabolismo da célula:
DNA: podem ser diretamente danificados.
enzimas: inibir a ação de certas.
hormônios ou outros receptores: bloquear na superfície celular.
membranas: de troca de substâncias.
Existem várias maneiras de administrá-la, sendo as mais comuns:
cateter intravenoso: implantação em vista da forte irritabilidade ou difícil acesso venoso para aplicação da quimioterapia junto às veias. É um tubo plástico e fino que é colocado dentro de uma veia, permitindo que o paciente receba toda a medicação do tratamento, sem que necessite ser furado em todas as seções de aplicações programadas. São dois os tipos de cateter utilizados:
permanente: colocado através de processo cirúrgico e permanecerá no lugar por meses ou anos. Pode ser semi ou totalmente implantado.
temporário: é um acesso que funciona da mesma forma do permanente, porém seu tempo de permanência é de alguns dias até a administração da quimioterapia.
intra-arterial: através da artéria por meio de soro.
intramusculares: é ministrado o medicamento por injeção, diretamente no músculo do braço ou nádegas, sendo um procedimento rápido com duração de apenas alguns segundos.
intratecal: forma de prevenção para alguns tipos de leucemia e linfoma que tem a tendência de se difundir para o SNC – Sistema Nervoso Central, consistindo em injetar a droga quimioterápica direto no líquido Céfalo Raquidiano para destruir qualquer célula doente.
intracavitária: injeção no espaço pleural ou intraperitoneal.
intraperitoneal: no abdome, na superfície dos órgãos digestivos.
intralesional: injeção diretamente dentro do tumor.
intravenosa: é a maneira mais comum, com a aplicação do quimioterápico feita diretamente na veia, normalmente no antebraço, podendo também ser aplicada em qualquer outro local.
por via oral: método mais cômodo e prático, sendo que a medicação é ingerido diretamente pela boca: pílula, cápsula ou líquido.
tópica: aplicação da quimioterapia sobre a pele afetada.
Os compostos químicos chamados quimioterápicos e utilizados no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos tem ação citotóxica (causa danos às células). Quando aplicada ao câncer é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica (que combate às células sanguíneas). Podem ser ministradas das seguintes formas:
monoquimioterapia: quando aplicada isoladamente.
poliquimioterapia: utilizadas combinações de vários medicamentos diferentes, pois nos tumores há freqüentemente subpopulações de células com sensibilidade, apresentando resultados mais eficazes por conseguir maior resposta a cada aplicação, através da ação sinérgica das drogas, para diminuir o desenvolvimento de resistência às mesmas e promover maior resposta por dose administrada diminuindo o risco de resistência às drogas e atingindo as células em diferentes fases do seu ciclo.
A combinação com a cirurgia e a radioterapia, é possível, sendo classificada em:
curativa: com o objetivo de se conseguir o controle completo do tumor.
adjuvante: após a cirurgia curativa, objetivando esterilizar células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência de metástases à distância (câncer de mama – estádio II).
neo-adjuvante ou prévia: indicada para se obter a redução parcial do tumor, permitindo uma complementação terapêutica com a cirurgia e/ou radioterapia (sarcomas de partes moles e ósseos).
paliativa: sem finalidade curativa, busca melhorar a qualidade da sobrevida do paciente.
O tratamento é planejado, entre outros aspectos, de acordo com o tipo de tumor e o estágio da doença. A partir destes dados são definidos os tipos de drogas e as quantidades a serem utilizadas. Sua duração pode depender, entre outras coisas, da resposta do tumor às drogas utilizadas.
efeitos colaterais: variam conforme a droga a ser utilizada, sendo as células em crescimento as mais sensíveis aos seus efeitos, sendo que as quimioterápicas têm a vantagem de se distribuir por todos os locais do corpo, atingindo, desta forma, todas as células que estão com problemas. No entanto, células normais também são atingidas, podendo provocar alguns sintomas:
febre: alguns dias após a quimioterapia, há uma diminuição temporária das defesas do organismo, que fica predisposto a contrair mais facilmente infecções por: vírus, bactérias e fungos. A febre é um sinal de alerta para a existência de infecções no organismo. Nesta situação, o médico deve ser imediatamente avisado, para que possa iniciar o tratamento adequado. O risco de infecções mais graves, pelo fato de o paciente estar com a imunidade baixa é muito maior.
anemia: redução dos glóbulos vermelhos do sangue, que raramente exige transfusão, pois essa queda não é tão importante quanto à dos glóbulos brancos.
leucopenia: é a redução do número de leucócitos, ou seja, dos glóbulos brancos do sangue.
plaquetopenia: redução do número de plaquetas, parte do mecanismo de reparo dos vasos sangüíneos, evitando sangramentos.
alopecia ou queda de cabelo: é a queda de cabelo que algumas drogas quimioterápicas provocam por atingirem o crescimento e a multiplicação das células que dão origem ao cabelo, ou seja, por não permitirem a divisão celular na sua raiz, podendo ocorrer a queda de forma total ou parcial. Não se pode prever exatamente como e em que proporção os cabelos serão afetados, porém é importante lembrar que a queda é geralmente temporária. O processo de crescimento se reinicia logo após o término da quimioterapia, e em alguns casos, ainda durante a quimioterapia. Nesta fase alguns pacientes preferem:
cabelos: cortá-los antes, como uma forma para se preparar para o processo da queda.
boné, lenço ou peruca: usa-los como artifício e não esperar que os cabelos comecem a cair, para então tomar a decisão de cortar.
mucosite: trata-se da redução da espessura da mucosa pela quimioterapia, resultando em inflamação e eventual formação de pequenas ulcerações. É comum que se associe a uma infecção oportunista pela candida albicans, o “sapinho”.
feridas na boca: alguns quimioterápicos podem provocar aparecimento de aftas, irritação nas gengivas, na garganta e até feridas na boca. Isso pode causar muita dor e ainda dificultar a alimentação. Algumas medidas podem ser seguidas, nestes casos:
boca: mantê-la sempre limpa, escovando os dentes com maior frequência.
alimentos: evitar ingeri-los: duros, quentes, ácidos e condimentados.
cremes dentais: procurar usar os mais suaves, fazendo bochechos quando necessário com produtos indicados pelo médico.
líquidos: ingerir maior quantidade de: água, chás e sucos.
náuseas e vômitos: por causarem irritação nas paredes do estômago e intestino. Esses sintomas ocorrem principalmente no dia da infusão, podendo-se prolongar por até quatro (4) dias. A intensidade varia de acordo com o organismo do paciente e com o tipo de quimioterapia utilizada. Algumas mudanças nos hábitos alimentares auxiliam o paciente no combate desses sintomas, tais como:
alimentos: preferir alimentos com rápida digestão, frios ou em temperatura ambiente, evitando os gordurosos e frituras, devendo comer devagar, mastigando-os bem.
estômago: não enche-lo de uma só vez, preferindo fazer várias alimentações ao dia, em pequenas quantidades.
odores: evitar os fortes.
esforço físico: não exercer atividades que exijam esforço.
roupas: procurar vestir as mais leves.
alterações da pele e unhas: dependendo do tipo de medicamento, o paciente pode apresentar alterações na pele, como: vermelhidão, coceira, descamação, ressecamento e manchas. As unhas também podem apresentar escurecimento e rachaduras.
diarréia: algumas drogas quimioterápicas podem causar diarréia em maior ou menor intensidade, dependendo da reação do organismo. Se ela persistir por mais de 24 horas, o paciente deverá obter orientação médica. Nos casos menos intensos, algumas medidas podem ajudar:
alimentação: mantê-la a mais líquida possível: chás, água e sucos.
leite: evita-lo, bem como seus derivados.
refeições: trocar as grandes por pequenas, evitando alimentos gordurosos e frituras.
ciclo menstrual: as drogas utilizadas na quimioterapia podem reduzir temporariamente a produção de hormônios, provocando em algumas mulheres a alteração do ciclo menstrual. A quantidade de sangramento pode ser alterada e às vezes pode ocorrer interrupção completa. Geralmente, após o término do tratamento, o ciclo vai voltando ao seu funcionamento normal.
gravidez: durante o período de quimioterapia a gravidez deve ser evitada, já que as drogas usadas podem causar riscos na formação do bebê. É importante pedir orientação ao médico sobre o melhor método de anticoncepção a ser usado durante o tratamento.
Muitos cânceres são considerados:
altamente sensíveis: e potencialmente curáveis. Estes incluem cânceres de células germinativas como: testicular, linfomas e leucemias.
intermediários: em sua sensibilidade e são considerados potencialmente curáveis: de mama, ovariano, de bexiga e alguns sarcomas.
não muito sensíveis: provavelmente não são curáveis com os tratamentos de quimioterapia atuais. Estes cânceres incluem: o melanoma, o câncer pulmonar de células não-pequenas, a maioria dos tumores malignos do intestino e o pancreático.
Radioterapia: utilizada pela sua capacidade de destruir células malignas, constituindo-se como a cirurgia, em um tratamento com caráter local e regional, para tumores localizados e que não podem ser ressecados (extintos) totalmente ou que costumam recidivar (reaparecer) localmente após a cirurgia. Portanto, é capaz de destruir a formação tumoral, deixando os tecidos vizinhos normais completamente intactos. Pode ser a melhor opção por: não desfigurar, não afetar funções importantes (habilidade de falar ou engolir) ou somente por ser simples.
Como a quimioterapia, interfere nas moléculas de DNA, onde os raios ionizantes bloqueiam a divisão celular ou determinam sua destruição na tentativa de realizar esta divisão. Por isso, sua ação é maior sobre células em processo de divisão e restrita à área. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células com o menor dano possível àquelas normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.
Sua aplicação pode acontecer de forma exclusiva, antes ou após a cirurgia ou associada aos outros métodos terapêuticos. É muito indicada, também, para casos em que o tumor é impossível de ser removido cirurgicamente, por localizar-se muito próximo do ânus. A radioterapia pode ser:
radical (ou curativa): quando a busca é pela cura total.
remissiva: quando o objetivo é apenas a redução tumoral.
profilática: trata a doença em fase subclínica, isto é, em casos da não presença de volume tumoral, porém, de possíveis células neoplásicas dispersas.
paliativa: na remissão de sintomas, como: dor intensa, sangramento e compressão de órgãos.
ablativa: para suprimir a função de um órgão.
As células do câncer crescem e se multiplicam muito mais rapidamente do que as células normais que as rodeiam. O tratamento se baseia justamente na fase de multiplicação celular. A aplicação do tratamento pode ser:
radioterapia interna, de contato ou braquiterapia: a fonte de radiação é colocada no interior do corpo do paciente e materiais radioativos (cápsulas) são colocadas junto ao tumor, liberando doses de radiação diretamente sobre ele, afetando ao mínimo os órgãos mais próximos e preservando os mais distantes da área do implante, ou seja, pequenas cápsulas.
radioterapia externa ou teleterapia: é o tratamento em que o paciente recebe a radiação de uma fonte externa, onde uma máquina emite a radiação que atinge o tumor. É a forma mais usada e a escolha depende do tipo de câncer e da profundidade em que ele se encontra. A aplicação passa por um processo de planejamento, onde a área é marcada antecipadamente e é feita com o paciente sempre na mesma posição. Cada aplicação dura alguns minutos, sendo que, o paciente durante o tratamento não sente dor, uma vez que a radiação não é sentida nem ouvida. Nesse tipo de tratamento, a radiação também atinge toda estrutura (tecidos e órgãos) que estiver no trajeto do tumor.
Deve-se considerar que alguns tipos não respondem bem ao tratamento. Boas respostas correspondem aos da: cabeça, pescoço ou cérvix.
efeitos colaterais: como qualquer tratamento pode apresentar riscos. As altas doses de radiação por efeitos tóxicos, que destroem o tumor, podem atingir também os tecidos normais, principalmente:
tumor: por lesão aos adjacentes.
radiação: pela quantidade utilizada, medida em rads.
feridas na boca: a irradiação de tumores de cabeça e pescoço podem provocar aparecimento de: aftas, irritação nas gengivas, na garganta e até feridas na boca. Pode causar muita dor e ainda dificultar a alimentação. Algumas medidas podem ser seguidas, nestes casos:
boca: manter a sempre limpa, escovando os dentes com maior frequência.
alimentos: evitar ingerir os: duros, quentes, ácidos e condimentados.
cremes dentais: procurar usar os mais suaves, fazendo bochechos quando necessário com produtos indicados pelo médico.
líquidos: ingerir maior quantidade de: água, chás e sucos.
queimaduras na pele: podem ocorrer queimaduras na pele que recobre a área irradiada. Para diminuir os efeitos locais, é ideal manter a pele bem hidratada e não utilizar substâncias que podem irritar ainda mais o local.
diarréia: a irradiação de tumores localizados no abdome e na pelve pode causar diarréia em maior ou menor intensidade, dependendo da reação do organismo. Se ela persistir por mais de 24 horas, o paciente deverá obter orientação médica. Nos casos menos intensos, algumas medidas podem ajudar:
alimentação: procurar manter uma alimentação mais líquida: chás, água e sucos.
leite: evitar toma-los, bem como cuidados com seus derivados.
refeições: fazer pequenas refeições, evitando alimentos gordurosos e frituras.
dor para urinar: a pelve ao receber irradiação, dependendo do local da presença do tumor, pode causar irritação na bexiga, com desconforto ou dor para urinar, podendo até apresentar sangramento. O paciente deve procurar orientação médica para controlar os sintomas e diminuir o risco de complicações.
boca seca (xerostomia): quando a irradiação ocorrer na região da cabeça e pescoço pode irritar as glândulas salivares e causar diminuição na salivação. Atualmente existem medicamentos que aplicados concomitantemente à radioterapia podem diminuir este efeito. Para controle dos sintomas, o paciente deve aumentar a ingestão de líquidos e ocasionalmente recorrer a produtos artificiais que imitam a saliva (saliva artificial).
toxicidade tardia: existem ainda os riscos na decorrência de alterações inflamatórias nos locais que receberam irradiação.
formas de tratamento: pode ser empregada com o objetivo de eliminar totalmente o câncer, visando a cura do paciente, ou para diminuir os sintomas da doença, evitando as possíveis complicações decorrentes da presença e crescimento do tumor. Para alcançar estes objetivos, duas formas de irradiação são utilizadas na prática clínica:
braquiterapia: aplicação do material radioativo junto ao tumor, permitindo administrar altas doses às células malignas, poupando os tecidos saudáveis dos seus efeitos tóxicos.
teleterapia: é a irradiação feita à distância da área tratada, podendo-se definir com clareza os limites deste tratamento. Nesta forma de radioterapia, os efeitos tóxicos aos órgãos saudáveis são evitados pelo uso de escudos, pelo fracionamento das doses (aplicações diárias ao longo de semanas) e pela administração dos raios através de diversos ângulos (campos de irradiação).
LEMBRETES
Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. Esta terapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o “médico” e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações possuem apenas caráter educativo e é permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.