Narcolepsia – a mediunidade em ação

Narcolepsia – a mediunidade em ação

NARCOLEPSIA – A MEDIUNIDADE EM AÇÃO

                Depois de noites mal dormidas, não é de se estranhar que a pessoa fique sonolenta durante o dia. Recuperadas as horas de sono, porém, ela estará novamente em forma para reassumir as atividades. Entretanto, há pessoas que chamam atenção pela sonolência diurna excessiva. Algumas dormem enquanto conversam no meio de uma festa ou em pé na fila do ônibus ou do banco. Se no ambiente social isso chega a ser curioso, profissionalmente pode ser um desastre, porque são rotuladas de preguiçosas e indolentes.

Moriel Sophia

Cromoterapeuta – Sinaten 0880

               A sonolência incontrolável durante o dia é o principal sintoma deste distúrbio chamado narcolepsia, uma doença benigna, mas de difícil diagnóstico. Seu tratamento é prolongado, à base de estimulantes, visando  controlar as crises de sono e perda do tônus muscular, a fim de que o paciente possa manter a atividade pessoal, social e profissional em níveis adequados.

               Na verdade é um distúrbio do sono caracterizado pela sonolência diurna excessiva, diferente daquela que sentimos quando não conseguimos dormir bem à noite. Independentemente de quanto tenham dormido, não conseguem controlar a sonolência durante o dia e têm ataques de sono que podem ocorrer a qualquer momento em situações inusitadas. Não é raro caírem no sono durante uma consulta médica ou em pé dentro do metrô ou ônibus. Vários pacientes já relataram que dormiram operando máquinas, o que é muito perigoso. O portador acorda relativamente alerta, como acordam aqueles considerados normais (sem o distúrbio) e que tiveram oito a nove horas de sono. Horas depois, porém, a sonolência está de volta e pode reaparecer em surtos durante todo o dia.

               Se repararem bem no contexto, a narcolepsia trás um perfil espiritual muito forte, principalmente quando tiverem contato com características / tétrade / paralisia do sono e alucinações, bem como, por trazer em seu bojo a depressão, que contém uso de medicamentos fortes e presença espiritual. Verificarão que se trata de aproximação espiritual e saída de corpo consciente, principalmente devido ao fato de que o paciente geralmente tem consciência do que lhe está acontecendo, embora não consiga falar nem se mover. É a prova científica da existência da mediunidade, porém que ninguém assume.

               Àqueles que apresentam uma sonolência diária, sem controle, que procurem um médico com urgência, devido às dificuldades de manutenção do “estado de vigília”, bem como, um local para tratamento da mediunidade/sensibilidade aflorada. O “estado de vigília” é caracterizado por um padrão de ondas cerebrais típico, essencialmente diferente do padrão do “estado de sono”, bem como daqueles verificados junto aos demais “estados de consciência”. Por seu lado, entende-se como consciência, a qualidade da mente em abranger qualificações tais como: subjetividade, auto-consciência, sapiência e perceber a relação entre si e um ambiente

               Como primeira medida, está a orientação de que procurem tirar cochilos voluntários durante o dia, de forma a abrandar a sonolência. A recomendação é para todos os sonolentos ou que se vêem tomados por sonos repentinos, pois a sensibilidade de cada um também é de difícil análise e a busca pelo seu equilíbrio pode demorar algum tempo para ser encontrado.

               Eu não estimularia as pessoas a fazerem os testes de “polissonografia“ e das “latências múltiplas do sono“ por serem tremendamente invasivo ao SER, não especificamente os mesmos, mas aos resultados que conduzem. Diante da necessidade de prova quanto à idoneidade, teremos diante de nós uma dependência medicamentosa e que pesará contra nossa pessoa. Deve ser realizado por aquele que não tiver alternativa à mão, mas não deve deixar a curiosidade médica lhe pregar essa peça. Tem-se conhecimento de que o Chico Xavier, ao ser convidado a passar por um exame de Eletroencefalograma – EEG foi considerado “esquizofrênico” diante do ato da psicografia. Nesse caso, estamos diante de um convite formal para entendimento de como é tal registro, coisa que não acontecerá com qualquer um de nós, quando formos encaminhados para situações como a citada.

               A mediunidade está presente em cada momento de nossa vida e com ela as condições para que exerçamos nossas funções, portanto, não vamos deixar que intromissões cientificistas, sem a menor sensibilidade ou interesse em analisar os fenômenos envolvidos, venham a usurpar seu sentir.

               Meu interesse pelo assunto foi despertado após ter assistido a uma reportagem apresentada por um dos muitos noticiários. Procurando esclarecer sobre esse mal é que o apresento neste PORTAL,

NARCOLEPSIA

Introdução

               São crises incontroláveis de sono em qualquer lugar e situações, como: dirigindo, comendo ou ouvindo. Trata-se de uma sonolência excessiva ocorrente durante o dia, com tendência a cochilos em situações inapropriadas, mesmo tendo o paciente dormido durante a noite uma quantidade normal de horas. Geralmente os primeiros sintomas surgem entre os 10 e 15 anos de idade e se não tratados persistem por toda a vida. A sonolência diurna pode prejudicar: a atenção, a concentração e o humor. A causa é ainda desconhecida, mas estudos indicam a existência de um forte componente familiar, bem como os seus relacionamentos.

O SONO

O Sono Normal

               Está associado a uma variedade de alterações fisiológicas, incluindo: respiração, função cardíaca, tônus muscular, temperatura, secreção hormonal e pressão sanguínea. O interesse atual das pesquisas do sono concentra-se em duas áreas principais:

mecanismos básicos do sono e fisiologia do sono.

problemas do sono na clínica médica.

               As pesquisas sobre as funções do sono, nos transtornos mentais, tentam elucidar as perturbações bioquímicas básicas nesses transtornos.

Padrões de sono

               É um estado regular, recorrente (normalizado) e facilmente reversível do organismo. Caracteriza-se por uma relativa quietude e grande elevação no limiar de resposta a estímulos externos, em comparação com o estado de vigília. O atento monitoramento do sono é uma importante parte da prática clínica, já que sua perturbação é, frequentemente, um sintoma precoce de doença mental iminente. Recentes avanços nas pesquisas sobre o sono demonstraram que alguns transtornos mentais estão associados com alterações características na fisiologia do sono.

               À medida que o indivíduo cai no sono, suas ondas cerebrais passam por certas alterações características. O eletroencefalograma – EEG demonstra:

estado de vigília: ondas alfa de 8 a 12 ciclos por segundo e uma atividade de baixa voltagem de frequência mista.

sono: quando o indivíduo adormece, a atividade alfa começa a desaparecer, dando início a que ocorram fatos de acordo com cada estágio de aprofundamento do sono:

estágio 1 (de 3 a 7 ciclos por segundo): considerado o mais leve, é caracterizado por atividade regular de baixa voltagem.

estágio 2 (de 12 a 14 ciclos por segundo): tem início após alguns segundos ou minutos do início do primeiro, onde se verifica um padrão com frequentes traçados fusiformes (fusos de sono) e ondas baixas, trifásicas conhecidas por complexos K.

estágio 3 (de 0,5 a 2,5 ciclos por segundo): logo depois, as ondas delta com atividade de alta voltagem aparecem e ocupam menos de 50% do traçado.

estágio 4: as ondas delta ocupam mais de 50% do registro. É uma prática comum descrever estes últimos estágios do sono como “sono delta” ou sono de ondas lentas, por causa de sua aparência característica no registro do EEG.

               Os padrões de sono mudam ao longo da vida.

período neonatal: o sono REM representa mais de 50% do tempo de sono total. O padrão do EEG vai do estado de alerta diretamente para o estado REM, sem passar pelos estágios de 1 a 4.

recém-nascidos: dormem em torno de 16 horas por dia, com breves períodos de vigília.

quatro meses de idade: o padrão muda, de modo que a percentagem total de sono REM cai para menos de 40% e a entrada no sono ocorre com um período inicial de sono NREM.

idade adulta jovem: a distribuição dos estágios do sono é a seguinte:

NREM: corresponde a 75% do sono, dentro dos seguintes estágios: 1 = 5% / 2 = 45% / 3 = 12% / 4 = 13%.

REM: apresenta os restantes 25%.

idade de 70 anos: dorme menos de 10% em sono REM.

Tipo de Sonos

               Trata-se de um processo ativo envolvendo múltiplos e complexos mecanismos fisiológicos e comportamentais em vários sistemas e regiões do sistema nervoso central – SNC. Representa um estado comportamental reversível de desligamento da percepção do ambiente e com modificação do nível de consciência e da responsabilidade a estímulos internos e externos. São identificados no sono dois estados fisiológicos distintos:

sono de movimentos oculares não-rápidos – NREM: é um acrônimo, ou seja, uma sigla composta pelas iniciais da definição em inglês Non rapid eyes movement – NREM, por não existirem movimentos oculares neste tipo de sono e se houverem, serão poucos. Em indivíduos normais, este estágio de sono é bem tranquilo e a maioria das funções fisiológicas se encontra acentuadamente reduzida quando comparadas ao estado de vigília, apresentando: frequência de pulso muito regular (5 a 10 batimentos por minuto), respiração e pressão sanguínea comportando-se da mesma maneira, bem como, o fluxo sanguíneo da maioria dos tecidos (incluindo a circulação cerebral). E, depois de aproximadamente 90 minutos após seu início, o sono NREM dá lugar ao primeiro episódio de sono REM da noite.

sono de movimentos oculares rápidos – REM: do inglês Rapid Eye Movement – REM está composto pelos estágios de 1 a 4 acima descritos. É um tipo qualitativamente diverso de sono, caracterizado por um cérebro altamente ativo e níveis de atividade fisiológica semelhante ao da vigília. Exames feitos demonstram:

EEC: registra movimentos oculares rápidos e conjugados, dentro do padrão identificado para este estado de sono, caracterizado como de: atividade rápida, aleatória e de baixa voltagem, com ondas em dente de serra.

eletromiograma: exame que apresenta o registro gráfico da atividade elétrica que acompanha contrações musculares, mostra uma acentuada redução no tônus muscular, com o potencial de repouso da musculatura corporal mais baixo do que na vigília.

termorregulação: corresponde ao conjunto de sistemas de regulação da temperatura corporal. É exercida através da coordenação entre a produção (termogênese) e libertação (termodispersão) do calor orgânico interno e que nesse caso também se encontra alterada, pois uma condição pecilotérmica está presente, o que correspondente dizer que há uma temperatura pouco diferente da ambiente.

               Dentre as alterações fisiológicas ocorrentes, tem-se em quase todo o período a presença de ereção peniana total ou parcial, bem como, da paralisação quase total dos músculos esqueléticos (posturais). Devido a essas observações, o sono REM é chamado de “sono paradoxal“.

               É provável que o fator mais característico seja o sonho. As porções mais profundas do sono (estágios 3 e 4) às vezes estão associadas com características incomuns do despertar. Quando alguém é despertado num intervalo entre meia e uma hora após o início do sono, ele se sente desorientado e seu pensamento é desorganizado, resultando em problemas específicos, incluindo: enurese (emissão involuntária de urina), sonambulismo e pesadelos ou terrores noturnos no estágio 4. Durante a noite, em intervalos de 90 a 100 minutos aproximadamente ocorre um período. O primeiro destes tende a ser o mais curto (menos de 10 minutos) e os últimos podendo durar de 15 a 40 minutos cada. A maior parte ocorre no último terço da noite, ao passo que a o sono em estágio 4 ocorre na primeira terça parte da noite.

Regulagem do sono

               Hoje em dia, a opinião predominante é a de que existe um pequeno número de sistemas ou centros interligados, principalmente no tronco cerebral, que se ativam ou inibem mutuamente, controlando assim o sono. A deficiência de L-triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, está associada a uma diminuição do período de sono REM.

               Os neurônios contendo noradrenalina, cujos corpos estão localizados no locus ceruleus, desempenham um papel importante no controle dos padrões normais de sono. Drogas e manipulações que aumentem o disparo desses neurônios noradrenérgicos produzem uma acentuada redução do sono REM (neurônios REM-off) e um aumento na vigília.

               A acetilcolina cerebral também está envolvida no sono, particularmente na produção do REM. Perturbações na atividade colinérgica central estão associadas com as alterações do sono observadas na depressão maior. Quando comparados com sujeitos sadios e controles psiquiátricos não-depressivos, os depressivos têm uma acentuada ruptura dos padrões deste sono, incluindo encurtamento da latência REM (60 minutos ou menos) e alteração na distribuição do sono REM em relação a suas metades. A administração de um agente muscarínico (alcalóide que libera ou ativa a acetilcolina), como arecolina (catártico), a pacientes depressivos durante o período NREM resulta em um rápido início do sono REM. A depressão talvez esteja associada a uma hipersensibilidade básica à acetilcolina.

               Portanto os antidepressivos trazem benefícios na depressão, bem como, inibem o sono REM. Inversamente, a reserpina (alcalóide usado como anti-hipertensivo) é uma das poucas drogas que aumentam o sono REM, como também produz depressão.

               Pacientes com Alzheimer têm perturbações do sono caracterizadas por uma redução do REM. A perda de neurônios na base anterior do cérebro tem sido implicada como a causa destas alterações. Por outro lado, evidências mostram que a dopamina (mediador químico presente nas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro cuja ausência provoca a doença de Parkinson) tem um efeito de alerta. As drogas que aumentam a dopamina cerebral tendem a produzir excitação e insônia, ao passo que os bloqueadores da dopamina tendem a aumentar o tempo de sono.

Funções do sono

               Várias lhes são atribuídas, tendo como hipótese mais simples a de que o sono se destina à recuperação pelo organismo de um possível débito energético estabelecido durante a vigília, que é a condição de quem está desperto e acordado. Além dessa hipótese, outras funções são atribuídas, especialmente ao sono REM, tais como: manutenção da homeostase (processo de regulação do organismo e que mantém constante o seu equilíbrio), dos neurotransmissores envolvidos no ciclo sono-vigília, sedimentação da memória, termorregulação (regulagem automática da temperatura) entre outras.

Privação do sono

               Períodos prolongados por vezes levam a uma desorganização quanto: ao ego, delírios e alucinações. Pacientes privados do sono REM tendem a ficar mais irritadiços e letárgicos (sem ação).

Necessidades de sono

               Alguns indivíduos normalmente dormem pouco, necessitando de menos do que seis horas de sono por noite e funcionam adequadamente. Aqueles que dormem muito precisam de mais de nove horas a cada noite, para funcionarem bem.

               Quem tem sono prolongado tem mais períodos de sono REM e mais movimentos oculares rápidos em cada período (densidade REM) do que os indivíduos de sono curto. Estes movimentos são, por vezes, considerados uma medida da intensidade do sono REM e estão relacionadas com a vivacidade dos sonhos. Em vista disso, pode-se traçar o seguinte perfil de cada indivíduo, a saber:

de sono curto: geralmente são: eficientes, ambiciosos, socialmente aptos e contentes.

de sono prolongado: tendem a ser levemente: deprimidos, ansiosos e socialmente retraídos.

               Um aumento das necessidades de sono ocorre com: trabalho físico, exercício, doença, gravidez, estresse mental generalizado ou aumento da atividade mental. Os períodos REM aumentam após fortes estímulos psicológicos e após o uso de produtos químicos ou drogas que diminuam as catecolaminas cerebrais.

Ritmo de sono-vigília

               Sem indícios externos, o relógio orgânico natural segue um ciclo de 25 horas. A influência de fatores externos, prende a pessoa ao relógio de 24 horas, diante do: ciclo de luz-escuridão (circadiano), rotinas diárias, horários das refeições e etc.

               O sono também é influenciado por ritmos biológicos. Dentro de um período de 24 horas, os adultos dormem uma vez, ocasionalmente duas. Este ritmo não está presente ao nascer, mas desenvolve-se durante os dois primeiros anos de vida.

               Em algumas mulheres, os padrões de sono mudam durante as fases do ciclo menstrual. Também foi demonstrado que cochilos tirados em diferentes períodos do dia diferem grandemente em seu conteúdo de sono REM e NREM. Em um indivíduo de sono noturno normal, um cochilo pela manhã ou ao meio-dia contém grande quantidade de sono REM, ao passo que um cochilo tirado à tarde ou no início da noite contém muito menos. Existe, aparentemente, um ciclo circadiano que afeta a tendência a ter sono REM.

Estágios

               Em um indivíduo normal, o sono sincronizado e o sono REM se alternam ciclicamente ao longo da noite, repetindo-se a cada 70-110 minutos, com 4 a 6 ciclos por noite. A distribuição de tais estágios pode ser alterada por vários fatores, como: idade, ritmo circadiano (relativo à duração de um dia), temperatura ambiente, ingestão de drogas ou por determinadas patologias.

Distúrbios do Sono

               Cerca de um terço dos adultos norte-americanos sofrem algum tipo de transtorno do sono durante suas vidas. A insônia é o mais comum e mais amplamente reconhecido. Um diagnóstico criterioso e um tratamento especifico voltado para a causa são essenciais.

Transtornos Primários do Sono

               Os dois transtornos primários do sono são as:

dissonias: formam um grupo heterogêneo de transtornos do sono sendo estes:

insônia primária: diagnosticada quando a queixa principal é uma dificuldade para iniciar ou manter o sono ou um sono não revigorante, com duração mínima de um mês. Caracteriza-se tanto por dificuldade para adormecer quanto por despertares repetidos. Em geral, os pacientes com este problema preocupam-se com a obtenção de sono insuficiente. Quanto mais o individuo tenta dormir, maior seu senso de frustração e sofrimento e mais difícil torna-se conciliar o sono. Geralmente é tratada com: hipnóticos benzodiazepínicos, hidrato de cloral e outros sedativos.

A higiene do sono pode ser bastante útil. Consegue-se obtê-la através dos seguintes passos:

levantar à mesma hora, diariamente.

limitar permanência na cama a quantidade habitual anterior à perturbação do sono.

descontinuar drogas que agem sobre o SNC, tais como: cafeína, nicotina, álcool, estimulante.

evitar cochilos diurnos: exceto quando o gráfico do sono mostra necessário.

estabelecer o condicionamento físico

evitar estimulação noturna, substituir a TV por rádio ou leitura relaxante.

tentar banhos quentes em intervalos de 20 minutos, que levantem a temperatura corporal, próximo à hora de dormir.

evitar grandes refeições a hora de dormir.

manter condições confortáveis para o sono.

hipersonia primária: diagnosticada quando não ocorre nenhuma outra causa para a sonolência excessiva, por pelo menos um mês. Alguns indivíduos dormem muito normalmente e como aqueles de sono breve, mostram uma variação normal do sono. A eficiência do sono e os horários de dormir-despertar são normais. O tratamento consiste principalmente de drogas estimulantes, como as anfetaminas, dadas pela manhã ou à noite.

narcolepsia: é uma síndrome que consiste de sonolência diurna excessiva e manifestações anormais de sono REM por, pelo menos, três meses. Não é um tipo de epilepsia, nem uma perturbação psicogênica. Trata-se de uma anormalidade dos mecanismos do sono, especificamente, dos mecanismos de inibição do sono REM. O sintoma mais comum‚ representado por ataques de sono: o paciente não consegue evitar o sono. Frequentemente associa-se a este problema:

cataplexia: perda súbita do tônus muscular, queda da mandíbula, da cabeça, fraqueza nos joelhos, levando à queda. Ocasionalmente, um regime de cochilos forçados com um horário regular do dia parece ajudar e, em alguns casos, praticamente pode curar o paciente sem medicação.

transtorno do sono relacionado a respiração: caracterizado por uma perturbação do sono, levando sonolência excessiva ou insônia devido a uma perturbação respiratória relacionada ao sono. Estas incluem: apneias, hipopneias e dessaturação de oxigênio. Essas perturbações causam, invariavelmente a hipersonia, quando da ocorrência dos seguintes transtornos:

Síndrome de apneia do sono

Síndrome de hipoventilação alveolar.

Essas duas síndromes podem causar insônia; entretanto, a hipersonolência seja mais comum.

transtorno do ritmo circadiano do sono: também conhecido como transtorno do ciclo de sono-vigília. Inclui uma ampla faixa de condições, envolvendo um mau alinhamento entre períodos desejados e reais de sono. O DSM-IV lista quatro tipos deste transtorno:

fase do sono atrasada: marcado por tempos de dormir e despertar mais tardios do que os desejados. O transtorno frequentemente se apresenta com a importante queixa de dificuldade para adormecer no horário convencional desejado e pode parecer similar à insônia inicial. A sonolência diurna frequentemente ocorre secundariamente à perda do sono. O atraso da fase de sono pode ser tratado, adiando-se gradualmente a hora de dormir ao longo de um período de vários dias, até‚ que o horário desejado para o sono seja atingido.

mudança de fuso horário: geralmente desaparece espontaneamente dentro de 2 a 7 dias, dependendo da distância da viagem leste-oeste e da sensibilidade individual, sem necessidade de qualquer tratamento específico.

mudanças frequentes de turno de trabalho: ocorre em indivíduos que mudam repetida e rapidamente seus horários de trabalho e, ocasionalmente, em indivíduos com horários de sono caóticos auto-impostos. O sintoma mais frequente encontrado é um período misto de insônia e sonolência; entretanto, muitos outros sintomas e problemas somáticos, incluindo úlcera péptica, podem estar associados com o padrão após algum tempo. Um problema particular ocorre no treinamento dos médicos, que precisam trabalhar de 36 a 48 horas sem dormir. Esta condição é perigosa tanto para os profissionais quanto para seus pacientes, cabendo aos educadores da área médica desenvolver mais turnos para médicos em treinamento.

dissonia (sem outra especificação):

mioclono noturno: consiste de contrações abruptas altamente estereotipadas de determinados músculos das pernas durante o sono. Os pacientes não possuem qualquer consciência subjetiva dos espasmos das pernas. Despertares frequentes, sono não-repousante e sonolência diurna são os principais sintomas. Nenhum tratamento para o mioclono noturno é universalmente efetivo. Tratamentos que podem ser úteis incluem benzodiazepínicos, levodopa e, em casos raros, opióides.

síndrome associada à menstruação: algumas mulheres experimentam hipersonolência intermitente e acentuada; padrões comportamentais alterados e fome voraz, imediatamente antes ou no inicio de suas regras.

sono insuficiente: definido como uma grave queixa de transtorno de sonolência excessiva e os sintomas de vigília associados, em um indivíduo que persistentemente não consegue obter o sono diário necessário para manter o estado de alerta durante a vigília. O indivíduo é muitas vezes, involuntariamente privado do sono. Este diagnóstico geralmente pode ser feito com base em uma criteriosa história do sono. Especialmente estudantes e trabalhadores noturnos, que desejam manter uma vida diurna ativa e para executar seus trabalhos noturnos, podem privar-se de seu sono, produzindo sonolência durante o período de trabalho.

embriaguez de sono: uma forma anormal de despertar, na qual a falta de um sensório claro na transição do sono a plena vigília‚ prolongada e exagerada. Desenvolve-se um estado de confusão que, muitas vezes, leva a inconveniência individual ou social e, por vezes, a atos criminosos. A ausência de privação do sono‚ essencial para o diagnóstico.

parassonias: incluem:

transtorno de pesadelo: é caracterizado por um sonho longo e assustador, do qual o indivíduo desperta assustado. Há recordações detalhadas de sonhos extensos e extremamente assustadores e, em geral, envolvendo ameaças à sobrevivência, à segurança ou auto-estima. O individuo torna-se rapidamente orientado e alerta. Quase sempre ocorre durante o sono REM. Em geral, não é necessário um tratamento específico. Drogas tricíclicas e benzodiazepínicos podem reduzir a frequência de pesadelos.

transtorno do terror noturno: caracteriza-se por despertar noturno durante a primeira terça parte da noite, invariavelmente inaugurado por um grito lancinante e acompanhado de intensa ansiedade, beirando o pânico. Tipicamente, os pacientes ficam sentados na cama com uma expressão assustada, gritam alto e acordam imediatamente com um intenso terror. Permanecem acordados e desorientados com relativa falta aos esforços alheios para confortar o indivíduo. Mais comumente adormecem e esquecem os episódios. Nenhum sonho detalhado é recordado, e existe amnésia para o episódio. Às vezes evoluem, após o episódio, para o sonambulismo.

Ocorrer especialmente em crianças do sexo masculino e existe alguma propensão familiar. Uma anormalidade neurológica menor do lobo temporal ou estruturas adjacentes tem sido questionada, mas em casos típicos de transtorno de terror noturno não foram vistos quaisquer anormalidades.

Raramente há necessidade de tratamento para o terror noturno ou par o sonambulismo. Investigações de situações estressantes familiares devem ser investigadas, podendo ser úteis à terapia individual ou familiar.

transtorno de sonambulismo: consiste de um uma sequência de comportamentos complexos que se iniciam no primeiro terço da noite e frequentemente, mas nem sempre, progridem a ponto de deixar o leito e perambular. Termina por um despertar com vários minutos de confusão. O indivíduo, geralmente volta a dormir sem qualquer lembrança do evento de sonambulismo.

Estudos polissonográficos mostram uma excitação do estágio 4 com ondas lentas de alta amplitude precedendo a ativação muscular, seguida do padrão de vigília.

Em geral, se inicia entre os 4 e 8 anos de idade, com prevalência máxima por volta dos 12 anos. A tendência é familiar e períodos de estresse parecem estar associados a um aumento do sonambulismo nos indivíduos afetados. Cansaço extremo e privação de sono prévio exacerbam os ataques.

parassonia (sem outra especificação):

bruxismo relacionado ao sono: o ranger de dentes ocorre durante toda a noite, com maior predomínio durante o estágio 2 de sono. A condição muitas vezes passa desapercebia pelo indivíduo, muitas vezes, que está dormindo, exceto por uma sensação ocasional de dor mandibular pela manhã.

transtorno de comportamento de sono REM: caracteriza-se por uma perda da atonia durante o sono REM e emergência subseqüente de comportamentos violentos e complexos. Em essência os pacientes com este transtorno estão encenando seus sonhos. Ferimentos sérios ao paciente e ao companheiro de cama é um risco importante a ser observado.

falador durante o sono (soníloquo): envolve umas poucas palavras de difícil compreensão sobre a vida e preocupações do soníloquo, mas este não relata seus sonhos durante o sono, nem é comum que revele segredos profundos.

paralisia do sono: caracteriza-se por uma súbita incapacidade de realizar movimentos voluntários exatamente no início do sono, ou quando o indivíduo desperta, durante a noite ou pela manhã.

O RONCO

O Ronco ou o ressonar 

               É o ato de ressonar, uma obstrução parcial das vias respiratórias superiores durante o sono, que pode ocorrer em razão:

natural do contato das paredes musculares da faringe, que tem diminuição do seu tônus induzido pelo repouso e a própria perda de elasticidade que acontece com o decorrer da idade.

aumento do volume de secreções e produção de muco.

obstrução nasal devida, desvio de septo, rinites, sinusites, pólipos nasais.

hiperplasia das amígdalas e adenóides.

ganho de massa gordurosa no pescoço.

alterações das estruturas das vias aéreas superiores, como: hipoplasia de mandíbula e maxila, macroglossia, queixo duplo, alterações nos ossos da face, entre outros.

Fisiopatologia do ronco

               O sono provoca o relaxamento dos músculos do tórax, o que induz a abertura involuntária da boca, como também, altera a coordenação entre a contração do diafragma e os músculos da garganta (faringe). Quer dizer, que em repouso há diminuição do gasto energético e consequentemente do oxigênio. O organismo se encontra em metabolismo basal, com todos os músculos relaxados. Durante o sono, com a ocorrência de apneia de repetidos períodos de apneia, pode-se estabelecer a síndrome de apneia do sono. O que acontece é que a obstrução característica do ronco de deve ao colamento das paredes da faringe, com uma hipoventilação alveolar que tende para hipoxemia (insuficiência de oxigênio no sangue) e hipercapnia (doses excessivas de dióxido de carbono no sangue), terminando em esforço respiratório que faz a pessoa despertar. Durante o esforço respiratório, ocorrem as contrações musculares que abrem as vias aéreas superiores, restabelecendo a respiração. A obstrução faz com que o ar encontre uma resistência a sua passagem e por isso vibra, ocasionando um barulho desagradável e com efeitos negativos na vida pessoal.

               Estudos comprovam que é um dos fatores que levam ao divórcio de vários casais. A obesidade também é um grande fator, visto que:

no homem: o ganho de peso é comum no pescoço, tórax e abdome, ou seja, nas partes mais superiores do corpo.

na mulher: isto não é comum, localizando o ganho de peso nos quadris, coxas, seios, pernas e abdome, ou seja, nas partes mais inferiores.

               E é esta gordura toracoabdominal que atrapalha nas contrações diafragmáticas e empurra este para cima interferindo na respiração. A gordura abdominal é uma grande preocupação e se caracteriza como um fator de risco. Ela dificulta a circulação e sobrecarrega o aparelho cardiovascular e conseqüentemente o pulmonar. Por último, deve-se ficar atento ao um caso especial onde o ronco pode sugerir uma doença de neurodeficiência muscular, conhecida por garganta flácida. Nesta, há diminuição do tônus muscular da faringe, mas de ordem patológica, o que leva ao contato (colabamento) das suas paredes e ocasiona a vibração por obstrução na passagem do ar, provocando dessa forma o ronco.

Incidência do ronco

               Em estudos populacionais, estima-se que 19% das mulheres e 30% dos homens ronquem intensamente. Estima-se que a apneia do sono, por sua vez, ocorra em 2 a 4% da população geral, sendo mais comum nos homens de meia idade. (Knuiman – 2005 / Reimão – 1996).

NARCOLEPSIA

               Temos um temporizador no nosso cérebro que controla o nosso relógio biológico. Temos a hora de sentir sono e fome. A ciência, através da cronobiologia, está descobrindo a cada dia como esse conhecimento pode ser aplicado, indicando-nos: a hora ideal para aplicar determinado tratamento, de tomar determinado remédio, de fazer exercícios físicos mais pesados e etc.

Definição

               Foi primeiramente descrita no ano de 1880, por J.B.E. Gelineau como sendo uma tendência anormal, um distúrbio crônico do sono, uma condição neurológica caracterizada por episódios súbitos e irresistíveis, inevitáveis e inadequados de sono e que inclui sonolência excessiva diurna. Apenas em 1999 suas causas começaram a ser conhecidas.

               Este fato se deve em função de uma patologia de difícil diagnóstico, tendo três dos quatro principais sintomas referentes às “tétrades narcolépticas” (ver abaixo), existentes em outros distúrbios de sono ou mesmo em situações comuns na vida em geral. Estes distúrbios podem trazer consequências graves: individuais, sociais e econômicas.

               O principal fator da narcolepsia é quando ocorre no estado de vigília, onde o sono REM se instala subitamente na pessoa acordada e ela perde as forças nos músculos e cai (o tônus muscular diminui e os movimentos são bloqueados). Quando, ao contrário, o sono REM e os sonhos associados não se findam completamente ao se acordar, a pessoa tem a horrível sensação de não poder se mover, o que pode ser acompanhado pela impressão de “se ver de fora“. Consciência e sonhos se misturam, e o resultado pode ser aterrorizante. É impressionando as constatações descritas pelos técnicos que avaliam tais sintomas, pois eles constatam o fenômeno mediúnico da saída de corpo e ninguém para de forma a analisar o que está ocorrendo de verdade.

               Existe uma condição genética, na qual a orexina ou hipocretina (neurotransmissor estimulante) não é produzida em quantidade suficiente pelas células de um pequeno núcleo do hipotálamo. Há maior incidência em algumas famílias, o que não quer dizer que todos os filhos narcolépticos apresentarão tal doença.

Etimologia

A palavra vem do grego (nárke = narco, estupor, sonolência + lepsis = lepsia, crise), tendo sido cunhada por Gelineau (1880), caracterizando o desejo incontrolável de dormir ou as crises repentinas de sono esta doença crônica.

Histórico

1877 – Westphall: primeira descrição na literatura médica.

1880 – Gelineau: denominou o distúrbio de narcolepsia.

1902 – Lowenfeld: usou o termo cataplexia.

1935 – anfetaminas: uso no tratamento da narcolepsia.

1960 – REM: descritos os períodos anormais em narcolepsia.

1970 – Teste das Latências Múltiplas do Sono: descrição.

1973 – primeiros relatos: sobre a narcolepsia em cães.

1998 – orexina (hipocretina): identificada no hipotálamo.

1999 – receptores de hipocretina: identificadas mutações destes como causa de narcolepsia em cães e ratos.

2000 – hipocretina: associada sua deficiência com a narcolepsia humana.

Características

               Na narcolepsia o temporizador citado acima apresenta “defeito” e provoca, mesmo durante o estado de vigília, um sono profundo repentino, bem como, começa a sonhar mesmo antes de começar a dormir. Assiste aos sonhos, vê pessoas que já morreram ou cenas de seu passado, como se estivesse acontecendo na realidade (saída consciente de corpo). Pode acordar de um sono e o seu cérebro estar desperto, mas o seu corpo ainda continuar dormindo e a pessoa não consegue se mover por algum tempo (verifica-se que a ciência constata o espiritual e não aceita). O diagnóstico pode prevenir acidentes e o conhecimento dos sintomas da doença pode aliviar o sofrimento do paciente.

               As quatro principais manifestações (tétrade) são:

sonolência excessiva diurna – SED: costuma ser o primeiro sintoma e ocorre em 100% dos que assim são diagnosticados. Pode ser causada não só por uma noite mal dormida, mas também por problemas como a depressão (tristeza profunda, desânimo, nervosismo), síndrome da apneia do sono (parar de respirar no sono). O paciente simplesmente adormece, não importando se está: conversando, trabalhando, dirigindo e etc. Os ataques são repentinos e durante o dia. Ocorre em praticamente todos os casos de narcolepsia. A pessoa ou tem crises irresistíveis de sono ou sente sono o dia inteiro, que se  acentua quando em situações monótonas, chegando a dormir no trabalho, ao dirigir, podendo levar a acidentes. É suficientemente intensa a ponto de dificultar o desempenho no trabalho e na escola de tarefas que requerem atenção e concentração e ainda ser objeto da incompreensão dos familiares e colegas. Cochilos curtos de 10 a 20 minutos deixam os pacientes bem recuperados. Costumam acordar bem dispostos, mas depois de algumas horas, a sonolência volta e vai aumentando progressivamente até ficar incontrolável.  O meio da manhã e da tarde são  momentos em que a sonolência atinge o ponto máximo.

cataplexia: é o único sintoma específico para a narcolepsia, mas em grande parte dos casos só aparece como sintoma após a SED. Ocorre em 60 a 90% dos casos, pela perda súbita, porém reversível, do tono (força) muscular na pessoa acordada, afetando de pequenos grupos de músculos (joelhos, faciais, pescoço, fala) até o corpo todo, associada a um irresistível desejo de dormir. A pessoa está normal e de repente a mandíbula cai e a boca fica permanentemente aberta. Na atonia (perda do tônus) o pescoço pode ser unicamente afetado e a cabeça pode pender sobre o prato (se estiver comendo) ou cair algum objeto que segurava, se os membros superiores forem atingidos. As crises variam de intensidade e extensão, desde leve sensação de fraqueza súbita generalizada, até o comprometimento de toda a musculatura voluntária, com queda ao solo por imobilidade. Estas quedas podem provocar fraturas e ferimentos. Pode ser desencadeada por emoção (alegria, tristeza, susto) muito forte, ou na prática de esportes. Pode surgir dos 15 aos 30 anos e costuma provocar pelo menos um ataque por dia.

Uma crise cataplética, dura geralmente poucos segundos, mas pode chegar a 30 minutos. É o segundo sintoma mais comum da narcolepsia e costuma surgir em média, após 4 anos do aparecimento da sonolência excessiva. Como é uma doença pouco conhecida dos médicos, este sintoma pode levar erroneamente ao diagnóstico de epilepsia. Geralmente o paciente tem consciência do acontecendo, embora não consiga falar nem se movimentar. A polissonografia feita durante a crise cataplética mostra a atonia idêntica à do sono REM, com a entrada da atonia, uma das fases de um dos componentes deste sono invadindo a vigília.

paralisia do sono: é uma incapacidade total de se mover e falar pouco antes de adormecer e mais frequentemente ao despertar e sua ocorrência está em torno de 10% de todos os casos que se apresentam. Pode uma vez ou outra, acometer uma pessoa normal (correto, pois a presença espiritual pode levar uma pessoa a apresentar este sintoma). É descrita pelos pacientes como uma sensação horrível de imobilidade completa, onde a pessoa só consegue mexer os olhos, que dura de 1 a 2 minutos e ocorre logo que ele começa a dormir ou quando está despertando (início da saída de corpo, quando o indivíduo ainda se encontra sonolento, não dormindo com certa profundidade).  Apesar de estar completamente consciente, a pessoa não consegue se mover, falar ou abrir os olhos (sensação de alguém fora do corpo). A sensação é de estar morta ou morrendo.

alucinações hipnagógicas: são sonhos e visões que ocorrem quando a pessoa inicia o sono e acomete cerca de 10% dos doentes. Ela ainda não se desligou completamente da realidade e já está sonhando e passa a ver  uma série de imagens (animais, coisas ou pessoas) que surgem abruptamente ou de ouvir vozes chamando-lhe. Pode ter uma única cena, uma sequência ou formas simples que se alternam continuamente e de tamanho. As imagens têm todas as características de um sonho vívido e por vezes tem consciência do que se passa no mundo real ao redor, enquanto vive a experiência de alucinação-sonho onde se vê tomando parte. Menos comumente, pode haver alucinações auditivas que variam desde sons variados até melodia elaborada.

hipnopômpicas: se dá no despertar e são muito vívidas e semelhantes a sonhos. Podem ser muito assustadoras porque a pessoa sabe que está acordada, mas está tendo essas vidências como se estivesse dormindo. Refere-se ao estado semiconsciente que antecede o despertar ou à passagem do sono propriamente dito ao sono incompleto ou à vigília.

Obs.: tanto a paralisia do sono como as alucinações hipnagógica e hipnopômpica podem acontecer sem a existência deste mal.

               Ela ainda é incurável, mas existem medicamentos que podem ajudar no controle da doença, diminuindo a incidência e abrandando as crises.  Pesquisas feitas em cães (que também tem a doença) têm mostrado que o fator hereditário é o mais importante na causa da doença. Enquanto não são feitos o diagnóstico e o tratamento, o narcoléptico costuma ser taxado de preguiçoso, desmotivado, epiléptico, ou mesmo um atrasado no desenvolvimento psicológico, o que tende a trazer repercussões importantes na personalidade e na auto-estima da pessoa.

Precauções

            Durante o tratamento não se deve exercer atividades de risco tais como dirigir ou manipular equipamentos que exijam atenção contínua. Dentre as medidas paralelas ao tratamento são recomendados cochilos voluntários durante o dia para reduzir a sonolência diurna.

Diagnóstico

               Na maioria dos casos o problema é seguido pela incompreensão: familiar, de amigos e patrões. Geralmente a sonolência é confundida com uma situação normal, o que leva a uma dificuldade de diagnóstico. É comum, portadores narcolépticos passarem a vida inteira sem se darem conta que o seu quadro é motivado por uma doença, sendo tachados por todo esse tempo de preguiçosos e dorminhocos.

               Uma vez levantada a suspeita, pede-se que o paciente faça uma polissonografia (um registro do sono durante a noite inteira) e um teste das latências múltiplas do sono durante o dia. O objetivo é afastar a possibilidade de associação da apneia do sono com a narcolepsia, o que não é incomum.

               O teste de latências múltiplas é realizado no mesmo laboratório do sono e consiste em colocar o indivíduo deitado num quarto escuro durante 20 minutos, a cada duas horas, cinco vezes num dia, para medir o tempo que leva para dormir. É um exame mais simples para verificar se a pessoa dorme durante o dia, determinar a atividade cerebral e se entrou na fase de sono REM nesse período.

               Nessas situações, o normal é a pessoa tirar um breve cochilo em um ou dois dos cinco períodos, especialmente depois do almoço e demorar, em média, mais do que dez minutos para pegar o sono. Não é normal a tendência de pegar no sono ser menor do que cinco minutos em todas as oportunidades e o indivíduo entrar na fase REM nos vinte minutos que dura o exame.

Tratamento

               É uma doença de certa forma benigna, porém o tratamento é prolongado, portanto, inclui a orientação dos pacientes e familiares. No entanto, se procurar ajuda especializada irá descobrir que é vítima de um mal crônico (visão médica). A administração de medicamentos permitirá que o paciente mantenha suas atividades normais nos campos profissionais, sociais e o tratamento objetiva o controle dos sintomas, principalmente das crises de sono e da cataplexia. O tratamento é feito com medicamentos estimulantes, que podem se prolongar por toda a vida, classificados como simpaticomiméticos e caracterizados por substâncias estimulantes do sistema nervoso central – SNC (como a cafeína e a estriquinina). Para manter os narcolépticos acordados, inclui-se a anfetamina e seus derivados (metilfenidato).

               Na verdade, compõem-se de estimulantes e antidepressivos tricíclicos que agem diretamente ou indiretamente através destes sistemas de neurotransmissão. Os efeitos na inibição da recaptação da noradrenalina na fenda sináptica inibem de forma leve a cataplexia e os fenômenos anormais associados ao sono REM, enquanto os estimulantes em geral agem diminuindo a sonolência através do sistema dopaminérgico. É bom ressaltar que estes tratamentos são somente parcialmente efetivos e que provavelmente a descoberta da hipocretina como um agente preponderante no estabelecimento da narcolepsia levará a criação ou a descoberta de uma droga mais efetiva no tratamento.

Fatores genéticos

               Alguns estudos evidenciam que a narcolepsia esteja ligada a fatores genéticos, uma vez que quase a totalidade dos narcolépticos apresenta um antígeno classe II do complexo de histocompatibilidade principal conhecido como DR15DQw6Dw2. Apesar disso, há registrada a possibilidade do desenvolvimento em casos independentes para tal antígeno. Supõe-se, então, que a transmissão seja multifatorial. A hipótese de que fatores ambientais exerçam papel importante no desenvolvimento da patologia também não é descartada, já que existem gêmeos monozigóticos discordantes para este diagnóstico.

               A transmissão genética em humanos não obedece às regras mendelianas, trata-se de uma herança complexa, multifatorial na qual, fatores ambientais têm papel importante. Embora a maioria dos casos seja esporádica e não familiar, o risco de um parente de 1° grau de um paciente narcoléptico ter o mesmo distúrbio é 40 vezes maior que na população em geral.

Etiologia

               A causa é o déficit do neurotransmissor estimulante denominado orexina no hipotálamo (cérebro) leva à sonolência excessiva, também denominada de hipocretina.

Substâncias

modafanil: é uma substância nova e que começa a ganhar fama como a “pílula contra o sono“, eficaz para deixar o paciente mais alerto e relativamente seguro para evitar a sobrecarga do sistema cardiovascular, uma vez que os estimulantes podem aumentar a pressão arterial e o número de batimentos cardíacos. Promete ao usuário a possibilidade de permanecer acordado por até 40 horas, sem cansaço ou falta de atenção. Não chega a ser um estimulante e, sim, um promotor de vigilância, que reduz em até 40% a sonolência diurna. É a primeira escolha, mas infelizmente esse medicamento não é produzido no Brasil e custa caro por aqui. Se não estiver disponível, existem outros estimulantes, também utilizados por crianças com déficit de atenção, porém a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA já analisa a liberação do produto. Deve-se ter em mente que não se trata de uma droga para reduzir o sono de ninguém, devendo ser utilizado para casos de “excesso de sonolência“. Apesar do baixo risco de dependência, o uso prolongado pode causar de perda de memória e irritabilidade a depressão, uma vez que “uma noite sem dormir já faz mal à saúde“.

hipocretina: usando mapeamento genético, realizado em 1999, um grupo de cientistas da Universidade de Stanford – Califórnia, descobriu que a doença em animais é devida a um defeito na hipocretina. Sintomas semelhantes à narcolepsia humana foram identificados junto aos camundongos, levantando a suspeita de que também a doença no homem poderia ser relacionada a versões defeituosas da hipocretina. No entanto, apenas em poucos casos foram encontradas falhas na hipocretina, porque na maioria das vezes esta substância simplesmente não era detectada no cérebro dos pacientes, sendo que quase todos os 15.000 neurônios que deveriam produzi-la haviam desaparecido. Talvez tenham sido destruídos pelo próprio corpo: existe uma suspeita de que a narcolepsia seja uma doença autoimune, em que o sistema imunológico do indivíduo começa a atacar certos órgãos do próprio corpo, além de invasores como vírus e bactérias.

A hipocretina normalmente ativa neurônios que impedem a entrada no sono REM, aonde o sono acontece, quando o tônus muscular diminui e os movimentos são bloqueados. Na falta dela, supõe-se que esses neurônios, agora desimpedidos, promovam o sono REM mais facilmente, de modo que a pessoa ficaria constantemente à beira do sono. O resultado seria sonolência profunda durante o dia, o mais comum sintoma da doença. Ainda não há uma boa explicação para o fato de o ataque de narcolepsia ser desencadeado por emoções, mas ela provavelmente envolverá o hipotálamo, aonde a hipocretina é produzida, que também participa nas emoções.

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA

Narcolepsia

               É mais uma doença sem a perfeita compreensão de como acontece e como pode ser curada adequadamente. A culpada parece ser a condição genética que provoca a ausência do neurotransmissor orexina ou hipocretina, não produzida em quantidade suficiente pelas células de um pequeno núcleo do hipotálamo.

               É uma doença de certa forma benigna, porém o tratamento é prolongado, o que inclui uma devida orientação aos pacientes e familiares. No entanto, se houver pesquisas a respeito do que está se passando junto de Você irá descobrir que é vítima de um mal crônico (visão médica).

               A sonolência diurna pode prejudicar: a atenção, a concentração e o humor. A administração de medicamentos permitirá que o paciente mantenha suas atividades normais, com um tratamento objetivando o controle dos sintomas, principalmente das crises de sono e da cataplexia. O tratamento é feito com medicamentos estimulantes, que podem se prolongar por toda a vida, classificados como simpaticomiméticos e caracterizados por substâncias estimulantes do sistema nervoso central – SNC (como a cafeína e a estriquinina). Para manter os narcolépticos acordados, inclui-se a anfetamina e seus derivados (metilfenidato).

               Na verdade, compõem-se de estimulantes e antidepressivos tricíclicos que agem diretamente ou indiretamente através destes sistemas de neurotransmissão. A recaptação da noradrenalina na fenda sináptica inibe levemente a cataplexia e os fenômenos anormais associados ao sono REM, enquanto os estimulantes em geral agem diminuindo a sonolência através do sistema dopaminérgico. 

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA
COR LOCAL / TRATAMENTO
VERMELHA Frontal (5 segundos).
ROSA / DOURADA Cardíaco (problemas emocionais).
VERMELHA / LARANJA / AMARELA Corpo (estimulante neuromuscular, usado no combate à cataplexia, sem provocar alterações arteriais).
AMARELA Corpo (extraordinária vibração antidepressiva).
VIOLETA Corpo (fortalece o Sistema Imunológico).

SUGESTÃO DE CROMOPUNTURA

Narcolepsia

               Diante da comprovação da presença da narcolepsia junto ao atendido, damos como sugestão a aplicação das CORES junto aos pontos abaixo indicados. Tais sugestões estão direcionadas dentro dos seguintes pontos de vista:

estimulação: na falta de hipocretina no cérebro, há necessidade de se estimular o corpo em geral e, portanto, tonificar o ponto:

BP6: visando fortalecer a energia Yin. Ponto bexiga/pâncreas situado a quatro dedos acima do maléolo media.

emocional: provoca, dentro da doença, a perda da tonicidade muscular e procura-se equilibrar o atendido tonificando estes pontos:

CS6: recebe o nome de “passagem interior” e tem relação com o fluxo das energias internas que fluem pelos Aquecedores. Se o fluxo de energia é alterado forma os conhecidos Ventos Internos, que no caso se manifestam na forma dos sentimentos, que tendem a se manifestar no exterior, portanto, controla sua manifestação.

VG20: está localizado na intersecção da linha de união entre as extremidades de ambas as orelhas, com a linha mediana no alto da cabeça (linha de implantação posterior do cabelo: 7 tsun (da linha de implantação anterior: 5 tsun). Por ser um ponto de sedação é bastante eficaz e age como um harmonizador psíquico em distúrbios psico-vegetativos como: estados de agitação e de ansiedade, medo, distúrbios do sono.

cataplexia: quedas freqüentes podem ocorrer como sintoma da doença e os pontos citados visam evitar tais ocorrências. A acupuntura aponta a lipotimia, que significa a perda brusca de consciência, síncope, desmaio como possível de ser trabalhada por não apresentar uma receita específica:

TA4: yangchi, meridiano “triplo aquecedor” que aumenta ou inibe o caudal energético, situando-se na face dorsal do punho, numa reentrância que se localiza no meio da prega dorsal do punho, entre os tendões do músculo extensor próprio do 5º dedo e do extensor comum dos dedos.

R1: youngquan, harmoniza o Qi do Shao Yang e dispersa o calor do Triplo Aquecedor, relaxando os tendões. Acalma o fígado e a hiperatividade (yang) do fígado e do corpo além de apaziguar o fogo.

desfalecimentos: como o portador de narcolepsia pode vir a apresentar tal estado físico, fica identificado o ponto abaixo:

VG26: renzhong, meridiano “vaso governador”, ponto importante para a reanimação de inconsciência e para doenças mentais, clarificando a mente, localizado abaixo do nariz (goteira labial), na união do terço superior com os dois terços inferiores da distância entre o lábio e o nariz. Indicado para situações de estado de choque, é o ponto do Du Mai, cruzamento do que recebe a energia dos meridianos principais do Intestino Grosso (direito e esquerdo) e do Estômago.

PT COR INDICAÇÃO
BP6 VERMELHA Há necessidade de se estimular o corpo em geral e, portanto, tonificar o ponto, visando fortalecer a energia Yin.
CS6 + VG20 AMARELA Na perda da tonicidade muscular e procura-se equilibrar o atendido tonificando este ponto, devido sua  relação com o fluxo das energias internas. Na sedação é bastante eficaz como harmonizador psíquico e que nesse caso tem que ser suavemente desperto de forma a manter a prontidão.
TA4 + R1 LARANJA No presente caso a perda brusca de consciência está na perda da tonicidade muscular, que assim sendo,  pode aumentar o caudal energético, de forma a trazer o atendido à tona
VG26 VERMELHA Disponibilizado este ponto para o pronto atendimento, para a reanimação de inconsciência

 LEMBRETES

Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. Esta terapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o “médico” e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações possuem apenas caráter educativo e é permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.

 

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