Tatuagens – clareamento

Tatuagens – clareamento

TATUAGENS – Clareamento 

Origem

                Também referida como tattoo (em inglês), tatouage (em francês), tem sua origem em línguas polinésias (taitiano) na palavra tatau e supõe-se que todos os povos circunvizinhos ao oceano Pacífico (além das dos mares do sul) possuíam a tradição de se tatuarem.

                É atribuído ao capitão James Cook como sendo o pai da palavra “tattoo“, conhecida atualmente (também descobridor do surf). Escreveu em seu diário a palavra tattow, também conhecida como tatau, som feito durante a execução da mesma, pela utilização de ossos finos como agulhas e uma espécie de martelinho para introduzir a tinta na pele.

 Moriel Sophia

Cromoterapeuta – Sinaten 0880

Definição

Trata-se de uma dermopigmentação (dermo” = pele / “pigmentação” ato de pigmentar ou colorir) é uma das formas de modificação do corpo mais conhecidas e cultuadas do mundo. Trata-se de um desenho permanente feito na pele humana que, tecnicamente, é uma aplicação subcutânea obtida através da introdução de pigmentos por agulhas.

História

                Existem muitas provas arqueológicas afirmativas de que tatuagens eram feitas em rituais ligados a religião, tanto no Egito (4000 e 2000 a.C.), bem como, por nativos da: Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia.

               Na Idade Média, a Igreja Católica a baniu da Europa por proibição papal (em 787 d.C.), sendo considerada como uma pratica demoníaca, caracterizando-a como pratica de vandalismo do próprio corpo, firmando-se doutrinariamente de uma forma quase ditatorial (postura contumaz da Igreja Católica).

               Com a circulação dos marinheiros ingleses a tatuagem e a palavra Tatoo entraram em contato com diversas outras civilizações pelo mundo. Porém o governo da Inglaterra a adotou como uma forma de identificação de criminosos (1879) e a partir daí ganhou uma conotação fora-da-lei no ocidente.

                Samuel O’Reilly (1891) desenvolveu um aparelho elétrico para fazer tatuagens, baseado em outro aparelho extremamente parecido e que havia sido criado para marcar couro e patenteado por Thomas Edison.

               Durante a 2ª. guerra mundial, foi muito utilizada por soldados e marinheiros, que gravavam o nome da pessoa amada em seus corpos.

               No Brasil, a tatuagem elétrica é uma arte muito recente, com surgimento em meados dos anos 60, na cidade portuária de Santos e que foi introduzida pelo dinamarquês “Knud Harld Likke Gregersen“, o Lucky Tattoo. Sua loja se localizava nas proximidades do cais, onde na época era a zona de boemia e prostituição da cidade de Santos, de intensa circulação de imigrantes embarcados muitas vezes: bêbados, arruaceiros e envolvidos com drogas e prostitutas. Este fato contribuiu bastante para a disseminação de preconceitos e discriminação da atividade, gerando um estigma de arte marginal que perdurou por décadas.

               Hoje em dia, graças à circulação de informação pela televisão e por meios de comunicação como a internet, vem atingindo todas as camadas das populações brasileiras sem distinções. 

Temas 

               A motivação para os cultuadores não se apresenta de uma forma definida ou dentro de um percurso que explique o desejo e sua efetivaçao se torna num evento a princípio antinatural (biologicamente). Provavelmente, está na condição de ser uma obra de arte viva e temporal, tanto quanto a vida. Os temas são infinitos e variam em relação direta às personalidades dos tatuadores e tatuados.

               Portanto, considera-se um movimento do ser simbólico-social, que supera o instinto de autopreservação, uma característica absolutamente humana. Processos que podem dar vazão estão ativos em relação ao: contexto, ambiente, época, nível cultural, influências, modismos, ideologias, crença e espírito despojado. Considera-se um movimento complexo sobredeterminado, desde sua origem histórica até o contínuo uso na contemporaneidade e nenhuma teoria apresenta uma explicação exclusiva e final para a tatuagem, quer de ordem: psicológica, psicanalítica, religiosa, antropológica ou médica. 

A TATUAGEM

Pós-tatuagem (cuidados)

Filme plástico

               Muitos tatuadores recomendam o recobrimento do local da tatuagem recém-feita com plástico de embalar alimentos, por pelo menos três dias. Não é uma prática geralmente aceita, pois os discordantes alegam que a pele assim recoberta, com resíduos (pele, linfa, sangue, tinta e suor), pode gerar um ambiente propício para a formação de colônias de bactérias. Alguns recomendam manter por no mínimo cinco horas, tempo suficiente para cicatrização inicial. Sua recolocação deve ser feita à noite, durante os três primeiros dias, de forma a não grudar no lençol.

               A colocação do plástico se justifica pelo fato de que nosso corpo expele um excesso pigmentar durante o citado período, impedindo que este excesso endureça em forma de crosta. Também está associado ao contato da recente tatuagem com tecidos: a cicatrização que pode ocorrer logo após o processo ou à noite, com vazamento de linfa e consequente aderência do lençol ou roupa ao desenho, geram o risco de remoção da camada (epiderme e derme) superficial onde estão alojadas as tintas. A consequência pode ser a formação de falhas em alguns pontos. 

Lavagem

               Deve-se lavar a região com sabonete neutro durante o banho, após algumas horas, de forma a manter o local limpo, já que a pomada também sairá na lavagem. Além disso, os resíduos podem criar uma superfície de risco por falta de assepsia. 

Água 

               A água é um elemento importante para o processo químico de cicatrização, fazendo parte da cadeia de fixação do colágeno. A pele muito seca pode perder mais células ou demorar mais para cicatrizar. Por outro lado, o excesso de água também prejudica no amolecimento da casquinha. Por isso, é muito importante não: expô-la ao sol (praia, piscinas ou saunas), tomar banhos longos, esfregar com buchas abrasivas ou sabonetes fortes. 

Casquinha

               Todo tatuador aconselha a não puxar a casquinha. Um ritual de puxar as casquinhas para que a tatuagem “cicatrize logo” é para algumas pessoas uma tarefa fácil e para outras, nem tanto. Tal fato pode abrir buracos nos desenhos, mesmo quando a casquinha pareça fina e superficial. Além disso, uma coceira (prurido, comichão) frequente devido à retração da pele provoca o desejo de se encravar as unhas no local. De forma definitiva, jamais arranque a casquinha. 

Alimentação

               Deve-se tomar cuidado com a ingestão de alimentos que possam causar alergia (anafilaxia) no período de cicatrização do trabalho, pois em algumas pessoas a pele pode adquirir um comportamento reativo e comprometer o resultado. Costuma-se recomendar a suspensão de alimentos muito gordurosos, tais como: carne de porco, frutos do mar, comida japonesa e pimentas. 

CLAREAMENTO 

               Durante muitos séculos, este procedimento foi completamente irreversível. Presentemente, existem técnicas de remoção, embora, dependendo do caso, podem deixar cicatrizes e variações de cor sobre a pele.

               Existe um aparelho a laser (Q-Switched Ruby Laser) que atinge um comprimento de onda de 694 nm (luz VERMELHA), pulsado (de 20 a 40 nsegundos) e tem se mostrado altamente efetivo no clareamento de tatuagens, assim como lesões pigmentadas da pele. Está provado que longos comprimentos de onda correspondem a uma penetração mais profunda na pele, tornando este aparelho mais efetivo para clarear lesões dérmicas profundas (Nevus de Ota). 

Mecanismo de ação

                Acredita-se que o clareamento da lesão, sem deixar cicatriz se deva ao mecanismo de fototermólise seletiva (veja apontamento no final deste artigo) onde, apenas o alvo cromóforo (responsável pela cor) é atingido, sem lesão ao redor da pele. Isto ocorre, pois a amplitude do pulso escolhido é menor ou igual ao tempo de relaxamento térmico do alvo, no caso os melanossomos (estes possuem um tempo de relaxamento térmico rápido, de 50 a 100 nsegundos e o Q-Switched Ruby Laser produz pulsos rápidos, com amplitude entre 20 e 50 nsegundos). Portanto o melanossomo alvo, absorve seletivamente a luz do laser levando ao aumento da temperatura, que por sua vez causa um dano térmico do mesmo e por fim sua destruição. Os macrófagos (grande célula que destrói corpos estranhos e volumosos, por fagocitose), então, se encarregam de retirar os restos celulares do melanossomo destruído. 

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA 

Embasamento

               Este artigo é totalmente inusitado, embora o assunto “clareamento de tatuagens” já tenha sido exposto algumas vezes pela mídia em geral, devido às dificuldades que certos ILUSTRES apresentam para eliminar determinadas TATUAGENS após o término de suas relações amorosas.

               Quanto ao uso das CORES para este fim, desconheço qualquer tentativa, mas deixo “sugestão” para aquele que deseje se submeter a esta terapêutica. Se os equipamentos descritos neste trabalho requerem uma quantidade não muito certa de aplicações, o mesmo tem que ser aceito quanto ao emprego desta técnica.

               Tenho crença de que isso possa acontecer, uma vez que, o importante é o direcionamento de LUZ em relação ao foco, dentro de uma especificação quanto ao número de nanômetros irradiado. Portanto, estamos falando a linguagem das CORES, o que torna a CROMOTERAPIA candidata a resolver este tipo de situação.

               Na “fototermólise seletiva”, o processo consiste em selecionar um alvo cirúrgico dentro de tecido circundante. Tanto o alvo como o tecido circundante são aquecidos até cerca de 60°C, restando o aquecimento do alvo até o ponto de coagulação, de preferência, por luz monocromática. A diferença de temperatura entre o alvo coagulante e o tecido circundante é suficientemente ligeira, de forma que o aquecimento ao se difundir para fora do alvo não danifica o tecido circundante, mesmo no caso de um alvo relativamente grande (veias varicosas).

               Acredita-se que o clareamento da lesão, sem cicatriz, se deve ao fato de que o alvo cromóforo é atingido, sem injúrias ao redor da pele. Isto ocorre, pois a amplitude do pulso escolhido, menor ou igual ao tempo de relaxamento térmico do alvo (melanossomos), possuem um tempo de relaxamento térmico rápido, de 50 a 100 nsegundos e o Q-Switched Ruby Laser produz pulsos rápidos, com amplitude entre 20 e 50 nsegundos. Portanto, seletivamente, o melanossomo alvo absorve a luz do laser levando ao aumento da temperatura, que por sua vez causa um dano térmico do mesmo e por fim sua destruição. Os macrófagos, então se encarregam de retirar os restos celulares do melanossomo destruído. Para tanto, 3 elementos básicos são necessários para se ter eficácia na aplicação: comprimento de onda adequado, tempo de exposição com duração inferior ou igual ao tempo de resfriamento das estruturas alvo (tempo de relaxamento térmico) e fluência suficiente para atingir uma temperatura lesiva as estruturas alvo.

              Como já foi apontado, o aparelho Q-Switched atinge um comprimento de onda de 694 nm (luz VERMELHA), pulsado (de 20 a 50 nsegundos) e, de acordo com as informações recolhidas tem se mostrado altamente efetivo no clareamento de tatuagens, assim como lesões pigmentadas da pele.

               Em relação ao corpo, as estruturas que possuem COR são chamadas cromóforos. Assim é que, a melanina com sua COR PRETA é um cromóforo, bem como, a hemoglobina do sangue de COR VERMELHA também o é. O pigmento do pêlo (PRETO) e a hemoglobina (VERMELHA) não se aquecem na mesma proporção, possibilitando que a irradiação que atinge a COR PRETA realize a depilação e a que atinge a VERMELHA o tratamento de pequenos vasos e varizes.

               Quando se dispara a luz para epilação (extração de cabelos para debelar certas doenças do couro cabeludo, por meio de agentes: físicos, químicos, radiológicos e etc.), ele vai aquecer somente as cores alvos do comprimento de luz (entre 400nm e 1100nm). Dessa maneira, o pêlo leva aquela energia até o bulbo, aquecendo e cauterizando-o, fazendo com que o ele não nasça mais.

               O comprimento de luz apontada acima (400 e 1100nm) é uma faixa eletromagnética ampla, compreendida pelo raio ultravioleta A (400 a 320 nm), também chamado de “luz negra” ou onda longa, até o intervalo compreendido pelas irradiações dos infravermelhos, corresponde à classificação de IV próximo, compreendido pela faixa de 780 a 2500 nm.

               As características físicas do infravermelho fazem com que o efeito da luz atinja a profundidade da derme levando grandes temperaturas a este nível, alterando positivamente o colágeno. A pele normal é protegida por ter menor reação à luz e por um sistema de resfriamento ultra rápido aplicado imediatamente antes e depois do infravermelho.

                Temos esta noção bem definida quando analisamos os efeitos de quando vamos à rua com uma camisa de COR PRETA e identificamos que o aquecimento solar é maior de quando vestimos uma camisa BRANCA. Isso porque, quando o PRETO é irradiado por um determinado comprimento de onda, ele é aquecido, uma vez que esta COR absorve todos os comprimentos de onda e não deixa nenhum deles ser refletido, portanto, provocando um superaquecimento.

Conclusão

               Quando o comprimento de luz é emitido pelo Q-Switched, este atinge um comprimento de onda de 694 nm, correspondente à luz VERMELHA. Dentro das “qualidades” desta COR, sabe-se que seu efeito calórico e capaz de retirar cicatrizes por sua classificação de QUENTE, fazendo descolorir a pigmentação existente no local. Diria eu que o conceito está perfeito.

               A grande diferença existente entre o comprimento de luz emitido pelo aparelho e a vibração do campo eletromagnético de um dos componentes do espectro visível, no caso específico da COR VERMELHA é que, o laser tem características invasivas que ofendem as áreas circunscritas, necessitando calibragem e atenção especiais quando de sua aplicação. No caso da COR, ela não é invasiva e pode ser aplicada sem qualquer receio quanto a possíveis danos, além da atuação sobre o desenho pigmentado à pele, devendo-se respeitar as contra-indicações desta vibração, ou seja, problemas hipertensivos e correlatos.

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA
COR LOCAL / TRATAMENTO
8 C (BRANCA) Local (preparação do local que irá receber a carga de infravermelho).
VERMELHA Local (atua como despigmentador da pele, devendo ser utilizado quando da presença de pequenas manchas ou descolorações de pele).
PRETA / MARROM / VERMELHA / LARANJA /AMARELA Local (pelo conjunto de cores quentes, que atua dentro de um padrão relativo ao infravermelho, atua na remoção  de áreas pigmentadas junto à pele, clareando-a).
8 C (BRANCA) Local (vitamínico, recupera as células circundantes, resfriando-a rapidamente depois da aplicação das CORES QUENTES, representando uma forte carga de infravermelho).

 

OBSERVAÇÕES 

Nevus de Ota

                Para entendimento e esclarecimento, Nevus de Ota (Ota – 1939) é caracterizado pela melanose (excessivo escurecimento dos tecidos pela melanina da pele da face) na área suprida pelo primeiro e segundo ramos do nervo trigêmeo, envolvendo a: conjuntiva e pálpebras, pele adjacente à face, esclera, músculos oculomotores e periósteo. É associado com: pigmentação ipsilateral da episclera, trato uveal, conjuntiva e fundus. Também podem ser atingidos a: íris, retina, palato duro, faringe, mucosa nasal e oral, conduto auditivo externo e tímpano.

               Geralmente tem início no primeiro ano de vida ou na adolescência (raramente na infância) e progride com a idade, tornando-se mancha hipercrômica intensa, de coloração azulada ou negro azulada, podendo ser parda e mosqueada.

               A condição é usualmente unilateral (90% dos casos) e a bilateralidade está presente em somente 10% deles, ocorrendo principalmente em indivíduos melanodérmicos (maior produção de melanina) e em orientais.

               Raramente tem potencial maligno e quando ocorre acomete mais frequentemente indivíduos da raça branca. Pode estar associado com diversas anormalidades oculares, como: catarata congênita, Síndrome de Duane e glaucoma. É mais frequente na raça amarela do que em caucasianos e negros. Corresponde de 0,2 a 0,8% de todos os pacientes dermatológicos ambulatoriais japoneses, sendo cinco vezes mais comum no sexo feminino. Não é hereditária e a ocorrência familiar é rara.

               O diagnóstico é clínico e a lesão é permanente, podendo sofrer clareamento, mas nunca foi relatado caso algum de regressão espontânea total. O tratamento com o Q-Switched tem sido reportado como excelente terapêutica a esta patologia, sem causar danos pele, portanto com resultado estético ótimo e sem cicatriz. Outros procedimentos cirúrgicos poderiam ter sido adotados, porém sempre determinando a troca do Nevus por uma cicatriz. 

Fototermólise seletiva

               Como o próprio nome já diz: photós (luz), thérme (calor) e lýsis (dissolução). De verdade, é o fenômeno que faz com que uma estrutura molecular da pele, de diferente cor, seja destruída por aquecimento do ponto, ao ser empregado um específico comprimento de onda. Anderson e Parrish (1983) introduziram este conceito, considerado um dos maiores avanços na tecnologia laser, pois permite uma atuação com esses equipamentos que não resulta em lesões provocadas pelo calor diante de aumento demasiado de energia em pontos não desejáveis, por imperfeição na calibragem de certos equipamentos.

               Significa que algumas estruturas do corpo captam mais calor e energia do que outras quando submetidas à exposição da luz. A produção de calor é seletiva, pois provoca um grau específico de aquecimento no alvo (os cromóforos).

               É conseguida através da emissão por “pulsos” do raio laser, diferentemente do “sistema contínuo” de emissão, utilizado até então. O “pulso” deverá ter duração, menor ou igual ao tempo que uma estrutura (cromóforo) leva para resfriar a metade da temperatura a que foi aquecida, denominado tempo de relaxamento térmico. A possibilidade de intervir seletivamente no organismo, que permite preservar o tecido que circunda a área a ser tratada, é um dos aspectos que levou os lasers a ser utilizados amplamente.

               Quando se dispara a luz para epilação (extração de cabelos para debelar certas doenças do couro cabeludo, por meio de agentes: físicos, químicos, radiológicos e etc.), ele vai aquecer somente as cores alvos do comprimento de luz (entre 400nm e 1100nm). Dessa maneira, o pêlo leva aquela energia até o bulbo, aquecendo e cauterizando o mesmo, fazendo com que o ele não nasça mais.

               Os equipamentos disponíveis para tratamento 3D, atuam na melhora quanto a: rugas finas, envelhecimentos em geral (facial, envelhecimento das mãos, do dorso e pescoço), vasos faciais muito finos, rosácea, manchas senis, danos solares, mudanças de textura da pele, olheiras, poiquilodermia (manchas, vasos e envelhecimento do colo e pescoço), manchas e pigmentações. Atuam na remodelação do colágeno e melhora a: flacidez da face e do pescoço, reduz sulcos e rugas mais pronunciadas e dobras da pele. Trata os vasos (os mais calibrosos da pele e os do nariz) e também do corpo e membros. Também é indicado para: poros abertos, vermelhidão facial e rugas finas.

Laser

               A palavra laser é o acrônimo (formado pelas iniciais) de Light Amplification Stimulated by Emission of Radiation, que traduzido significa: amplificação da luz por emissão estimulada de radiação. Quer dizer: uma luz com muita potência, concentrada em um raio, que transmite toda a sua força energética a um só ponto sem se dispersar.

               Trata-se de um raio eletromagnético de natureza fotônica, visível ou invisível, segundo sua longitude de onda, que pode se propagar no: vácuo, ar, nos sólidos e líquidos. Uma radiação a laser é uma transferência de energia entre o emissor e o tecido receptor, produzindo uma ação: térmica, bioestimulante e fotoquímica. Acontece por ter uma exata frequência (cor) e que provoca a ressonância com outra cor determinada, transformando sua energia luminosa em temperatura. Estes têm um só comprimento de onda e assim, para múltiplos usos, são necessários múltiplos aparelhos.

               O efeito térmico ocorre pela aplicação de um produto pigmentante para os pêlos claros, que transforma o folículo (poro) em uma zona escura de forte absorção da energia Laser. Assim, transforma-se em calor no canal do pêlo até destruir totalmente as células reprodutoras existentes na fase anágena (de maior concentração de melanina e contato com as estruturas do folículo piloso o que permitem a sua destruição). Para pêlo escuro, a própria melanina da pessoa realiza esta função, sendo que a única restrição é com relação às peles negras devido a grande quantidade de melanina. 

Histórico

Albert Einstein (1917): primeiro estudo teórico realizado sobre emissão controlada de ondas de luz.

Dr. T. H. Maiman (1960): fabricação e divulgação do primeiro Laser Ruby, que produzia uma luz intensa vermelha.

laser na medicina (1962):  ocorreu a primeira aplicação, especificamente no campo da oftalmologia. No entanto, persistia a dificuldade de controle da emissão e da descarga da energia laser.

Neodímio: YAG (1964): tornou-se disponível, sendo este um deles.

anos 80: tornaram-se acessíveis nos hospitais e consultórios médicos. Estes equipamentos distinguiam-se dos anteriores, principalmente quanto à maior potência e tamanho reduzido, mas subsistia a possibilidade de provocarem lesões, não controladas, devidas ao calor.

Depilação

               Neste caso, seu alvo é a cor escura dos melanócitos (células que produzem o pigmento da cor da pele e dos cabelos), a melanina, existentes na raiz do pêlo. Certos tipos de lasers utilizados com este propósito, ao transmitirem grande quantidade de energia, não só destroem o folículo piloso como também a melanina da pele. Quer dizer, alteram outras células, provocando efeitos indesejáveis (manchas por descoloração).

               Outro aspecto em questão é que cada indivíduo possui um tipo de melanina distinto e, por tanto, uma cor de pêlo diferente. Se certa cor não coincidir com a longitude da onda transmitida, esta não será absorvido pelo tecido e não proporcionará o efeito desejado, produzindo resultados diferentes para cada pele.

               Baseada na atual tecnologia de miniatura dos diodos laser, obtêm-se resultados equivalentes a outros de maior potência. O sistema fototermólise mediante laser, adéqua a potência ao objetivo sem incidir em nenhuma outra estrutura biológica.

               Este sistema permite a aplicação em grandes áreas, é piloatrófico progressivo, o que significa que acaba definitivamente com os pêlos. O pêlo e sua base possuem grandes quantidades de melanina e a captação da energia através do pêlo, quando transmitida ao folículo piloso, que acaba por destruí-lo e assim eliminar a possibilidade de geração de um novo pêlo.

               Qualquer pessoa pode se submeter a estas aplicações, desde que não se enquadre em contraindicações, como a de possuir na área a depilar: tatuagens, veias varicosas, pintas ou trombos, além de glaucoma ou problemas oculares sérios, alterações nas mucosas, febre e infecções. Para o procedimento não existe restrição em relação à idade, poderá ser realizado em adolescentes desde que já faça uso de algum sistema de depilação. Com o uso de um tonalizante (que dá cor) externo, é efetivo para todo tipo de pêlo.

               O comprimento de onda para atingir a melanina deve ser entre 680 até 1050 nm, sendo que os aparelhos habilitados para depilação possuem 810 nm, sendo considerado seguro e efetivo. Um dado científico e que reforça as argumentações, quanto à atuação da luz junto da melanina diz respeito à própria potência: 800 mW. 

A ação seletiva do LASER sobre o pêlo

               Existe no Brasil a Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, que reúne os médicos que se dedicam aos tratamentos e às pesquisas sobre laser e luz pulsada, nas várias áreas da Medicina. O ideal é que o médico tenha experiência com estes tipos de aparelhos. A aplicação deve ser feita pelo médico ou por técnico treinado, sendo requerido a presença do responsável na Clínica durante os tratamentos.

               Dr. Thomas B. Fitzpatrick (1975), médico americano da Escola de Medicina de Harvard, criou uma classificação para os tipos de pele, baseada na cor da pele e na reação à exposição solar. Esta classificação ainda é utilizada hoje para a programação dos diversos tratamentos, porque permite a calibração dos equipamentos em níveis de energia seguros para cada tipo de pele.

CLASSIFICAÇÃO DE FITZPATRICK
TIPO PELE QUEIMA BRONZEA
I muito clara sempre nunca
II clara sempre às vezes
III menos clara às vezes sempre
IV morena clara raramente sempre
V morena escura nunca sempre
VI negra nunca sempre

               Resumidamente, peles mais clara, com pêlos mais escuros e negros tem resultados mais rápido. Quando a pele tende a ser mais escura, existe a necessidade de se utilizar energias menores, para evitar danos a ela, o que acarreta perda de eficiência. O mesmo acontece com pêlos mais claros e mais finos, pois estes tipos de pêlo absorvem menos energia, tornando o tratamento mais demorado. Se existem mais pêlos em fase inicial de crescimento, o tratamento será mais efetivo e no caso inverso, menos pêlos, ele será mais demorado. Pelo mesmo motivo, o tratamento não deve ser realizado em peles bronzeadas, porque diminui a eficiência e aumenta os riscos de complicações do tratamento. 

Depilação definitiva

               É definitiva para a maioria dos pêlos tratados, mas o termo “depilação definitiva” não é apropriado, pressupondo que uma vez tratado nunca mais existirá qualquer pêlo. Isto é um mito, erroneamente criado, uma vez que nenhum equipamento disponível hoje no mundo está capacitado para atingir tal meta. Muitos equipamentos conseguem uma depilação definitiva da maioria dos pêlos, mas não de todos.

               A expectativa é a de se ter, com os tratamentos, uma diminuição definitiva, com mudanças favoráveis de: características, com a pilosidade se tornando mais finas, mais claras e com menor índice de complicações como infecções e irritação da pele.

Laser x luz pulsada

               A diferença é que o laser possui um só comprimento de onda, ou seja, luz com somente uma cor, enquanto que a luz pulsada tem vários comprimentos de onda e a luz é branca. Assim sendo, na pulsada, a emissão pode ser modulada por filtros que permitem a transmissão de luz acima de um determinado comprimento de onda, o que lhe dá multiplicidade de usos, para: depilação, fotorejuvenescimento e vasos.

               As várias evoluções têm permitido a disponibilização de diversos lasers e utilizados em muitos âmbitos (telecomunicações, indústria científica), entre os quais o: Alexandrita, Rubi, Diodo, Neodímio: YAG, Argônio, Excimer, Carbono, Dye. Seu emprego tornou-se numa tecnologia e um método de intervenção médico/estética acessível a um número de pessoas cada vez maior. 

LEMBRETES

Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. Esta terapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o “médico” e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações possuem apenas caráter educativo e é permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.

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