Ulcera Varicosa – Parte II

Ulcera Varicosa – Parte II

ÚLCERA VARICOSA

COMPLICAÇÕES DAS VARIZES

               Quando uma veia tem suas paredes doentes como nas varizes (veias dilatadas), todo o processo de fluxo do sangue está comprometido, incluindo-se o mau funcionamento do sistema que faz o sangue circular, ou seja, a bomba venosa da panturrilha, que fica com pouca ação, dentro de um forçado repouso (doenças ou viagens prolongadas). Quando o sangue não tem um bom fluxo, ele tem uma tendência a coagular, favorecendo a formação de um coágulo gelatinoso dentro delas, que as oclui (obstrui) e produz um processo inflamatório e dor intensa. Na verdade esta tendência apresenta duas faces:

boa e saneadora: quando ocorre para proteção (ferimentos).

ruim: na formação de um coágulo (trombo) dentro da veia.

Moriel Sophia

Cromoterapeuta – Sinaten 0880

                Dentro deste baixo fluxo sangüíneo podem se dar as seguintes ocorrências, a saber:

Tromboflebites: é a formação de um trombo dentro da veia, com inflamação. Nos vasos, o sangue deve fluir sem interrupções por dentro deles. Numa hemorragia por acidente vascular, alguma doença ou sangramentos controlados (cirúrgicos), o corpo lança mão de várias proteções que tentam controlar a situação que coloca a vida em risco, sendo a mais importante o sistema de coagulação. Em determinadas situações este sistema pode ser desencadeado erroneamente e causar sérios problemas, como:

Trombose Venosa: pode ter várias causas e entre elas as varizes. Por outro lado, pode ser:

superficial: ocorre nos vasos da superfície do membro. Seu tratamento costuma ser efetivo, embora raramente, o coágulo possa progredir através das veias superficiais para as profundas, ou o inverso e liberar pequenos pedaços de sangue coagulado (êmbolos). Sua progressão através da circulação pode atingir o pulmão (Embolia de Pulmão) e aí pararem, impedindo a progressão circulatória, colocando a vida do paciente em risco.

profunda: nos vasos internos da perna.

Tromboflebite Superficial ou Varicoflebite: é assim denominada quando ocorre uma coagulação de sangue dentro das veias superficiais, que interrompe a circulação como se fosse uma rolha. Pode provocar muita dor, muito desconforto e impotência funcional (não consegue andar).

Trombose Venosa Profunda (TVP): é temível, porque coloca em risco a vida do paciente. Pode ter várias causas:

Varizes de Membros: mais comumente nas panturrilhas (batatas das pernas), com: dor, edema (inchaço) e rubor (vermelhidão) na área afetada (perna ou coxa). Acrescem-se aos citados, o: calor, empastamento no membro acometido (rigidez da musculatura da panturrilha). Caracteriza pela formação de coágulos no interior das veias profundas da perna.

Embolia de Pulmão (tromboembolia pulmonar): é o desprendimento do coágulo (êmbolo) da veia comprometida, que provocará a obstrução de vasos arteriais dos pulmões. Pode ocorrer no curto prazo, deixando as chamadas seqüelas que pode ocasionar: à morte, prolongar ou complicar uma internação ou cirurgia e mesmo tornar o indivíduo inabilitado para a realização de determinadas atividades sociais e de trabalho. As suspeitas surgem diante da: falta de ar (início súbito), dor torácica, arritmia, diminuição da pressão arterial.

Fatores Individuais de Risco: 

Indivíduos com idade superior a 40 anos (incidência aumenta com a idade).

Obesidade.

Varizes.

História de trombose anterior (caráter recorrente).

História em membros da família (caráter genético).

Indivíduos portadores de anormalidade genética do sistema de coagulação.

Fatores de Risco:

Uso de anticoncepcionais orais (mulheres fumantes).

Terapia de reposição hormonal.

Câncer e quimioterapia.

Gravidez e puerpério (pós-parto).

Doenças cardíacas ou respiratórias graves.

Infecção grave.

Traumatismos.

Cirurgias grandes e anestesia de longa duração.

Período pós-operatório.

Hospitalização prolongada.

Viagens de longa duração (Síndrome da Classe Turística).

Síndrome Pós-Flebítica: costuma ocorrer alguns anos após a TVP e apresenta: inchaços das pernas, coloração escura e endurecimento da pele, eczema (alergia crônica da pele) e úlceras (feridas) que são devidas às alterações e cicatrizes deixadas pela TVP no sistema venoso. Este risco é chamado de risco tromboembólico, que tem tudo a ver com a TVP. 

Dermatite Ocre: é assim chamada pela presença de ferro, derivado da hemoglobina do sangue, que acaba por dar um aspecto escuro e enferrujado na pele da perna ou tornozelo, devido à dificuldade que o sangue tem para retornar para o coração. Nos casos de varizes acaba gerando o que é chamado de Estase (estagnação) Sanguínea. Provoca uma série de alterações nos membros inferiores, principalmente na parte mais distal (longe do centro), ou seja, nos dedos dos pés. Elementos do sangue migram para a pele, onde acabam se fixando em locais que não deveriam estar.

Eczema: a Estase Sangüíneatambém provoca a inflamação da pele, com o aparecimento de um eczema venoso. É resultado de reações alérgicas ocasionadas pela passagem dos elementos sanguíneos (hemácias e glóbulos brancos) para fora do capilar. A pele fica pruriginosa (coceira), descama e inflama na porção mais distal das pernas, principalmente na altura do tornozelo. É um desagradável problema, provocado pelas varizes, que incomoda muito a seus portadores.

Varicorragia: é um sangramento importante, que acaba ocorrendo quando a veia varicosa aumenta tanto de tamanho, que acaba erodindo (desgastando) a pele, que a recobre e perfura, provocando um sangramento profuso (abundante).

Edema (inchaço): é um sinal de Estase Sanguínea, os membros do indivíduo ficam inchados, principalmente no final do dia.

Dor: os pacientes com varizes queixam-se de dor nos membros inferiores, associada à sensação de peso e cansaço nas pernas, que piora com o calor ou longos períodos de pé, assentados com as pernas pendentes durante todo dia, portanto, acontecendo nos pacientes com atividades diurnas, mais intensas no horário da tarde. Nas mulheres esses incômodos tendem a piorar no período pré-menstrual e gestacional. Associadas a estes sintomas são também frequentes as queixas de prurido (coceira), formigamentos, calor, cãibras, além de edema (inchaço) no final do dia junto aos tornozelos e pernas, sendo este proporcional à quantidade de varizes. 

PREVENÇÃO – VARIZES

                Não se pode falar em cura para varizes, mas sim em controle. Utilizando a abordagem do Tratamento Continuado para Varizes, tem-se que as varizes primárias não é problema estético ou de saúde para o paciente. As varizes dos membros inferiores, como doença, é um problema crônico, dependente de tendência hereditária e de fatores agravantes que acompanhará o paciente por toda a vida. Existem algumas medidas preventivas que podem ser utilizadas para minorar a tendência a ter varizes. Descreveremos a seguir estas medidas e procurando explicar como agem.

               Na área de Flebologia (estudo das veias), o lugar que tem a melhor tecnologia no mundo é, e reconhecidamente o Brasil. Seu desenvolvimento teve como característica o senso de observação e a criatividade privilegiada que permitiu, com poucos recursos, descobrir avanços hoje adotados no mundo inteiro. São os seguintes, os instrumentos utilizados:

escleroterapia (aplicação): é um tratamento destinado à eliminação das telangiectasias (vasinhos). Consiste em injetar dentro do vasinho, através de microagulhas, um líquido muito concentrado e chamado esclerosante. Este líquido provoca uma alteração na célula do vaso fazendo com que ele desapareça. Quando o líquido continua na circulação e atinge os vasos maiores é diluído pelo sangue e perde a concentração e o efeito. Este tratamento é indicado apenas para estes casos, porque se o líquido for aplicado em vasos maiores podem provocar manchas e sérias complicações.

crioescleroterapia: equipamento para as telangiectasias (dilatação de vasinhos). Novo método para tratar os pequenos vasos dos membros, que diminui o esclerosante a uma baixa temperatura (40 graus abaixo de zero). Provoca não somente um efeito normal, como amplia o efeito físico adicional, destruindo pelo frio, a parede interna do vasinho.

Tratamentos

Escleroterapia: não deve ser realizada em vasos de maior calibre e se utilizada corretamente (vasinhos) é muito eficiente e não apresenta problemas. Não provoca dores fortes. Existem muitas substâncias que podem ser usadas e uma das mais empregadas é a glicose, por causa da grande tolerabilidade do paciente e por não causar alergia. O tratamento deve ser feito por sessões, onde em cada uma é aplicado um volume de esclerosante que seja bem aceito pelos pacientes.

Laser: tais aparelhos produzem luz com determinadas características que podem ser controladas com perfeição. Fazem com que a luz seja seletivamente absorvida por células vermelhas do sangue dentro dos vasos sanguíneos na pele, levado à alteração da energia dos vasos que se quer eliminar, mas não lesam os outros tecidos ao seu redor. Atravessa a pele sem a lesar e atinge a hemoglobina dos vasos que é vermelha, fazendo aumentar a temperatura do sangue que acaba por eliminar o vaso pelo calor.

 

Tratamento Continuado de Varizes

               É o cuidado que o portador de varizes deve ter, sabendo do caráter crônico do problema. Embora as varizes não voltem depois de tratadas, outras podem aparecer e é por isso que o tratamento deve ser contínuo, requerendo novas medidas no futuro.

               As varizes, por apresentarem problema de tendência hereditária, não podem ser mudadas, implicando em quem as tem sempre as terá. Os cuidados com as varizes devem ser iniciados desde as primeiras manifestações, no aparecimento dos vasinhos e continuar por toda a vida. O tratamento será definido caso a caso, diante da progressão do problema.

Tratamento Clinico

               Vários tipos de tratamento são conhecidos, sendo os mais racionais e simples:

higienização da úlcera: com sabonete, o mesmo tem que ser neutro e no chuveiro. Pode ser feita com soro fisiológico a 0,9%, com uma seringa de 20 ml e agulha 8 ou frasco de soro perfurado. Com uma forte pressão, lançando o jato do soro no leito da úlcera a uma distância de 20 cm, evitando a fricção de gaze diretamente sobre a lesão para que não provoque sangramento e destrua o tecido de granulação, dificultando assim, a cicatrização. Para minimizar custos e alcançar o mesmo objetivo, tem-se a opção de utilizar a água morna do chuveiro.

repouso prolongado: para diminuir o edema, com elevação dos membros para corrigir a hipertensão venosa, minimizando temporariamente a estase e facilitando o retorno venoso. Para cada 2 h em repouso com as pernas elevadas, caminhar em torno de 20 minutos.

contenção elástica (meias ou faixas elásticas): é uma perfeita combinação de simplicidade e eficácia para o tratamento de úlceras abertas não infectadas, ajudando na cicatrização, ou nas úlceras cicatrizadas, prevenindo a recidiva e dando alivio sintomático. 

bota de Unna: desenvolvida pelo dermatologista alemão Paul Gerson Unna em 1896. Basicamente contém óxido de zinco, glicerina e gelatina em sua composição.

fisioterapia: deve ser sempre associada com a drenagem venosa e com a cinesioterapia (reconhecimento do corpo), melhorando a articulação tíbio társica () e a função da bomba muscular, diminuindo a anquilose e as atrofias musculares surgidas com o agravamento da insuficiência venosa crônica. 

curativos na úlcera: o ideal ainda não existe, contudo sete critérios devem ser observados para se alcançar este objetivo:

Manter a ferida limpa.

Remover o excesso de exsudação (transpiração).

Permitir a troca gasosa.

Fornecer isolamento térmico.

Torná-lo impermeável às bactérias.

Isentá-los de partículas e de tóxicos contaminadores de feridas.

 Permitir a remoção do curativo sem causar traumas na ferida.

 

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA

ÚLCERA VARICOSA: são varizes (flectasia), ou seja, veias doentes da superfície dos membros inferiores (pés, pernas e coxas), qualquer que seja sua localização, sem úlcera ou inflamação, que se tornam progressivamente: dilatadas, alongadas e tortuosas. Ela se apresenta com as seguintes características:

Dermatite Ocre: é assim chamada pela presença de ferro, derivado da hemoglobina do sangue, que acaba por dar um aspecto escuro e enferrujado na pele, devido à dificuldade que o sangue tem para retornar para o coração, gerando o que é chamado de Estase (estagnação) Sangüínea.

Dores: são muitas as queixas de dores:

em geral: nos membros inferiores, sensação de peso e cansaço nas pernas, nas atividades diurnas e mais intensas no horário da tarde.

nas mulheres: esses incômodos tendem a piorar no período pré-menstrual e gestacional.

Edema (inchaço): é um sinal de Estase Sangüínea, os membros do indivíduo ficam inchados, principalmente no final do dia.

Eczema: a Estase Sangüíneatambém provoca a inflamação da pele, com o aparecimento de um eczema venoso. É resultado de reações alérgicas ocasionadas pela passagem dos elementos sangüíneos (hemácias e glóbulos brancos) para fora do capilar. A pele fica pruriginosa (coceira), descama e inflama na porção mais distal das pernas, principalmente na altura do tornozelo. É um desagradável problema, provocado pelas varizes, que incomoda muito a seus portadores.

Hormônios:

anticoncepcionais / reposição hormonal: provoca alterações na estrutura das veias da perna.

gravidez: contribuem para o surgimento das varizes. Neste período aumenta:

o sangue circulante: aumenta o trabalho das veias que se dilatam.

progesterona: hormônio próprio para dilatação das veias.

o útero: aumenta de tamanho e comprimi as veias do abdômen e pelves, dificultando a subida do sangue das pernas para o coração.

hereditariedade: atinge homens e mulheres (maior proporção nas mulheres, por causa do hormônio feminino).

Tromboflebites: é a formação de um trombo (coagulação) dentro da veia, com inflamação. Pode provocar muita dor, edema (inchaço) com muito desconforto e impotência funcional (não consegue andar).

Úlceras:

Úlcera de Estase: devido a sua grande prevalência e quando mal conduzidas podem permanecer anos sem cicatrizar. Sua etiologia (causas) é a insuficiência venosa crônica.

Úlcera Flebostática: a mais freqüente das úlceras em membros inferiores, onde se dá a retirada temporária de certa quantidade de sangue da circulação geral por compressão nas extremidades das veias.

Varicorragia: é um sangramento importante, que acaba ocorrendo quando a veia varicosa aumenta tanto de tamanho, que acaba erodindo (desgastando) a pele, que a recobre e perfura, provocando um sangramento profuso (abundante).

obesidade: o sobrepeso aumenta a pressão sobre as veias e dificulta o retorno venoso.

postural: muito tempo na posição em pé (parada) ou sentada. Nestas posições existe dificuldade para a circulação de retorno e que causam as varizes.

 

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA
COR LOCAL / TRATAMENTO
VERMELHA Frontal – 5 segundos (focar o indivíduo ao presente).
VERDE / ÍNDIGO / AZUL Dores (analgésico em geral).
AZUL / VIOLETA / ÍNDIGO Edemas (tem grande poder de contração, trabalhando a dilatação do Sistema Vascular).
VERDE / ROSA / AZUL Dermatites (refaz a circulação dérmica, limpando a pele quanto aos hematomas e manchas).
VERDE / VIOLETA / AZUL Hormônios (Fígado / Rins/ Baço, para eliminar os excessos hormonais presentes no organismo) / Úlceras (antibiótico e cauterizador das feridas).
LARANJA Pernas (fortalece o Sistema Circulatório Inferior, eliminando a flacidez das varizes).
VERDE / LARANJA / AZUL / ÍNDIGO Tromboflebites (desobstrui as obstruções nas veias, desinflamando-as, tratando a dor e o edema).
ÍNDIGO / LARANJA Varicorragias (anti-hemorrágico interno e fortalecedor do Sistema Venoso / Muscular).

 

LEMBRETES

As informações contidas neste artigo são da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Sinaten 0880. Esta terapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o “médico” e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por alguém previamente diagosticada por um profissional da saúde. É permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.

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