Saúde em Cores
SAÚDE EM CORES
Surgimento – CORES dos laços
O Ministério da Saúde e entidades da sociedade civil adotaram as “CORES da saúde”, reconhecidas em todo o mundo e identificadas em campanhas publicitárias com o objetivo de propagar informações sobre doenças e alertar as pessoas quanto à prevenção, como forma de marketing social.
Moriel Sophia
Cromoterapeuta – Sinaten 0880
Meses coloridos (Setembro AMARELO, Outubro ROSA e Novembro AZUL) são campanhas de prevenção e conscientização praticadas em todo o mundo. Tudo começou com o Outubro ROSA que efetivamente teve início nos Estados Unidos (década de 90), onde foi escolhido para promover a conscientização de mulheres sobre a importância da prevenção do “Câncer de Mama”. No Brasil esse movimento ganhou força em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera na cidade de São Paulo foi inteiramente iluminado pela COR ROSA no dia da comemoração dos 70 anos do Encerramento da Revolução. Após este marco, várias cidades do país passaram a iluminar todos os seus monumentos históricos e pontos turísticos de ROSA.
Devido à proporção tomada, recentemente surgiram novas campanhas com o mesmo intuito, como por exemplo: Setembro AMARELO (luta pela prevenção e conscientização do suicídio) e Novembro AZUL (alerta aos homens sobre os riscos do câncer de próstata).
Estas CORES mudam conforme o mês e tem sido representadas por símbolos como o laço. Desde a década de 1990, são exploradas pela: publicidade, imprensa e organizações da sociedade civil.
Desde a primeira associação do uso de laços na área da saúde, quando ativistas (1990) contra a AIDS criaram fitinhas VERMELHAS representando suas lutas, os “laços de fitas da consciência”, como são chamados, ganharam CORES e meses de referência diferentes para disseminar e amplificar as mensagens sobre controle de diferentes doenças, dos cuidados com a saúde e de promoção da vida saudável.
Ao longo dos anos, a definição das CORES dos laços de fita para os movimentos da saúde aconteceu em muitas das vezes de forma inicialmente isolada e sem controle de instituição internacional. Por isso, em muitos casos a mesma COR foi adotada por movimentos diferentes. Há CORES e fitas da consciência para todos os movimentos, causas e gostos, desde ROSA para o câncer de mama até PRETA para lembrar o Holocausto e LARANJA para conscientização da energia na Nigéria. Entretanto, alguns laços obtiveram divulgação maciça e acabaram tendo reconhecimento internacional.
Campanhas – espaço no calendário
Outubro é ROSA, novembro é AZUL e dezembro é LARANJA, mas também VERMELHO. Sociedades de médicos, pacientes e ONGs se acotovelam na disputa por um espaço no calendário para promover os chamados meses de conscientização de algumas doenças.
Mas nem tudo por trás das campanhas, em sua maioria apoiadas por farmacêuticas, é cor-de-rosa. As ações nem sempre se traduzem em mais saúde e, para especialistas, podem levar a consultas e exames desnecessários.
O mais famoso dos meses coloridos, o Outubro ROSA, foi criado há mais de 20 anos e envolvia a distribuição de laços ROSA como forma de alertar sobre o câncer de mama, o mais comum entre as mulheres depois do câncer de pele.
Com o tempo, a causa foi crescendo e ganhando apoio de diversas formas: com a iluminação de monumentos e edificações na cor temática, com corridas de rua ou com mutirões de exames gratuitos. Esse tipo de câncer tem muito apelo por parte da mulher, pois além da chance de cura querem saber se haverá mutilação ou não.
Mas, se em outubro parece haver primazia do câncer de mama, em novembro a história envolve a briga entre duas doenças no mês e pela COR AZUL, quais sejam: o câncer de próstata e o diabetes. Historicamente, o Dia Internacional do Diabetes celebrado em 14 de novembro foi criado em 1991 e contou com o respaldo da OMS – Organização Mundial da Saúde. A partir de 2009, no ABC paulista, nascia aí um Novembro AZUL com a ideia de alargamento da conscientização quanto ao diabetes e seus males, passando de um único dia para um mês inteiro.
Porém, em 2004 surge na Austrália o Moustache November (Movember) ou “novembro de bigode” para levantar fundos contra o câncer de próstata. Por aqui, o Instituto Lado a Lado (organização de promoção de saúde), idealizado pela jornalista Marlene Oliveira começou a fazer campanhas de conscientização sobre o câncer de próstata em 2009. A iniciativa teve apoio da SBU – Sociedade Brasileira de Urologia e, em 2011, apareceria mais um Novembro AZUL.
Sem acordo à representatividade do Novembro AZUL quanto ao diabetes ou próstata embora a importância das duas causas, cada grupo ficou de trabalhar do seu jeito. Hoje o Novembro AZUL é da próstata. Como o homem ainda tem receio de médico, o advento do Novembro AZUL (próstata) gera um maior número de visitas aos consultórios para checkups, com a alegação de que a mulher o mandou ou devido ao fato de que um amigo teve câncer. Para competir com o Outubro ROSA haveria que encontrar alguma celebridade que aceite falar sobre câncer de próstata, pois uma das coisas que deixa o assunto menos atraente é a possibilidade de dificuldades de ereção por causa do tratamento.
Em defesa do novembro do diabetes, estatísticas apontam que a doença metabólica faz muito mais vítimas do que o câncer de próstata. São estimadas 80 mil mortes anuais por causa do diabetes, contra 14 mil do câncer de próstata.
Tentando repetir o sucesso do Outubro ROSA e do Novembro AZUL outros meses coloridos surgiram, como o: Setembro VERDE (incentivo à doação de órgãos), Dezembro LARANJA (câncer de pele) e o Junho VERMELHO (doação de sangue). No meu entender, tais campanhas ultrapassaram as possibilidades de reconhecimento de qual COR está sendo dedicada à qual campanha, devido à quantidade de eventos já existentes. É quase impossível de se associar CORES / CAMPANHAS que podem ser visualizadas no link – https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_fitas_da_consci%C3%AAncia.
Significados – laços / CORES
Mais do que poder simbólico, as campanhas de prevenção do câncer oferecem doses de conscientização e informação a milhares de pessoas. Nas últimas décadas, foi por meio desses esforços que mulheres do mundo todo descobriram a importância da mamografia e a população se tornou mais consciente a respeito dos riscos do câncer de pele. Essa história continua com o passar dos anos e cada mês é dedicado a um dos tipos da doença.
O uso de laços que caracterizam cada campanha é atribuído ao surgimento do laço VERMELHO, símbolo do ativismo pela prevenção da AIDS (1990). Logo depois, a fundação norte-americana Susan G. Komen, conhecida pelo seu trabalho na prevenção do câncer de mama, adotou o laço COR-DE-ROSA. Abaixo se encontra o quadro referente às datas comemorativas e as respectivas CORES dos laços.
LEMBRETES
Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. Esta terapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o “médico” e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações possuem apenas caráter educativo e é permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.