Vaginose Bacteriana
Vaginose Bacteriana
Corrimento
Corrimento vaginal é o nome dado à secreção de fluidos pela vagina. Pode ser algo completamente normal ou um sinal de doença ginecológica. Cabe destacar que é muito comum a confusão entre vagina e vulva. A genitália externa feminina é a vulva. A vagina propriamente dita é um canal que fica no interior do corpo e termina no colo do útero. O corrimento em si só é perceptível quando sai pelo orifício externo da mesma e em alguns casos, podendo ter origem no colo do útero.
Moriel Sophia – Cromoterapeuta
Sinaten – 0880
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O corrimento vaginal, também conhecido como conteúdo vaginal ou fluxo vaginal fisiológico (estimulado pelo estrogênio) é um evento comum que ocorre com todas as mulheres, portanto não havendo motivo para preocupação, pois, por ser fisiológico é do próprio ciclo natural do corpo feminino. Diferencia-se da leucorreia ou corrimento vaginal não fisiológico quando está relacionado a alguma doença ginecológica.
Porém, se o mesmo apresentar “cheiro de peixe” há a necessidade de investigar essa complicação, através de uma visita ao ginecologista. O mau odor pode significar diversas complicações sérias ou simples, atestado pelo diagnóstico fornecido pelo correspondente especialista da saúde. O corrimento com mau cheiro merece atenção, pois pode indicar a presença de infecções como: vaginose bacteriana, candidíase, tricomoníase ou feridas no colo do útero.
Existem vários tipos de corrimento feminino, a saber:
Corrimento marrom: este corrimento geralmente é aquele que contém sangue coagulado, que o torna um indicador de menstruação irregular e, com mais raridade, câncer cervical ou no endométrio. É possível que venha acompanhado de dores abdominais e sangramentos também. Pode ser causado por restos de: menstruação, traumas, infecções, corpo estranho, câncer ginecológico, implantação do embrião no útero nos primeiros dias de gravidez, atrofia vaginal ou gravidez ectópica.
Corrimento amarelado: geralmente é sinal de infecção ginecológica, principalmente se acompanhado de: mau cheiro, ardência ou coceira vaginal. A tricomoníase é talvez a principal causa deste tipo de corrimento, mas outras infecções também podem provocá-la, como gonorreia e clamídia. Tem-se variações:
amarelo-acinzentado: este é o corrimento com cheiro de peixe podre de verdade e indica “vaginose bacteriana”.
amarelo-pus: um forte indicador da gonorreia, doença sexualmente transmissível. Pode vir junto com sangramento entre os períodos.
amarelo-esverdeado: esse corrimento pode também ser: acinzentado, líquido e com um mau cheiro bem forte.
Corrimento branco: o corrimento brancacento pode ser normal, principalmente se for fino e em pequena quantidade. O mais espesso e acinzentado está geralmente associado a sintomas irritativos, como coceira e dor vaginal por candidíase. Se houver cheiro forte, a vaginose é uma possibilidade. Tem-se variação:
branco-esverdeado: esse corrimento costuma ser espesso e com grumos e caso seja parecido com aquele leite talhado, indica fortemente uma infecção vaginal por fungo. Esse corrimento pode ser acompanhado por: sensibilidade vaginal intensa, irritação e ardor ao redor da vulva, inchaço, dor ao urinar, dor ao ter relações sexuais e muita, mas muita coceira mesmo. Durante a menstruação, pode melhorar.
Corrimento com cheiro: a vaginose e a tricomoníase são as principais causas de corrimento com cheiro forte.
Corrimento cor-de-rosa: isto é a eliminação do revestimento da parte de dentro do útero, logo após o parto, e pode levar o nome de lóquios. Pode evidenciar a tricomoníase especialmente quando a mulher apresentar desconforto e dor na parte inferior do ventre e durante as relações sexuais. Vem acompanhado de coceira intensa.
Vaginose
O termo vaginose é usado em vez de vaginite, pois neste caso há pouca ou nenhuma inflamação da vagina, apenas proliferação bacteriana. Trata-se de uma infecção ou uma complicação no fluxo vaginal que consiste de um aumento considerável de uma bactéria cujo nome é “Gardnerella vaginalis” sendo a principal causa de corrimento vaginal nas mulheres em idade fértil. Quando há concentração excessiva de bactérias em um determinado local do corpo, é certo que o mau cheiro ocorrerá. Por esta razão, o odor desagradável ocorrente é transmitido para o fluxo vaginal, que é de caráter fisiológico.
Em sendo uma doença causada pelo descontrole de bactéria já existente na vulva, por alterações no pH (menos ácido na vaginose) vaginal, propicia a proliferação bacteriana. Essa alteração do pH pode ocorrer por alguns fatores, como: consumo de algum medicamento forte, falta de higiene ou até mesmo alimentação empobrecida.
Se efetivamente esta complicação for diagnosticada, será necessário descobrir as causas da alteração do pH. Sobre os tratamentos passíveis de serem utilizados, citam-se os antibióticos ou alimentos contendo probióticos.
Num contexto geral, essa complicação é bem simples de ser tratada e não causa sintomas sérios. Portanto, dependendo das circunstâncias, é bem provável que este corrimento com cheiro de peixe deixe de existir naturalmente.
Cerca de 1/3 dos casos a vaginose desaparece espontaneamente, devido à recuperação da população de lactobacilos. Portanto, só se indica tratamento caso existam sintomas ou se a paciente esteja prestes a realizar cirurgia ginecológica.
Uma observação se faz necessária, pois, na prescrição de clindamicina por via intravaginal, relações sexuais devem-se evitadas com preservativos (por até cinco dias após o término do tratamento), sabendo-se que o antibiótico enfraquece o látex, diminuindo a eficácia como barreira de proteção dos mesmos.
No homem pode ser causa de: uretrite e balanopostite (inflamação do prepúcio e glande).
Causas
A vagina é um órgão naturalmente habitado por diversas bactérias, algumas “boas” e outras “ruins”, ou seja, as bactérias aeróbicas quando crescem excessivamente. Os lactobacilos são as bactérias “boas” e se encontram normalmente em maior quantidade (cerca de 95% da população), impedindo o crescimento de bactérias potencialmente causadoras de doenças através do controle do pH vaginal e da competição por alimentos.
A “Vaginose Bacteriana” ocorre quando há uma ruptura deste equilíbrio, acarretando uma diminuição dos lactobacilos e um crescimento da flora “ruim” que pode ser composta por diversas bactérias, entre elas: Gardnerella vaginalis, Prevotella, Porphyromonas, Bacteroides, Peptostreptococcus, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum, Mobiluncus, Fusobacterium e Atopobium vagina. De todas essas a “Gardnerella vaginalis“ parece ser o micro-organismo mais característico deste desequilíbrio, estando presente em mais de 96% dos casos.
Não é ainda muito bem sabido o que leva a essa desregulação da flora bacteriana natural da vagina, sendo mais comum em mulheres afrodescendentes, mas alguns fatores de riscos já são conhecidos: alimentação desregrada, múltiplos parceiros sexuais, numa higiene excessiva (ducha vaginal frequente) ou insuficiente, fumar e seus malefícios, uso recente de antibióticos e de DIU e o uso de antibióticos específicos (infecção urinária ou sinusite).
A classificação da “Vaginose Bacteriana” como uma doença sexualmente transmissível – DST é atualmente aceita, apesar de ser ainda controversa. A favor da classificação como DST pesa o fato da promiscuidade ser um dos fatores de risco para o seu desenvolvimento. Outro dado positivo é o fato do uso da camisinha diminuir a incidência desta infecção. Por outro lado, mesmo mulheres virgens ou sem relação sexual recente podem desenvolvê-la.
Sintomas
Os principais sintomas desta doença são: corrimento acinzentado, leitoso e com pequenas bolhas e dor durante a relação sexual. Mais de metade das mulheres e duas em cada três mulheres com “Vaginose Bacteriana” não apresentam nenhum tipo de sintoma. Naquelas com sintomas, o mais comum é o corrimento acinzentado com forte odor, geralmente descrito como corrimento com “cheiro de peixe”. Este corrimento vaginal com mau cheiro costuma piorar após relação sexual.
O cheiro forte, parecido com cheiro de peixe podre na vagina é o mais característico. Além dos sintomas físicos, o constrangimento é outro problema. Como o cheiro e a secreção tendem a aumentar após as relações sexuais, muitas mulheres diminuem a prática por vergonha. O medo do cheiro é outra complicação, uma vez que o odor é muito forte, as mulheres começam a ficar extremamente constrangidas quando estão perto de outras pessoas por acharem que todos estão sentindo o cheio.
Ao contrário das outras causas de corrimento vaginal que costumam cursar com vaginite (inflamação da vagina), a vaginose causa pouca ou nenhuma inflamação, portanto, não costuma cursar com sintomas de: dor, coceira ou disúria (dor ou incômodo para urinar).
A cultura das secreções para identificação de bactérias não tem papel no diagnóstico uma vez que até 60% das mulheres sem vaginose possuem “Gardnerella vaginalis” e outras bactérias em suas vaginas. Apresentar diagnóstico com esta cepa bacteriana não significa que necessariamente a mulher irá desenvolver vaginose.
Complicações
Mesmo nas pacientes sem sintomas, a vaginose pode causar algumas complicações e dentre elas citam-se o maior risco de: contaminação por outras DSTs e caso haja relação com parceiro contaminado, transmissão de DSTs para o parceiro caso a paciente esteja contaminada com alguma DST, de doença inflamatória pélvica, principalmente após cirurgias ginecológicas, parto prematuro em grávidas.
Embora seja uma doença simples se tratada de acordo com as recomendações médicas, casos de infecção severa ou não tratada podem gerar inflamação pélvica, quadro que pode afetar: o útero, as trompas e ovários. Pode também causar: gravidez ectópica, dor pélvica e infertilidade.
Outros fatores
Entre esses outros sintomas, cita-se:
coceira vaginal: se por ventura houver um excesso de coceira, o médico deverá ser urgentemente procurado, até porque este tipo de sintoma pode representar outras complicações de saúde.
dor no ato sexual: outro indicativo de vaginose. A relação sexual é um ato saudável e essencial para os seres humanos e a partir do momento em que houver dor, alguma coisa está errada.
gravides: em mulheres grávidas, se não tratada a doença adequadamente, pode estimular o trabalho de parto prematuro.
infecção pélvica: depois de um procedimento cirúrgico.
Corrimentos anormais
Candidíase: a candida é um fungo que faz parte da flora natural de germes da vagina e que vive normalmente na nossa pele e não costuma causar sintomas, mas pode começar a se multiplicar excessivamente, passando a causar sintomas, sempre que há algum desarranjo nas condições habituais do nosso organismo, como no: uso excessivo de antibióticos, estresse, doenças como diabetes, imunossupressão, traumas e etc. A candidíase vaginal normalmente se manifesta com: prurido (coceira) e/ou ardência na vulva, dor para urinar, dor durante o ato sexual e um corrimento espesso, sem odor forte e esbranquiçado, muitas vezes comparado com queijo cottage.
Gonorreia e Clamídia: são duas doenças sexualmente transmissíveis – DSTs causadas respectivamente pelas bactérias Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis. Ambas causam uma cervicite (infecção do colo do útero) e podem cursar com corrimento vaginal, geralmente de aspecto mucopurulento (amarelo turvo). Outros sintomas associados incluem: dor para urinar, dor durante o ato sexual, normalmente com sangramento pós-coito e irritação na vulva.
Tricomoníase: também uma doença sexualmente transmissível – DST causada por um protozoário chamado Trichomonas vaginalis. A vaginite causada pelo tricomoníase normalmente se apresenta com um corrimento fino, amarelo-esverdeado, de odor desagradável, associado aos outros sinais clássicos de vulvovaginite, como: dor ao urinar, irritação da vulva e sangramento/dor durante o coito. Pode permanecer assintomático por muito tempo, tornando difícil saber exatamente quando houve a contaminação.
Atrofia vaginal: ocorre geralmente após a menopausa. O estrogênio estimula o corrimento fisiológico e a sua falta provoca ressecamento e afinamento da mucosa vaginal. Esta atrofia vaginal pode levar à inflamação, com: corrimento, dor para urinar e incômodo durante o ato sexual.
Alergia: quanto ao: lubrificante da camisinha, espermicidas, perfumes, sabonetes ou produtos de higiene íntima e etc. A reação alérgica pode ocorrer na vagina/vulva, levando ao aparecimento de corrimento.
SUGESTÕES CROMOTERÁPICAS
O corrimento vaginal é um evento comum que ocorre com todas as mulheres, pois, por ser fisiológico é do próprio ciclo natural do corpo feminino. Diferencia-se da vaginite, (pouca ou nenhuma inflamação vaginal, apenas proliferação bacteriana) e da leucorreia ou corrimento vaginal não fisiológico (quando relacionada a alguma doença ginecológica).
O principal é que o corrimento com mau cheiro merece atenção, pois pode indicar a presença de infecções como “vaginose bacteriana”. O termo vaginose é uma infecção ou uma complicação no fluxo vaginal pelo aumento considerável da bactéria cujo nome é “Gardnerella vaginalis”.
A proliferação bacteriana se torna mais propícia por alterações no pH vaginal, que se apresenta menos ácido na vaginose. Essa alteração do pH pode ocorrer por alguns fatores, como: consumo de algum medicamento forte, higiene excessiva (ducha vaginal frequente) ou insuficiente, alimentação empobrecida ou desregrada, múltiplos parceiros sexuais, fumar e seus malefícios, uso recente de antibióticos, bem como, o uso de DIU e antibióticos específicos (infecção urinária ou sinusite).
Um alerta importante é que devem ser evitadas relações sexuais com preservativos (por até cinco dias após o término do tratamento), pois determinados antibióticos enfraquecem o látex, diminuindo a eficácia como barreira de proteção dos mesmos.
Os principais sintomas desta doença são: corrimento acinzentado, leitoso e com pequenas bolhas e dor durante a relação sexual.
Dentre os diferentes corrimentos que se apresentam à mulher, deve-se atentar para o marrom, pois o mesmo é aquele que geralmente contém sangue coagulado, indicador de menstruação irregular e com mais raridade câncer cervical ou no endométrio. É possível que venha acompanhado de dores abdominais e sangramentos também. Pode ser causado por restos de: menstruação, traumas, infecções, corpo estranho, câncer ginecológico, implantação do embrião no útero nos primeiros dias de gravidez, atrofia vaginal ou gravidez ectópica.
Corrimento amarelado: geralmente é sinal de infecção ginecológica, principalmente se acompanhado de: mau cheiro, ardência ou coceira vaginal. A tricomoníase é talvez a principal causa deste tipo de corrimento, mas outras infecções também podem provocá-la, como gonorreia e clamídia. Têm-se variações:
amarelo-acinzentado: este é o corrimento com cheiro de peixe podre de verdade e indica “vaginose bacteriana”.
amarelo-pus: um forte indicador da gonorreia, doença sexualmente transmissível. Pode vir junto com sangramento entre os períodos.
amarelo-esverdeado: esse corrimento pode também ser: acinzentado, líquido e com um mau cheiro bem forte.
Corrimento branco: o corrimento brancacento pode ser normal, principalmente se for fino e em pequena quantidade. O mais espesso e acinzentado está geralmente associado a sintomas irritativos, como coceira e dor vaginal por candidíase. Se houver cheiro forte, a vaginose é uma possibilidade. Tem-se variação:
branco-esverdeado: esse corrimento costuma ser espesso e com grumos e caso seja parecido com aquele leite talhado, indica fortemente uma infecção vaginal por fungo. Esse corrimento pode ser acompanhado por: sensibilidade vaginal intensa, irritação e ardor ao redor da vulva, inchaço, dor ao urinar, dor ao ter relações sexuais e muita, mas muita coceira mesmo. Durante a menstruação, pode melhorar.
Corrimento com cheiro: a vaginose e a tricomoníase são as principais causas de corrimento com cheiro forte.
Corrimento cor-de-rosa: isto é a eliminação do revestimento da parte de dentro do útero, logo após o parto, e pode levar o nome de lóquios. Pode evidenciar a tricomoníase especialmente quando a mulher apresentar desconforto e dor na parte inferior do ventre e durante as relações sexuais. Vem acompanhado de coceira intensa.
LEMBRETES
Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. Esta terapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o “médico” e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações possuem apenas caráter educativo e é permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.