Cálculo

Cálculo

Cálculo

               Cálculo - cristal

               Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo as diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de: colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares e etc.

 Moriel Sophia – Cromoterapeuta

Sinaten – 0880

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Cálculo renal

               Popularmente chamado de pedra no rim, a nefrolitíase é uma condição relativamente comum, junto do ser humano. Doença conhecida pela sua dor de grande intensidade, bastante comum, com uma incidência em torno de 3% da população e grande taxa de recorrência. A doença é duas vezes mais comum em homens e seu pico ocorre entre os 20 e 40 anos de idade.

               É uma massa dura formada por cristais que se separam da urina e se unem para formar pedras ao existir um excesso de minerais na urina. Sob condições normais, a urina contém substâncias que previnem a formação dos cristais, cujos inibidores podem se tornar ineficientes causando a formação dos cálculos. São variáveis as combinações de elementos químicos, a saber:

cálcio: o mais comum, combinado com oxalato ou fosfato (presentes em dieta normal e fazem parte dos ossos e músculos). Esses cálculos representam 75% de todos os cálculos renais. Se a urina apresentar excesso de oxalato, deve haver a redução na ingestão de certos alimentos, cuja lista inclui: chocolate, café, cola, nozes, beterraba, espinafre, morango e chá.

estruvita: ou cálculo infeccioso, menos comum e causado pela infecção urinária. Podem ser de grande tamanho e obstruir a via urinária, causando grandes danos renais.

acido úrico: menos comuns ainda e estão associados com a gota ou quimioterapia, compreendendo cerce de 10% dos cálculos renais e outros mais raros. Algumas vezes, são gradualmente dissolvidos através da alcalinidade da urina por citrato de potássio.

               A formação exata nem sempre é conhecida, existem os que são susceptíveis à formação diante de certos constituintes alimentares ou do histórico familiar. Também estão relacionados: as infecções urinárias, os distúrbios renais e metabólicos, a gota, o excesso de ingestão de vitamina D e a obstrução do trato urinário. Certos diuréticos, antiácidos e outros medicamentos podem aumentar o risco de formação pelo aumento de cálcio na urina. A desidratação, ocorrente nos lugares de clima quente, também é um importante fator de risco na sua formação, daí a fundamental necessidade da ingestão de líquidos, preferencialmente água (mínimo de 2 a 3 litros/dia).

               Usualmente, o primeiro sintoma é uma dor intensa, aguda e súbita no mover da pedra no trato urinário. A dor localizada em um lado das costas, abaixo da região das costelas ou no flanco é um sintoma comum. A dor pode se irradiar para a parte baixa do abdome e as que passam pelo ureter também causam dor no flanco e em outras partes do corpo. Estas áreas incluem: as virilhas e o escroto (no homem) ou os lábios da vagina (na mulher). Outro sintoma envolve pequenas quantidades de sangue na urina. Algumas pedras podem crescer e se tornarem muito grandes, sem causar sintomas. Esta variedade é conhecida como “cálculo estagnado“. Quando os sintomas finalmente ocorrem, incluem grandes quantidades de sangue na urina ou infecção.

               É muito comum não serem apercebidas pelo fato de ser a pedra é tão pequena que é expelida naturalmente junto da urina (menores que 5 mm), sem a necessidade de intervenções para sua retirada. Em casos de formações maiores (acima de 7 mm), no entanto, em que ficam presas nas vias urinárias, as dores relatadas são bastante fortes, necessitando de algum tipo de intervenção. A pessoa deve desconfiar quando, de uma hora para outra, sentir uma forte dor na região próxima aos rins, que pode ser acompanhada por: palpitação, náuseas, vômitos e febre (frequentes). Deve observar também se a cor da urina está alterada e se há muita vontade e desconforto ao urinar.

               Na trajetória de ser expelida, se a pedra for muito grande (acima de 7 mm) a dor continuará em função da contração dos músculos neste sentido, o que pode fazer surgir sangue na urina (hematúria) diante do crescimento ou movimento. Com a descida da pedra a frequência urinária tenderá a aumentar, caracterizado por um forte desejo e da sensação de ardor durante a micção.

               Para um correto diagnóstico, deve ser imediatamente consultado um especialista (nefrologista ou urologista), pois o problema pode ter consequências bastante sérias. Existem riscos como a obstrução total da passagem da urina e a paralisação da filtragem do sangue pelo rim. São realizados exames na busca em detectar anormalidades que predispõem à formação de cálculos, como o sangue na urina e a presença de cristais, por oferecerem informações importantes sobre o tamanho e localização das pedras, através de:

exame de sangue: um número aumentado de células brancas no sangue é certeza da presença de infecção nos rins ou em outra parte do corpo.

exame urina: usualmente revela a presença de sangue. Já o nível sérico de creatinina também deve ser checado, pois a creatinina é uma substância produzida pelos músculos e filtrada pelos rins.

radiografia: na maioria das vezes, raios-x de abdome mostram a instalação de uma nefrolitíase. Um teste padrão para avaliar a existência de cálculos é a urografia intravenosa, que consiste de raios-x das vias urinárias, após injeção de contraste para melhor visualizar as pedras, uma vez que alguns tipos não são visíveis.

ultra-sonografia: pode mostrar pedras localizadas nos rins.

tomografia computadorizada: esta ou a imagem de raios-x sem uso de contraste é um bom teste de screening para avaliar a presença de hidronefrose, ou dilatação das estruturas do rim, frequentemente um indicador de obstrução por pedras. Esta opção é também menos invasiva por não requerer o contraste.

               Em termos de tratamento, a necessidade de uma cirurgia aberta é muito rara e os métodos mais utilizados são:

litotripsia com ondas de choque extracorpórea – LOCE: aparelho que emite ondas de choque ao atingir o cálculo (maiores que 7 mm), fragmentando-o. O índice de sucesso desta terapia atingi de 90 a 100% dos casos para cálculos menores que 2 cm.

citoureteroscopia: utiliza a fibra ótica para visualizar o cálculo.

uterescopia: é a colocação do endoscópio no ureter e rim através da bexiga e usada para pequenas pedras localizadas no ureter e no rim. Quando bem feita geralmente não apresenta problemas.

nefrolitotomia percutânea: ou nefroscopia percutânea é um aparelho introduzido através da pele até chegar no local do cálculo a ser fragmentado por lazer, onde os cálculos grandes são geralmente retirados por esse método. É reservada para os grandes cálculos, podendo causar sangramento significante e levar ao dano do rim ou a necessidade de uma transfusão sanguínea.

               Efeitos colaterais estão sempre presentes, pois os tubos e cateteres colocados temporariamente acompanham a muitas dessas técnicas, podendo causar: desconforto, aumento da frequência urinária ou uma infecção urinária. Diversos medicamentos utilizados no tratamento podem causar dor de estômago ou perturbações intestinais.

               Complicações sérias não são usuais, porém incluem: infecção renal ou a generalizada, formação de fístula urinária (passagem anormal entre dois órgãos), perda de um rim (bloqueio de longo tempo).

                Uma vez tido um cálculo, permanecerá a susceptibilidade à formação de novos, com as seguintes taxas de recorrência: primeiro ano – 10%, nos 5 anos subsequentes – 35% e em 10 anos – 50 a 60%.

               Em episódios de cólica renal, os cuidados médicos são dirigidos primeiramente ao tratamento da dor e da infecção relacionada com a presença das pedras. Estão presentes os medicamentos: anti-inflamatórios ou antiespasmódicos intravenosos, analgésicos narcóticos (alívio da dor) e os que ajudam na dissolução de certas substâncias da urina (cálcio e etc.).

Cálculo biliar

               É a pedra formada na vesícula (colelitíase), uma desordem comum que frequentemente assintomática (sem sintomas). Entretanto, podem produzir dor severa e sérias complicações que requerem uma abordagem adequada. Raramente, no entanto, quando os cálculos biliares são grandes (coraliforme ou em chifre de veado) podem provocar erosão gradativa da parede da vesícula biliar e penetrar no intestino delgado ou no intestino grosso, onde causam uma obstrução intestinal (oclusão ileobiliar ou íleo paralítico por cálculo biliar).

               Muitos não têm sintomas e cerca de 50% dos pacientes eventualmente experimentam um dos seguintes:

cólica: usualmente ocorre após a alimentação (na contração vesical) e é frequente na madrugada. Durante a contração, a saída da vesícula ou para o intestino é obstruída por uma ou mais pedras, causando dor intermitente e frequentemente forte, sentida na região do estômago ou mesmo no lado superior direito do abdômen. A cólica pode durar de poucos minutos ou por várias horas.

inflamação da vesícula: ocasionalmente irritam a vesícula provocando uma inflamação, produzindo uma constante e severa dor na parte superior direita do abdômen. É uma condição séria conhecida como colecistite aguda.

icterícia: quando a pedra se aloja na saída para o intestino, o fluxo da bile é bloqueado por estenose anormal ou após a remoção da vesícula biliar e  que provoca um acúmulo no sangue, tornando: a pele amarelada, a urina escura e as fezes esbranquiçadas.

outros: são frequentemente acusadas de provocar: indigestão, náusea e intolerância a alimentos gordurosos. Entretanto, muitas pessoas que apresentam estes sintomas não as têm. Portanto, o médico nem sempre está seguro de serem elas as causadoras desses sintomas.

               Para entender a natureza deste tipo de cálculo é útil conhecer a anatomia da vesícula e dos canais biliares. A vesícula é um órgão em forma de pera que está abaixo do fígado no lado superior direito do abdômen. O fígado produz bile, um líquido esverdeado, amargo e viscoso, secretado pelo fígado e que, por meio de sistema próprio de canais, é levado ao duodeno, com importante participação na digestão de gorduras. Os ductos ou tubos levam a bile do fígado para a vesícula, que se contrai periodicamente para lançar seu conteúdo dentro do intestino.

               Na sua composição estão incluídos: o colesterol (80%), sais biliares, certos pigmentos e outras substâncias. A vesícula absorve a água da bile causando a sua concentração, que em pessoas predispostas formam finos cristais. Esses crescem gradualmente até formarem uma centena ou mais de pedras.

               Os sintomas surgem principalmente quando ocorre inflamação da vesícula ou quando da migração do cálculo para os canais que conduzem a bile, que obstruem os estreitos canais. Com isso, a pressão dentro da vesícula aumenta e ocorre distensão (aumento rápido de tamanho), causando a cólica biliar. Essa dor aparece na região da “boca do estômago” e vai aumentando de intensidade, passando-se a localizar mais para o lado direito do abdome. A dor pode também se localizar no ombro direito ou nas costas. Nos casos sem complicações, dura até uma hora e pode advir após uma refeição: normal, muito gordurosa ou após um longo período de jejum.

               Além da cólica, existe o risco de outras complicações:

colecistite aguda: é a inflamação aguda da vesícula, que ocorre quando o cálculo fica preso logo na saída do órgão. Apresentam-se: dor forte, constante e febre.

coledocolitíase: desenvolve-se quando o cálculo obstrui o colédoco, principal canal que leva a bile desde a vesícula até o intestino. Nesses casos o paciente apresenta a icterícia (amarelão).

colangite: é a infecção dos canais biliares por bactérias, após a obstrução. A bile parada favorece a proliferação de bactérias. Tal proliferação estabelece rapidamente uma infecção nos condutos, disseminando-se para o interior da corrente sanguínea e ser a causa de infecções em outras partes do corpo.

pancreatite: inflamação do pâncreas quando o cálculo obstrui o canal que leva a bile da vesícula para o intestino. Este passa dentro do pâncreas e se junta com o canal principal que drena o suco pancreático, que ao ficar retido, acaba agredindo o próprio órgão.

               São mais frequentes junto da mulher, acima de 40 anos com filhos e obesa, sendo de menores proporções no homem. Alguns fatores estão presentes, como: a perda rápida de peso, a hereditariedade (predisposição genética) idade avançada, dieta ocidental e gravidez.

               A técnica radiográfica diagnóstica a ser utilizada dependerá da situação. Quando é quase certo, realiza-se apenas uma das técnicas (ultrassom ou TC) antes de decidir pela cirurgia. Quando incerto, uma ultrassonografia deve ser primeiramente realizada. O conjunto permite ao médico identificar a presença de cálculos biliares na vesícula em 98% dos casos, a saber:

ultrassonografia: é o exame mais adequado pela simplicidade, rapidez e baixo custo e a inexistência de contraindicação. Neste exame, ondas sonoras são dirigidas para dentro da vesícula mostrando a anatomia e a presença ou não das pedras.

tomografia computadorizada – TC: tanto a TC como o ultra-som podem mostrar se o conduto biliar está dilatado, uma vez que podem estar obstruídos sem estarem dilatados. Estas técnicas radiográficas auxiliam na detecção de uma obstrução e, se presente, identifica a causa.

colecistografia: também é eficaz, consistindo de um exame ou registro radiográfico da vesícula biliar após ingestão ou injeção de substância radiopaca. A colecistectomia não acarreta deficiências nutricionais e não são exigidas restrições alimentares após a cirurgia. Aproximadamente, de 1 a 5 indivíduos em cada 1.000 submetidos à colecistectomia morrem. Durante a cirurgia, o médico pode investigar a possibilidade de cálculos nas vias biliares. Esta substância revela o trajeto do contraste à medida que é: deglutido, absorvido no intestino, secretado na bile e armazenado na vesícula biliar. O resultado está na:

vesícula normal: o contraste delineia o cálculo nas radiografias.

vesícula anormal: o contraste não é visualizado no interior da mesma. 

               Devido ao não desenvolvimento de sintomas, atualmente é controverso se há ou não indicação de tratamento. Quando é indicado envolve um dos seguintes procedimentos:

cirurgia laparoscópica: técnica de escolha para a grande maioria dos pacientes. Consiste de 4 a 5 pequenas incisões no abdômen, com a introdução de microcâmara em um deles e de pinças necessárias para separar a vesícula do fígado nas demais incisões. A vesícula inteira e as pedras são retiradas por um dos orifícios. Este procedimento tem como fatores positivos: mais conforto, mais baixa permanência hospitalar, menor risco de infecção e condição estética agradável. O organismo funciona normalmente sem a vesícula. A colecistectomia laparoscópica foi introduzida em 1990 e revolucionou a prática cirúrgica em um período surpreendentemente curto.

cirurgia tradicional: era o de escolha, com uma incisão de 10 a 20cm no lado direito do abdômen e a internação de 3 a 6 dias. Certas situações ainda tornam este tipo de cirurgia necessária.

dissolventes de pedras: há drogas disponíveis que dissolvem as pedras de colesterol (éter de metilterbutilo). A completa dissolução dos cálculos, quando ocorre, leva de 6 meses a 2 anos, requerendo tratamento de manutenção. A dificuldade é o custo do medicamento e a alta taxa de retorno das pedras.

litotripsia: ver cálculo renal.

               Atualmente são feitas certas recomendações preventivas, diante de:

  fortes evidências: manter o peso ideal, mas não perder mais de 1 quilo e meio por semana.

baixas evidências: aumentar o consumo de fibras vegetais, vitamina C e café, com atividades físicas regularem.

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SUGESTÕES CROMOTERÁPICAS

 

TRATAMENTO CROMOTERÁPICO

CORES

LOCAL / TRATAMENTO

VERMELHA

Frontal – 5 segundos (estimulador mental).

VERDE / ÍNDIGO / AZUL

Rim ou Vesícula (analgésico, anestésico, anti-inflamatório e antipirético).

VERDE / VIOLETA / AZUL

Rim ou Vesícula (antibiótico, anti-infeccioso e bactericida) / Corpo (na hematúria).

PRETA / MARROM / VERMELHA / LARANJA / AMARELA

Rim + Vesícula + Pâncreas (solvente calcular).

ÍNDIGO

Rim (descalcificador).

VERDE / VIOLETA

Corpo (antiictérico e fortalecedor do Sistema Imunológico).

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LEMBRETES

Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. A Cromoterapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o médico e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações são de caráter educativo e é permitida a total reprodução. As fontes utilizadas na redação deste artigo originaram-se da Internet e foram suprimidas intencionalmente com o propósito de que o presente artigo não seja utilizado com outro objetivo a não ser o acima citado.

 

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