Câncer de Pâncreas

Câncer de Pâncreas

CÂNCER DE PÂNCREAS

Pâncreas – definição

               O pâncreas é a glândula anexa ao tubo digestivo, de característica volumosa e secreção exógena, de secreção pancreática interna e externa, sendo que a interna vai diretamente para o sangue enquanto a externa é dirigida ao duodeno. Trata-se de uma substância rica em enzimas e proteínas destinadas à hidrólise dos alimentos, ou seja, aumentam a rapidez das transformações químicas. Produz igualmente os hormônios que regulam a concentração de glicose (açúcar) no sangue. Posiciona-se anexa ao arco duodenal e que atinge o baço. É um órgão retroperitonial, por detrás do peritônio, ou seja, por detrás da membrana que recobre as paredes do abdome e a superfície dos órgãos digestivos, junto à 1ª e 2ª vértebras lombares, ligeiramente obliquo para cima e para a esquerda. Seu comprimento varia de 12,5 a 15 cm e seu peso é de 14,95g na mulher e no homem é de 16,08g.

Trabalho realizado por:

Raimunda Nonata da Silva Rodrigues

EaD – Estudo a Distância – TCC

Supervisão: Moriel Sophia – Cromoterapeuta

Sinaten 0880

               Na verdade, compõe-se de dois órgãos imbricados (superpostos), a saber:

exócrina: secreta suco pancreático com enzimas digestivas.

pâncreas exócrino: secreta enzimas reunidas em estruturas denominadas ácinos pancreáticos, com as seguintes funções digestivas: a protease (proteínas: tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e elastáse), lípase pancreática (lipídios/ triglicerídeos), amilase pancreática (amido/carboidrato), nuclease (ácidos nucleicos: ribonuclease e desoxirribonuclease). Produz a quantidade diária entre 1200 – 1500 ml de suco pancreático. O suco pancreático é rico em íons de bicarbonato, com função de diminuir a acidez do quimo vindo do estomago, transformando o pH de 2.0 (ácido) para 8.0 (alcalino).

os àcinos: ou ácinos pancreáticos, são formados por um dos dois tipos de tecidos presentes no pâncreas, consistindo de pequenas unidades multilobulada e constituídas por uma associação de células em torno de uma cavidade onde são segregadas as enzimas digestivas do suco pancreático. São milhões de pequeníssimas estruturas glandulares que estão separadas por finas paredes de tecido conjuntivo e têm a forma de pequenos sacos. Suas células apresentam intensa atividade metabólica e elaboram secreções que se arrastam para o núcleo central através de pequenos canais procedentes de cada ácino, ligados por finos condutos que drenam as enzimas para o canal pancreático, para posteriormente serem levadas até um condutor maior e que desemboca no duodeno (após o estômago), durante a digestão, na parte inicial do intestino delgado e por um canal junto a outra cana que expele a bile do fígado.

pâncreas endócrino: secreta os hormônios através das “ilhotas de Langerhans, outro tipo de tecido pancreático, sendo que no ser humano existem de 1 a 2 milhões destas ilhotas, medindo cada uma delas apenas 0,3 milímetro de diâmetro. O diabetes surge do cansaço crônico destas células. São organizadas em torno de pequenos capilares no interior dos quais são secretados seus hormônios e que são despejados diretamente na corrente sanguínea, a saber:

insulina: hormônio que promove a entrada de glicose nas células e que também atua no metabolismo de lipídios e proteínas. Portanto, afeta o metabolismo (transformações) da: glicose, aminoácidos e ácidos graxos. Seus efeitos são muito amplos e age em muitos órgãos e células. Após ser secretada e transportada aos tecidos ela começa ser degradada (transformada), principalmente pelo: fígado, rins e músculos. Quando a insulina encontra seus receptores na membrana das células, começa promovendo inúmeros eventos em vários locais destas. Esse hormônio também promove o armazenamento de combustível que estimula a captação (obtenção) de nutrientes na célula. A presença desta substância no organismo faz com que sejam diminuídos os níveis de: glicose, ácidos graxos livres, cetoácidose e glicerol. Sua deficiência ocasiona perda de: massa e tecido adiposo, hiperglicemia, problemas de crescimento e cetoacidose metabólica. A deficiência de insulina pode causar sérios distúrbios metabólicos (diabetes). A secreção da insulina é aumentada pela obesidade e diminuída com os exercícios físicos. Um tumor nas células β também desencadeia hipersecreção de insulina. Desse modo, a insulina armazena os nutrientes logo após uma refeição, diminuindo assim as concentrações na corrente sanguínea de: glicose, ácidos graxos e aminoácidos.

glucagon: hormônio produzido pelo pâncreas e que se apresenta como um antagonista (de efeito contrário) da insulina, aumentando os níveis de: glicose, cetoacidose, ácidos graxos livres. Por outro lado diminui os níveis de aminoácidos. Estimula o fígado (órgão mais afetado por este hormônio) e os músculos, degradando o glicogênio e liberando a glicose. O fígado é responsável pela gliconeogenese e o glucagon desempenha importante função de regulação deste processo, evitando também a hipoglicemia. O glucagon promove a utilização de combustíveis, ao invés de armazenamento e isso ocorre principalmente com a glicose. Além disso, o glucagon diminui a síntese de colesterol pelo fígado, inibe a reabsorção de sódio pelos rins, aumenta sensivelmente o debito cardíaco. Pode agir regulando o apetite e diminuindo o nível de aminoácidos.

               São três os tipos principais de células e que se distinguem umas das outras por suas características morfológicas (formato e aparência) e tintoriais, a saber:

células alfa: aumentam a taxa de açúcar no sangue secretando glucagon (cerca de 25% do total das células).

células beta: reduz a taxa de açúcar no sangue e estão localizadas no meio de cada ilhota e secretam insulina e amilina, hormônio este frequentemente secretado ao mesmo tempo que a insulina, mas cuja função ainda não foi elucidada (cerca de 60% do total das células). A deficiência das células β responde pelo diabetes (tipos I e II).

células delta: secretam somatostatina (cerca de 10% do total das células) com capacidade de inibir o funcionamento endócrino do órgão. A somatostatina é hormônio proteico controlador do hormônio do crescimento e que intervém indiretamente na regulagem da glicemia, possuindo múltiplos efeitos inibitórios e assim inibindo a secreção da insulina e glucagon. Diminui a motilidade (peristaltia) do: estômago, duodeno e vesícula biliar. Também diminui a secreção e a absorção gastrointestinal. A sua principal função consiste em prolongar o período de tempo necessário à assimilação dos nutrientes para serem transferido ao sangue, prevenindo uma sobrecarga rápida de nutrientes.

               Existem também as células PP (Polipeptídeo Pancreático) que inibe o pâncreas exócrino.

               Apresenta-se formado por quatro partes:

cabeça: encontra-se encravada no arco duodenal.

istmo: estreito e fino, une a cabeça e o corpo.

corpo: alongando-se da direita para a esquerda e de baixo para cima, é sobrelevado pela coluna vertebral e tem continuidade com a cauda pancreática. Assume uma forma prismática triangular de base inferior.

cauda: representa a extremidade esquerda do pâncreas. Mais ou menos desenvolvida desenvolvida dirige-se em direção do hilo esplênico, parte do baço aonde as estruturas importantes desse órgão chegam e saem.

               A secreção externa é dirigida para os canais excretores:

canal do Wirsung: também chamado de “duto pancreático” é o canal excretor principal percorrendo a glândula de uma extremidade à outra seguindo o seu grande eixo, com início na cauda percorre o corpo até desembocar ao lado do canal colédoco (fígado e vesícula biliar) na ampola de Vater, entrando no duodeno como um duto comum chamado ampola hepatopancreática. A porção mais visível é a que drena as partes do corpo e do istmo. Seu diâmetro aumenta da cauda para a cabeça e o valor médio é de 3,4 mm ao nível da cabeça, 2,6 mm ao nível do corpo e 1,6 mm ao nível da cauda.

canal de Santorini: estende-se do ângulo formado pelo Wirsung ao nível do colo, até ao terço superior do bordo interno da segunda porção do duodeno.

Suco pancreático

               As secreções digestivas do pâncreas, formadas nos ácinos glandulares e conduzidas pelos canais até ao duodeno, constituem o suco pancreático. Este é um líquido transparente composto essencialmente por água e minerais (bicarbonato, cálcio, sódio, potássio), bem como por diversas enzimas (cerca de vinte), todas elas  responsáveis  pela digestão da maior parte das substâncias nutritivas dos alimentos.

               Algumas enzimas têm uma atividade proteolítica (decomposição à base de água), ou seja, encarregam-se de dividir as proteínas, sendo as mais importantes são a tripsina e a quimotripsina. Outras enzimas são responsáveis pela degradação dos: lipídios ou gorduras (lipolíticas) como é o caso da lipase e a fosfolipase e as dos hidratos de carbono (ou glícidos), entre as quais se destaca a amilase pancreática (glicolíticas).

               A regulação da preparação e secreção do suco pancreático obedece a dois mecanismos, a saber:

neurológico: pertence ao sistema nervoso autónomo, o qual estimula inconscientemente, através do nervo vago e mediante o controlo de uma substância denominada gastrina produzida pelo estômago, a produção enzimática do pâncreas, perante os estímulos proporcionados pela visão ou percepção do aroma e do sabor dos alimentos ou simplesmente a partir da ideia da refeição.

hormonal: contudo, a secreção enzimática do pâncreas é mais determinante pelo estímulo proporcionado pelas hormônios produzidos pelo intestino delgado quando se distende com a chegada de alimento. Neste caso a secretina estimula principalmente a secreção pancreática com água abundante e bicarbonatos. A colecistocinina produz-se em maiores quantidades, quando o alimento é rico em gorduras: para além de estimular a secreção enzimática do pâncreas, provoca também a contração da vesícula biliar para que a bílis chegue até ao intestino.

Informações adicionais

               Em um dos textos pesquisados encontrou-se uma pergunta bastante interessante a respeito do órgão: “Se as enzimas que contêm o suco pancreático têm um grande poder digestivo como é que não digerem o próprio pâncreas?

               É devido a estratégias próprias do órgão que evitam que isso aconteça, ou seja:

mucos: algumas de suas células têm como missão produzir substâncias mucosas, impedindo assim que as substâncias que fazem parte do suco pancreático entrem em contato direto com as paredes do pâncreas e que impregnam a superfície das: glândulas, canalículos e canais.

mecanismo de ativação retardada: o pâncreas previne a sua autodigestão, uma vez que algumas enzimas não são produzidas com a sua ação ativada, o mesmo acontecendo com os percursores enzimáticos que apenas se transformam em autênticos fermentos quando alcançam o fluxo intestinal: o tripsinogénio só se converte em tripsina quando é ativado por uma enzima especial segregada pela mucosa duodenal (a enterocínase); o quimotripsinogénio apenas se transforma em quimotripsina ao entrar em contato com a bílis e etc.

               No entanto, por várias razões, a estratégia pode falhar e as enzimas atuam sobre o próprio pâncreas, desencadeando consequentemente a sua inflamação ou uma pancreatite.

Câncer de Pancreático

               A maior parte dos casos de câncer de pâncreas localiza-se na parte da cabeça e que resulta numa serie de sinais e sintomas sugestivos da doença. Na maioria dos casos ele é assintomático (sem sinal) e quando detectável já se encontra em estado avançado. Até chegar a um diagnóstico são avaliados os sintomas tais como a perda de peso e a icterícia.

               O mais comum deles é o adenocarcinoma (tumor maligno), um tipo de tumor que afeta o lado direito do órgão, ou seja, a cabeça. Este tipo de câncer apresenta alta mortalidade e nos tumores avançados a sobrevida mediana é de 6 a 11 meses. Como em todos os casos de câncer, caso seja descoberto em sua fase inicial, o tratamento tem chances de cura, através da: ressecção (retirada de tumor), procedimentos de quimioterapia ou radioterapia para redução do tamanho de tumor e alivio dos sintomas.

               De acordo com os estudos a respeito do assunto, não é possível um diagnostico precoce da doença, restando apenas a apreciação de seus sintomas de forma isolada. Isto se deve ao fato de que os tumores de 1 cm se encontram no interior do parênquima (célula orgânica) e os tumores menores que 2 cm são intrinsicamente assintomáticos. Quando localizados na porção cefálica (cabeça) da glândula ou na sua periferia ele ultrapassa seus limites, levando os pacientes a apresentar alguns sintomas leves como: dor epigástrica (abdome), desconforto abdominal, perda de peso e icterícia obstrutiva leve.

               Embora esses sintomas possam ocorrer em tumores pequenos, a avaliação imediata da via biliopancreática demonstra ser um tumor maligno geralmente avançado, o que torna improvável sua ressecção curativa. Em mais de 80% dos casos, quando a doença é diagnosticada, verifica-se haver extensão extraglandular para o: estômago, duodeno, espaço retro e peritoneal, linfonodos para-aórticos, veia porta e grandes vasos adjacentes e fígado. Frequentemente é acompanhado de metástase hematogênica (do sangue).

               Destaca-se a idade avançada como o mais importante fator de ocorrência, pois 80% de adenocarcinoma de pâncreas acontecem entre as idades de 60 e 80 anos e nos seguintes casos: sexo masculino, ascendência judaica asquenaze (nome dado aos judeus proveniente da Europa Central e Oriental), etnia negra e tabagismo. Há também a predisposição genética (maior fator de risco) como candidatos a terem o desenvolvimento da doença, bem como, os pacientes com pancreatite crônica.

Fontes:

GUYTON, Fisiologia Médica; Guanabara Koogan,2002

http://www.scielo.br/pdf/ramb/v48n2/a29v48n2.pdf

http://www.medipedia.pt/home/home.php?

http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA

               O presente estudo apresenta as características de funcionamento do PÂNCREAS como órgão intensamente participante da digestão, dual e com atuação endócrina (secreção interna, própria da glândula) e exócrina (produção hormonal). O propósito é como a CROMOTERAPIA pode agir dentro dos aspectos presentes no CÂNCER PANCREÁTICO.

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA

COR

LOCAL / TRATAMENTO

VERMELHA

Frontal – 5 segundos (para elevar a consciência de si mesmo).

PRETA / MARROM / VERMELHA / LARANJA / AMARELA + 8C

Pâncreas (químio / radioterápico CROMOTERÁPICO e vitamínico).

VERDE / VIOLETA / AZUL / ÍNDIGO

Local (quando requerer a ressecção do tumor).

VIOLETA

Corpo (fortalece o Sistema Imunológico).

LEMBRETES

Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. A Cromoterapia auxilia o tratamento, mas não dispensa o médico e a presente sugestão somente deverá ser utilizada por aquele previamente diagnosticado por um profissional da saúde. Estas informações são de caráter educativo e é permitida a total reprodução. As fontes utilizadas na redação deste artigo originaram-se da Internet e foram suprimidas intencionalmente com o propósito de que o presente artigo não seja utilizado com outro objetivo a não ser o acima citado.

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