Cáries

Cáries

CÁRIES

PROFILAXIA BUCAL

               Lemos com muita freqüência que se as doenças fossem descobertas com antecedência elas teriam grande probabilidade de cura, o que me parece óbvio. Porém, o difícil é diagnosticá-la a tempo, uma vez que os queixumes demoram em se fixarem no correto local de forma a que os exames constatem o desequilíbrio.

               Agora, com relação especificamente à cárie, uma doença séria dos dentes, realmente a profilaxia bucal tem seu benefício mais do que comprovado, propiciando a preservação dos dentes e postergação dos problemas bucais. É uma postura correta e que evita a todo custo que se ins­talem, pois o único meio de tratamento é a remoção da parte do dente contaminado e a sua restauração. Por mais moderno que sejam os materiais res­taura­dores, nenhum é tão bom quanto o próprio dente.

               Outra forma de se reduzir a deterioração do dente é alterar o estilo de vida que fortemente propicia tais resultados negativos, no que se refere: ao que se come, como os dentes são cuidados, a presença de flúor na água ingerida e no creme dental. A hereditariedade também tem um papel importante na predisposição deles, mas nesse caso pouco há que se fazer cabendo atentar para as recomendações.

               Acredito que muitos não sabem, porém a cárie é uma doença contagiosa e pode ser transmitida pelo beijo, principalmente quando diz respeito aos bebês. Esta é chamada de cárie rampante. Ela se propaga não só atra­vés do beijo, mas também pelo uso da colher da criança e até por assopro no alimento.

               Mas, independentemente de onde ocorrem, a melhor maneira de iden­tificá-las e tratá-las antes que se tornem sérias, visitando seu dentista regularmente para avalia­ções.

Moriel Sophia 

Cromoterapeuta – Sinaten 0880 

                A cárie é uma doença infecto-contagiosa multifatorial que resulta em destruição e perda dos dentes se não tratada a tempo e de forma adequada.

               É a destruição do esmalte (camada exterior do dente) e a dentina (parte principal do dente), processo muito comum e causado pela ação do ácido lático sobre o dente, produzido pelas bactérias que proliferam nas placas dentárias.

               É normal se desenvolverem em fóssulas (depressões) e fissuras (pequenas ra­chaduras), junto das: su­perfícies de mastigação dos dentes posteriores, nos espaços entre os dentes e próximo à linha da gengiva. São classificadas como: 

  • coronária: o tipo mais comum que ocorre tanto em crianças como em adul­tos e que normalmente se localizam nas superfícies de mastigação ou entre os dentes.
  • radicular: à medida que envelhecemos, as gengivas se retraem deixando partes da raiz do dente expostas. Como não existe esmalte cobrindo as raízes do dente, es­tas áreas expostas se deterioram com facilidade.
  • recorrente: a deterioração pode ocorrer em volta das restaurações e coroas exis­tentes. Isto porque estas áreas tendem a acumular placa que acabam por provocá-la.
  • interproximais: é um tipo especial que se forma entre dois dentes, pela reten­ção de alimentos durante algum tempo. É um bom indicador da existência de uma destas o rompimento do fio dental ao ser passado no respectivo sítio.

               O ácido age penetrando através das rachaduras minúsculas do esmalte, de forma a alcançar a dentina, para daí se espalhar mais depressa, alcançando os nervos e vasos sangüíneos no centro do dente (polpa). Quando isto acontece, têm-se as condições ideais para a instalação de um abscesso, tornando necessário o tratamento de canal ou canais, que variam de acordo com o tipo de dente e especificamente com cada pessoa. No seu início acontece com uma sintomatologia muito pequena, por ser gradual e não provocar nenhuma dor ou sensibilidade até a cavidade ser bastante grande.

               Quanto aos sintomas, na maioria dos casos há sensibilidade do dente a doces e comida quente ou fria. Se um dente é sensível a calor, provavelmente requererá um canal.

               São manchas escuras e pequenas cavidades nos dentes. Nas suas fases mais avançadas, a cárie provoca dores desde leves a muito intensas, enfra­quece o dente, levando a que este frature e possa mesmo causar: necrose pulpar (morte da polpa, no interior do dente), abscessos, quistos e outras manifestações graves. Os “buracos” que a cárie faz nos dentes, são destruições das superfícies mineraliza­das dos dentes devido a ácidos produzidos pelas bactérias que se aderem nos restos alimentares grudados nos dentes. 

Esmalte dentário 

               É um tecido translúcido e é o componente dos dentes normalmente visto (em situações normais) e suportado pela dentina.  É o mais resistente, bem como, o mais mineralizado do corpo, formando os dentes conjuntamente com a: dentina, cemento e a polpa dentária. Aproximadamente, 96% dele é composto de minerais e o restante é de água e materais orgânicos. Sua coloração varia de amarelo claro ao branco acizentado, sendo que, nas bordas, onde não há dentina subjacente ao esmalte a cor às vezes pode ser levemente azulada. O mineral primário e integrante da estrutura esmalte é a hidroxiapatita (é o esmalte com vários íons  incorporados aos seus cristais, tais como: estrôncio, magnésio, carbonatos e fluoreto), um hidrofosfato de cálcio ou uma forma cristalizada do fosfato de cálcio cristalino, representando um deposito de 99% do cálcio corporal e 80% do fósfor total, mineral esse muito pouco solúvel, porém, que se dissolve em ácido, numa reação com o hidrogênio H+. Quando a superfície do esmalte apresenta um pH baixo (ácido) ocorre a desmineralização, o que não acontece se houver  flúor presente, pois há deposição de apatita fluoretada. Quando o pH cai para 5.5 a camada de fosfato também cai. 

Placa bacteriana 

               A placa é uma massa bacteriana que adere nos dentes e de grande dificuldade de ser removida, por se fazer presente entre: os dentes, seus entalhes e ao redor. Por outro lado, são lugares propícios para bactérias as: próteses, coroas e dentaduras. A boa escovação e uso de fio dental são importantes na prevenção dessas. As bactérias da placa se alimentam dos açúcares e massas da dieta e os transformam em ácidos, fazendo com que o dente se dissolva gradualmente. 

               É uma película esbranquiçada que se deposita nas superfí­cies dos dentes e aparece principalmente nos espaços entre os dentes e junto às gengivas, sendo formada por: componentes da saliva, restos de alimentos e bactérias. Se não for removida, pode originar em: cáries, doenças periodontais e outras. 

Formação da cárie 

               A cárie começa com a descalcificação da estrutura dentária, caracterizada primeiro por uma mancha branca e depois por um buraco. Este buraco pode se aprofundar se a cárie não for detida, até atingir a polpa e o nervo do dente, provocando inflamação e dor. Em fases mais avançadas, a cárie pode levar à perda do dente por sua completa destruição. Portanto, assim se forma: 

  • placa bacteriana: fina camada que cresce com o consumo de alimentos, especialmente os que têm açúcar.
  • cárie incipiente: também chamada de mancha branca, surge no início da cárie, antes do desenvolvimento do buraco. A cárie nesta fase pode ser remineralizada sem restaura­cão.
  • cárie de esmalte: as bactérias produzem o ácido que dissolve o esmalte dos dentes, causando um pequeno buraco. Até esta fase, a cárie não provoca nenhuma dor.
  • cárie de dentina: depois de ultrapassar o esmalte, que é bastante duro, a cárie atinge a dentina e começa a provocar dor.
  • infecção pular/abscesso: esta é a fase final da cárie, que vai evoluindo até chegar à polpa do dente, provocando muita dor. Podem até surgir abscessos (bolsas de pus) no tecido ósseo, abaixo da raiz do dente. O tratamento apropriado para esta fase é o de ca­nal.  

Saliva 

               A literatura científica mundial demonstra certa inconclusão sobre a relação da saliva com as cáries. Por conta disso, foi desenvolvido um estudo, por meio de análises laboratoriais, para ex­plicar esse fato, chegando à seguinte conclusão: 

  • sem cáries: todas as crianças analisadas apresentavam fluxo salivar entre normal e alto.
  • com cáries: apresentaram pouca saliva.  

               Foi também realizada uma revisão sistemá­tica, por meio de bancos de dados, o que possibilitou concluir que a probabili­dade do indivíduo apresentar cárie é bem maior quando a produção de saliva é menor do que 1 mililitro por minuto. 

Cárie na infância

               Qual são as causas: 

  • mamadeira: deixar o bebê dormir com uma mamadeira, aonde o líquido contém açúcar e estes permanecerão em torno dos dentes e dessa forma podem causar cáries. Até mesmo o leite materno e o de fórmulas contêm açúcar.
  • amamentação: materna prolongada ou permitir que o bebê adormeça enquanto se alimenta.
  • criança: permitir-se que fique o tempo todo com a mamadeira.

Prevenção 

               Quando a higiene é incorreta ou insuficiente, estas produzem ácidos por fermentação dos restos alimentares, es­pecialmente os ricos em hidratos de carbono, que perfuram e destroem o dente. Através da cor­reta escovação e utilização do fio dentário é possível elimi­nar a placa bacteriana. A única solução para a cárie é a prevenção, portanto para se evitá-la devemos seguir todas as regras de higiene bucal que são: 

  • escovação: escovar muito bem os dentes, após as principais refeições (café da manhã, almoço e jantar). Também, sempre escovar após comer algo (doce ou etc.) fora de hora ou entre as refeições.
  • fio dental: passá-lo pelo menos uma vez por dia, para limpar as áreas de difícil acesso para as cerdas das escovas dentais.
  • língua: escovar a língua pelo menos uma vez por dia.
  • odontologista: procurar o dentista regularmente.
  • dieta: estabelecer uma dieta balanceada, evitando doces entre as refeições.  

Fatores externos 

               Esta doença é provocada por bactérias que estão constantemente em nossas bocas, no entanto, estas precisam interagir com outros fatores para que a doença se desenvolva. Os outros fatores são: o tempo, o substrato (restos de alimentos deixados na boca) e o hospedeiro (que somos nós). 

  • xerostomia: os adultos estão especialmente sujeitos a apresentar cárie quando sofrem de xerostomia (boca seca), uma doença causada pela falta de saliva. A xerostomia pode ser decorrente de uma doença, de medicamentos, da radioterapia e da quimioterapia, e pode ser tempo­rária (dias ou meses) ou permanente, dependendo de suas causas. 
  • beijo: esta é uma das mais fáceis formas de contágio. Ainda que a pessoa não tenha alguma ferida aparente, pode ser portadora do vírus, logo, é possível que o outro seja infectado. Isso não quer dizer, porém, que o indivíduo contaminado através do beijo manifestará a doença.  

Programa de erradicação

               Diversos países da Europa conseguiram erradicar a cárie, provando assim que a prevenção é o melhor meio de combatê-la.  

Sugestão Cromoterápica

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA
CORES  LOCAL / TRATAMENTO 
VERMELHA  Frontal – 5 segundos (estimulador mental). 
VERDE / ÍNDIGO / AZUL (*)  Boca (analgésico e anestésico na presença da dor dental). 
VERDE / VIOLETA / VERMELHA / LARANJA / AMARELA  Boca (antisséptico bucal, combate a placa e selante do esmalte dental, remineralizando-o). 
VIOLETA  Boca (anti-virótico, fortalecendo o equilíbrio bucal). 

Obs.: (*) Paliativo como pré ou pós-tratamento dentário. A dor está relacionada com a exposição do nervo ou infecção da área e somente após seu correto tratamento é que o mesmo será obturado (fechado hermeticamente).

 LEMBRETES

Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. Este terapia não dispensa tratamento médico.

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