O Coração – Parte I

O Coração – Parte I

O Coração – Parte I

O Sistema Elétrico do Corpo 

               Nosso corpo tem seu sistema elétrico próprio, por possuir duas grandes bombas elétricas internas, o cérebro e coração. As células também são consideradas sistemas bioelétricos, uma vez que possuem partes com polaridades positivas e outras negativas.

               No caso específico do coração, trata-se de um órgão muscular oco que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um punho fechado e cerca de 400 gramas de peso.

Moriel Sophia

Cromoterapeuta – Sinaten 0880

              O humano, como o dos demais mamíferos, apresenta quatro cavidades ou câmaras. Anatomicamente são duas superiores (átrios ou aurículas) e duas inferiores (ventrículos). O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral. A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos (maiores e inferiores), desempenhando o papel de uma bomba propulsora de sangue.

               Sua ativação se dá por estímulos elétricos, através de um grupo de células especiais com habilidade de gerar atividade elétrica por conta própria. Estas separam partículas carregadas, que depois são espontaneamente liberadas para dentro das células. Isto produz impulsos elétricos nas células marca-passo espalhadas pelo coração, fazendo-o contrair. Trata-se de um verdadeiro impulso elétrico, originário numa área chamada nó sinoatrial – SA, também conhecido como “marca-passo natural do coração”, ou seja, um gerador de energia elétrica que o faz bater, em condições normais de repouso, entre 60 e 100 vezes por minuto o que corresponde a cerca de 100 mil vezes/dia, devendo ser eficaz durante toda a vida.

               O controle pelo nó sinoatrial – SA só acontece por este gerar um impulso elétrico mais rápido quando comparado aos gerados por outros tecidos. Neste caso a frequência rítmica é de aproximadamente 72 contrações por minuto, enquanto que o músculo atrial é 60 vezes e o ventricular 20 vezes. Seu impulso atinge uma velocidade que corresponde a 6 vezes mais do que o miocárdio (músculo cardíaco) em função normal (2 m/segundo em contraste com 0,3).

               Agora, se o nó SA falhar, as outras partes do sistema elétrico podem assumir o controle, mesmo que usando uma velocidade mais lenta. Na ocorrência de algumas situações pode-se ter “curtos-circuitos” que venham a resultar em: taquicardias ou batimentos rápidos (palpitações, “batedeiras), acompanhados de desmaios (síncopes), tonturas (pré-síncopes), cansaço, respiração curta, dor ou opressão no peito. Em outras, a alteração do sistema resulta em bradicardias ou batimentos lentos, acompanhados também de: desmaios, tonturas e/ou cansaço.

               Isso equivale dizer que se faz presente uma freqüência cardíaca – FC, que nada mais é do que a quantidade de vezes que o coração bate por minuto. A região do coração que controla este ritmo cardíaco está localizada perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior (fascículo átrio-ventricular). Na verdade, representa o sistema De Purkinje, um composto de fibras musculares cardíacas especializadas (fibras de Purkinje, feixe de Hiss ou miócitos atrioventriculares). Sua propagação atravessa tais estruturas, espalhando-se pelos ventrículos direito e esquerdo, provocando a contração do órgão.

               Embora o coração possua sistemas intrínsecos de controle e possa continuar a operar, sem quaisquer influências nervosas, a eficácia da ação cardíaca pode ser muito modificada pelos impulsos reguladores do sistema nervoso autônomo – SNA, que é conectado ao coração através de dois grupos diferentes de nervos ou sistemas:

  • simpático: os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático – SNS e a estimulação simpática do cérebro, junto às glândulas adrenais ou supra-renais promovem a secreção dos hormônios circulantes do sistema (adrenalina e noradrenalina), razão pela qual são denominados neurônios adrenérgicos. Aumenta a FC e supre o coração com uma rede de nervos, chamada de plexo simpático. Portanto, a estimulação destes nervos aumenta: a frequência cardíaca, a força de contração e o fluxo sanguíneo através dos vasos coronários visando a suprir o aumento da nutrição do miocárdio. A atividade cardíaca como bomba, pode atingir um acréscimo de até 100 por cento na capacidade de bombear sangue. Por conseguinte, os efeitos simpáticos sobre o coração constituem o mecanismo de auxílio utilizado numa emergência, tornando mais forte o batimento cardíaco quando necessário. Assim se dá quando um indivíduo é submetido a situações de estresse, tais como, as que exigem um rápido fluxo sanguíneo através do sistema circulatório durante: exercício, doença, calor excessivo ou outras condições.
    • adrenalina: é responsável pela: taquicardia (batimento cardíaco acelerado), aumento da pressão arterial e frequência respiratória, aumento da secreção do suor, da glicose sangüínea e da atividade mental, além da constrição dos vasos sangüíneos da pele.
  • parassimpático: a estimulação parassimpática supre o coração através de um único nervo, o nervo vago e diminui todas as atividades do coração, no que se refere a: frequência dos batimentos cardíacos, força de contração do músculo atrial, velocidade de condução dos impulsos através do nódulo átrio-ventricular – AV, aumentando o período de retardo entre a contração atrial e a ventricular e o fluxo sanguíneo através dos vasos coronários que mantêm a nutrição do próprio músculo cardíaco. A função cardíaca é reduzida pelo parassimpático durante o período de repouso, juntamente com o restante do corpo. Isso talvez ajude a preservar os recursos do coração, pois, durante estes períodos indubitavelmente há um menor desgaste do órgão. Variações da FC são normais durante as atividades do dia, tendo-se em conta que certos medicamentos e substâncias (nicotina do cigarro e álcool) também podem influenciá-la.
    • acetilcolina: neurotransmissor secretado pelos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático – SNP, razão pela qual são denominados colinérgicos, geralmente com efeitos antagônicos aos neurônios adrenérgicos. Dessa forma, a estimulação parassimpática do cérebro promove: bradicardia (redução dos batimentos cardíacos), diminuição da pressão arterial e frequência respiratória, relaxamento muscular e outros efeitos antagônicos aos da adrenalina. 

               No que se refere ao funcionamento hormonal de certos órgãos, têm-se que:

  • hipotálamo: estimula as porções:
    • posterior: aumentando a pressão arterial e a freqüência cardíaca – FC.
    • anterior: já, a estimulação da área pré-óptica acarreta efeitos opostos, determinando notável diminuição na freqüência cardíaca – FC e pressão arterial.
  • tireoide: o excesso do hormônio tireoidiano também influencia a FC, tornando-a muito elevada, mas o coração passa a bater muito lentamente quando da deficiência do mesmo.

                Acompanhando a figura acima, tem-se que: o impulso elétrico sai do nó SA (1) e vai para o átrio direito e esquerdo, fazendo-os contraírem juntos. Isso leva 4 segundos. Há então um atraso natural para permitir que os átrios contraiam e os ventrículos se encham de sangue. Então, o impulso é levado junto do nó atrioventricular – AV (2), para depois chegar até o feixe de Hiss (3), ramificando-se nos feixes direito e esquerdo (4), onde se espalha rapidamente usando as fibras de Purkinje (5) para os músculos do ventrículo direito e esquerdo, que se contraem ao mesmo tempo. Toda essa atividade produz ondas elétricas que podem se medidas graficamente pelo eletrocardiograma – ECG.

               Quando disfunções são identificadas, pela perda de energia que produz a sensação recorrente (que se repete) de cansaço físico e mental, dá a entender ser indício de que as funções bioenergéticas do corpo estão alteradas. Antes de uma doença atingir o sistema imunológico, tem-se o equilíbrio bioenergético afetado. Os sintomas mais comuns de um desequilíbrio energético são: cansaço crônico, sonolência ou insônia, irritabilidade, tontura, enjôo, apatia e indisposição.

               Quando há desequilíbrio, o corpo emite sinais, quase sempre antes da manifestação da doença, daí as pessoas com sintomas cujas causas não são confirmadas em exames clínicos genéricos, caracterizado pelo estado “pré-clínico”.

Sugestões Cromoterápicas

 

SUGESTÃO CROMOTERÁPICA
COR LOCAL / TRATAMENTO
VERMELHA Frontal – 5 segundos (para elevar a consciência de si mesmo).
LARANJA Fígado / Baço (enzima tromboquinase cromoterápica, que encorpa o sangue e cria a fibrina, em sendo o carreador do cálcio).
ÍNDIGO / LARANJA Local (anti-hemorrágico geral).
ÍNDIGO Local (anti-hemorrágico interno).
VERDE / ROSA / AZUL Local (elimina os hematomas da pele no pós-hemorrágico).
LARANJA / VIOLETA Corpo (fortalece o Sistema Imunológico e encorpa a fibrina no sangue, evitando hemorragias e ampliando as condições de saúde do atendido).

LEMBRETES

Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoteapeuta – Sinaten 0880. Esta terapia não dispensa o tratamento médico.

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