Câncer – Gliomas
CÂNCER
GLIOMAS
É o termo utilizado para designar os tumores (neoplasias) originários das células da glia encefálica. A glia é uma unidade formada por várias células e tem como principal função dar suporte nutricional, sangüíneo, estrutural e de defesa aos neurônios. Essas células se encontram ao redor dos neurônios assim como em meio aos axônios neuronais. A maior parte da glial ou neuroglial, em termos quantitativos, pode ser encontrada na substância branca encefálica.
As neoplasias com o nome de gliomas, na grande maioria dos casos se originam de uma mutação espontânea em genes que controlam o ciclo celular ou divisão celular. Esses genes quando em função normal detém a proliferação da célula ou controlam a sua divisão de forma harmônica, sendo esporádica e não tem caráter hereditário. Somente em casos raros de tumores familiares os genes passam de uma geração a outra.
Moriel Sophia
Cromoterapeuta – Sinaten 0880
Os fatores desencadeantes para tal mutação não são ainda bem conhecidos para a maioria dos casos. O único fator bem claro que desencadeia mutações é a radiação ionizante (formadora de íons). Estão sendo pesquisados fatores ambientais, porém nada ainda conclusivo, tais como: vírus, hormônios e trauma. Assim sendo, não há como definir quais são os grupos de risco para esse tipo de doença.
Homens e mulheres são afetados igualmente, porém a idade adulta é mais afetada (30 a 60 anos). A razão para tal fato é a cumulatividade das mutações, processo este que ocorre em anos de vida, ou seja, quanto mais mutações as células forem acumulando, maior a chance de se transformar em uma neoplasia e maior será a agressividade.
Seguindo a mesma nomenclatura das células que formam a glia, os gliomas ou neurogliomas, ou ainda, tumores da glia podem ser divididos em quatro grandes grupos. Esta nomenclatura tem sido constantemente revisada pela Organização Mundial da Saúde – OMS e tem caráter mundial. Essa classificação é descendente no sentido menos agressivo para o maior grau de agressividade, a saber:
Astrocitomas
Tumor do tecido nervoso formado por astrócitos, células em forma de estrela e com prolongamentos longos, importantes para a estruturação das fibras nervosas e correspondentes à grande maioria dos gliomas (70% do total). Variam de aspecto e comportamento biológico conforme o local de origem no Sistema Nervoso Central – SNC:
Podem ser divididos em quatro subgrupos, sendo estes:
astrocitoma pilocítico (grau I – OMS): são considerados os únicos benignos, porém, mesmo assim possui em alguns casos um potencial de transformação maligna, tornando-se agressivos (1% dos casos). São os mais freqüentes em crianças a partir dos cinco (5) anos de idade, predominando largamente na primeira e segunda décadas, com condições de acometerem adultos, apresentado rápido decréscimo. Localizam-se mais frequentemente no cerebelo, em hemisférios cerebelares. Outros locais comuns são: a região hipotalâmica, as vias ópticas e, menos comumente, nos hemisférios cerebrais. Praticamente nunca há transformação maligna para glioblastoma. A cirurgia é o tratamento de escolha para tais lesões, sendo curativa na maioria dos casos (90% dos casos). Radioterapia não é empregada porque o tumor é de crescimento muito lento. Em tumores não agressivos, não existe indicação para radioterapia ou quimioterapia.
aspecto macroscópico: são tumores bem delimitados e geralmente císticos. O cisto contém líquido amarelado. Na parede do cisto há uma área mais saliente, onde a neoplasia é mais espessa. Contudo, jamais há cápsula. Histologicamente (composição e função dos tecidos vivos) são bem diferenciados, com baixa celularidade (poucas células). Seu aspecto difere dos astrocitomas difusos. Geralmente, coexistem dois padrões histológicos básicos, mas pode haver um só ou o outro, a saber:
padrão pilocítico: em que as células têm longos e finos prolongamentos que se dispõem em feixes, como uma cabeleira. Não raro são observadas estruturas hialinas (transparentes como vidro), chamadas fibras de Rosenthal, que lembram pequenas cenouras, entre os prolongamentos celulares. São de grande valor diagnóstico, embora possam também ser encontradas em gliose de longa duração, como em volta de craniofaringiomas.
padrão protoplasmático: com microcistos situados entre as células neoplásicas (degeneração microcística).
astrocitoma de baixo grau (grau II – OMS): são tumores que se apresentam sintomaticamente e os mais freqüentes e presentes na faixa etária entre 30 até os 50 anos de idade. Os sintomas comuns são a cefaléia e as crises convulsivas. Seu crescimento é lento no início de sua apresentação, o que leva a uma alta taxa de sobrevida normal em 5 a 10 anos (80% dos pacientes). Entretanto, há casos em que ocorre a progressão para padrões mais agressivos, com piora clínica ou retorno de lesões previamente operadas. O tratamento de escolha é a cirurgia.
aspecto macroscópico: situam-se na substância branca de um dos hemisférios cerebrais. São mal delimitados, mesclando-se imperceptivelmente com o tecido nervoso em volta, geralmente impossível definir onde começa ou acaba o tumor. Nunca são encapsulados. A cor é geralmente branca ou cinzenta, mas não raro há cistos com: conteúdo líquido, áreas de necrose (amareladas) ou de hemorragia (vermelhas), em especial na parte interna do tumor. A consistência se parece com a do tecido nervoso normal, podendo ser mais firme ou mole.
aspecto microscópico: têm aspecto variável segundo o grau de diferenciação. Os bem diferenciados (grau II – OMS) são constituídos por células que lembram astrócitos normais ou patológicos. Os neoplásico podem ser:
fibrilares: quando produzem muitas fibrilas gliais. São tumores de baixa celularidade (poucas células), geralmente poucas atipias (irregularidade nos ataques de doenças periódicas) e podem até confundir-se com uma área de gliose. As células têm prolongamentos filamentosos e o espaço entre as mesmas é preenchido por uma trama fibrilar.
protoplasmáticos: quando produzem poucas fibrilas gliais. Têm maior celularidade que os fibrilares e os prolongamentos celulares são curtos. Não raro apresentam pequenos cistos contendo material amorfo (sem forma) basófilo (de corantes básicos) entre as células.
gemistocíticos: que lembram astrócitos gemistocíticos reacionais. Contudo, há perda da relação núcleo-citoplasma, atipias nucleares e multinucleação (vários núcleos).
astrocitoma anaplásico (grau III – OMS): como o nome já diz, é um tipo de transformação neoplásica que confere ao tumor um potencial de maior agressividade. Suas células proliferam mais rapidamente, com crescimento rápido de massas tumorais e que levam freqüentemente:
aumento da pressão intracraniana: sintomas como cefaléia e vômitos.
deficiências motoras: de um lado ou outro do corpo.
problemas com a fala.
Apresentam menor sobrevida quando comparados com os dois anteriores, chegando a uma media de 3 a 4 anos (70% dos casos). A cirurgia continua sendo a melhor opção de tratamento e esta deve ser a mais ampla possível. A partir de uma ampla resseção (extirpação) tumoral se conseguem melhores resultados quanto ao tempo de sobrevida. Sempre após a cirurgia é obrigatória a realização de:
radioterapia localizada.
quimioterapia com drogas específicas ressonância magnética deve ser realizada a cada 3 meses ou 6 meses para se manter vigilância quanto a crescimento de restos tumorais ou para a detecção precoce de retorno tumoral.
glioblastoma (grau IV – OMS): são astrocitomas difusos de alto grau de malignidade, sendo que, no mesmo tumor é comum haver áreas de astrocitoma bem diferenciado que fazem transição para glioblastoma. Geralmente as áreas mais malignas estão na profundidade. É o tumor mais agressivo desta linhagem e que pode ter duas origens:
glioblastoma primário: quando diagnosticado primariamente.
glioblastoma secundário: decorrência da transformação de um tumor de baixo grau ou anaplásico.
aspecto macroscópico: apresenta-se como massa expansiva mal delimitada na substância branca de um hemisfério cerebral. Necrose muito comum e pode envolver a maior parte do tumor. Pode haver formação de cistos e/ou hemorragia. Há comumente edema peritumoral e desvio da linha média e com hérnias. Em alguns casos o tumor infiltra o corpo caloso, passando ao hemisfério contralateral (lado oposto), na forma de tumor em asa de borboleta.
aspecto microscópico: são critérios fundamentais para o diagnóstico:
atipias celulares: as células nos glioblastomas são astrócitos em graus variados de diferenciação. Os menos diferenciados são pequenos, com citoplasma escasso e poucos prolongamentos curtos. Alguns têm dois prolongamentos bipolares, lembrando os glioblastos, células embrionárias do tubo neural que dão origem aos astrócitos e outras células gliais. Além disso, pode haver células dos mais variados tamanhos e formas, inclusive células gigantes multinucleadas.
mitoses: são facilmente observadas. Algumas são atípicas (tripolares, tetrapolares, desalinhamento de cromossomos na placa metafásica, etc.).
proliferação vascular: constitui uma feição extremamente importante do glioblastoma. Há aumento do número de capilares, tanto no tumor como no tecido nervoso em volta. São capilares proeminentes, cujo aspecto pode lembrar glomérulos renais, sendo assim denominados pseudo-glomérulos. As células endoteliais destes capilares são numerosas e com núcleos tumefeitos. É muito comum trombose nestes vasos anômalos, que é responsável em parte pela necrose (abaixo). Esta proliferação é atribuída à secreção pelas células neoplásicas de fatores de crescimento que atuam sobre o endotélio (fatores angioproliferativos). Estes, aumentando o número de vasos, favorecem a irrigação e, portanto, o crescimento do tumor. Por isto, proliferação vascular é sinal de alta malignidade.
necrose coagulativa: pode ser extensa a ponto de envolver quase todo o tumor. Há áreas necróticas menores, de contornos geográficos, em cuja periferia as células neoplásicas estão concentradas e dispostas em paliçada. A isto se denomina necrose em pseudopaliçada.
O glioblastoma é um tumor muito grave, de crescimento rápido, com história clínica de poucos meses. O quadro caracteriza-se por:
síndrome de hipertensão intracraniana: com cefaléia, vômitos em jato, edema de papila.
sinais de localização: conforme a área atingida, tem-se: hemiparesias (paralisias brandas de uma das metades do corpo), parestesias (sensações desagradáveis da pele), afasias (enfraquecimento da fala), hemianopsia (perda do campo visual).
crises convulsivas: em paciente adulto não epiléptico devem sempre levantar suspeita de tumor intracraniano.
Seu diagnóstico ainda é péssimo, por recidiva inevitável do tumor. Apresenta freqüentemente na idade adulta, após os 40 anos de idade, mas não são exclusivos desta idade. A sobrevida dificilmente ultrapassa 6 meses a 1 ano após o diagnóstico (70% dos casos). O tratamento é cirúrgico para a retirada da maior quantidade possível de tumor, visando descomprimir o cérebro e aliviar a hipertensão intracraniana. É quase sempre impossível a retirada total, devido à má delimitação e às graves seqüelas da ablação (remoção) de áreas funcionantes. Usa-se radioterapia como adjuvante (auxiliar), mas paliativa e tem o objetivo de aliviar os sintomas de hipertensão intracraniana, porém, a quimioterapia tem pouco efeito. A quimioterapia tem sido indicada para casos de pacientes jovens, com bom estado neurológico, porém é ainda um tema controverso no sentido de sua precisa indicação.
Oligodendrogliomas
São tumores de hemisfério cerebral de adultos, com incidência menor que os astrocitomas e glioblastomas, correspondentes à cerca de 10 a 15 % dos gliomas. Possuem características clínicas e radiológicas, com crises convulsivas e normalmente apresentam calcificações nos exames de imagem.
aspecto macroscópico: formam massas acinzentadas, geralmente melhor delimitadas que os astrocitoma, sendo comuns as calcificações. O aspecto histológico é característico. São formados por oligodendrócitos, que são células pequenas, com núcleo redondo e citoplasma claro, geralmente com halo vazio em volta do núcleo (aspecto de ovo frito). A impressão é de regularidade. Os vasos são delicados, com ramificação dicotômica, com formação de trama comparada à tela de galinheiro. Geralmente não se observa a proliferação endotelial característica dos glioblastomas. Embora sejam relativamente bem delimitados e histologicamente diferenciados, tendem a recidivar após a retirada cirúrgica, já que esta só raramente pode ser completa. O grau de malignidade dos oligodendrogliomas comuns é grau II – OMS e pode aumentar nas recidivas, passando a grau III – OMS, ou oligodendroglioma anaplásico.
Podem ser divididos em dois subtipos histológicos (estrutura tecidual):
oligodendroglioma de baixo grau: a origem deste tumor proporciona menor agressividade histológica e biológica quando comparado a tumores astrocíticos. Por isso seu prognóstico é muito favorável, sendo a sobrevida superior a 15 anos (90% dos casos), quando ressecado (extirpado) cirurgicamente de forma completa. Existe potencial de transformação maligna, porém, mesmo os agressivos respondem bem aos tratamentos adicionais (radio e quimioterapia). O tratamento de escolha é o cirúrgico, principalmente, sendo a radioterapia e quimioterapia reservadas somente com o sinal de progressão da lesão ou transformação. Ressonâncias de controle são necessárias anualmente ou quando as crises convulsivas tornarem-se mais freqüentes ou fora de controle.
oligodendroglioma anaplásico: a anaplasia dá um caráter mais agressivo ao tumor, porém novamente, quando comparado ao astrocitoma anaplásico, sua sobrevida é maior, uma média de 5 a 8 anos na maioria dos pacientes. A cirurgia deve ser a mais ampla possível e obrigatoriamente seguida por radioterapia e quimioterapia. O esquema quimioterápico classicamente utilizado e que apresenta maior resultado é o PCV (P=procarbazina, C=carmustina, V=vincristina) mensal. Temos as seguintes definições para estes componentes, a saber:
procarbazina: substância usada como antineoplásica (contra tumores) e paliativa (pouco eficaz), especialmente na doença de Hodgkin.
carmustina: agente antineoplásico alquilante (que contém alquila) não-específico para a fase do ciclo celular. Utilizado no tratamento de tumores cerebrais e várias outras neoplasias malignas.
alcalóide: isolado de arbustos ruderais do gênero Catharanthus roseus, usado medicinalmente como antineoplásico.
Ependimomas
Têm a tendência para repetidas recidivas pós-cirúrgicas e o prognóstico final é sombrio. Ependimomas comuns são de grau II – OMS e há os anaplásicos considerados grau III – OMS. Origina-se das células ependimárias que revestem a cavidade dos ventrículos encefálicos e do canal medular, portanto em relação topográfica com os ventrículos, podendo originar-se nos laterais ou no IV ventrículo. A distribuição etária é ampla, indo de crianças, em maior número (3 a 5% dos gliomas) até a idade adulta. A incidência com relação à idade está ligada à sua localização. Por isso pode ser encontrado em todo o eixo do sistema nervoso central. Um fato importante a salientar é a sua característica disseminatória, ou seja, como está em contato íntimo com o liquido cérebro-espinhal pode se disseminar à distância dentro do cérebro e da medula e formar novos tumores à distância. Por isso, na investigação destes quadros encefálicos, sempre se deve pesquisar a sua disseminação, através de exames de liquor e ressonância magnética da medula.
aspecto macroscópico: formam massas acinzentadas, bem delimitadas, que podem ter aspecto em couve-flor (papilífero) e fazer saliência no interior do ventrículo, com infiltração no tecido cerebral adjacente (próximo). Histologicamente, as células são geralmente bem diferenciadas e uniformes. Tendem a arranjar-se radialmente (em forma de raios) ao redor de vasos, aos quais lançam um prolongamento. Os núcleos ficam a certa distância do vaso, deixando um halo anucleado (róseo) perivascular (pseudorosetas perivasculares). Em aumento fraco isto dá ao tumor um aspecto malhado (alternância de áreas ricas e pobres em núcleos), comparado à pele de leopardo. Pode também haver rosetas com centro vazio, chamadas rosetas verdadeiras ou de Flexner, que reproduzem estruturas normais formadas por células ependimárias nas proximidades dos ventrículos ou do canal central da medula.
Quanto à sua estrutura pode ser dividido em três grupos:
ependimomas de baixo grau.
ependimomas anaplásicos.
ependimomas mixopapipares: é um subtipo típico da região medular.
ependimomas encefálicos: também subdivididos em:
em crianças: ele é mais agressivo biologicamente. A cirurgia seguida por radioterapia é o tratamento de escolha em crianças acima dos 5 anos. Em crianças abaixo desta faixa etária, a quimioterapia complementar deve ser instituída.
no adulto: é mais indolente (insensível). Quando a resseção é completa, a conduta de observação e seguida com exames de imagem parece ser a mais indicada. Quando o tumor já se mostrar disseminado pelo liquor ou com implantes à distância, a radioterapia de todo o neuroeixo deve ser instituída.
ependimomas medulares: a presença destes tumores junto da medula é maior na: lombar, cervical e torácico. Os pacientes apresentam maior dificuldade de andar e dores irradiadas para pernas ou braços, além de distúrbios urinários e constipação. A cirurgia é o tratamento exclusivo na grande maioria dos casos e não há necessidade de tratamento complementar.
ependimomas supratentoriais: são tumores quase que exclusivos de crianças, localizados dentro dos ventrículos laterais, compostos de grandes massas tumorais, levando a criança a apresentar vômitos e náuseas. Seu tratamento é eminentemente cirúrgico e caso seja histologicamente (estrutura dos tecidos vivos) anaplásico, a radioterapia juntamente com a quimioterapia se faz necessária. Sua sobrevida é ótima nos casos de tumores de baixo grau, superando 20 anos. Possuem sobrevida de 5 a 10 anos nos casos de anaplásicos.
ependimomas infratentoriais: mais freqüentes em crianças, porém, com incidência entre os 20 a 30 anos. Seu comportamento biológico é distinto com relação à faixa etária, a saber:
Gliomas mistos ou oligoastrocitomas
Correspondem a 5% dos gliomas, correspondendo a uma mistura de componentes astrocíticos e oligodendrocíticos. Novamente aqui, o componente oligodendroglial confere um comportamento menos agressivo e mais favorável quando comparados aos astrocitomas puros, porém mais agressivos que os oligodendrogliomas puros. Histologicamente podem ser:
de baixo grau ou anaplásicos: devem ser operados e irradiados, no caso de serem grandes (maior de 5 cm). Nos pequenos totalmente ressecados (retirados), somente a observação e exames de ressonância devem ser feitos. Nos casos anaplásicos, a radiação seguida por quimioterapia é obrigatória.
astrocitomas difusos: abrangem grande espectro de neoplasias, desde lesões que crescem lentamente, até tumores altamente agressivos e fatais. Uma característica importante desse grupo de neoplasias é a tendência à recorrência, freqüentemente acompanhada da progressão para fenótipos (composição genética detectável) mais malignos, o que é um aspecto particular dos astrocitomas gemistocíticos, não observáveis no tecido cerebral normal ou durante a embriogênese. Entretanto, sua presença em neoplasias tem sido considerada um fator de pior prognóstico. Vários estudos têm mostrado que a evolução dos astrocitomas para graus maiores de anaplasia, reflete aquisição seqüencial de alterações genéticas. Como nos astrocitomas de baixo grau, mutações no gene-p53 são as alterações genéticas mais comuns, presentes e em freqüências semelhantes nos astrocitomas anaplásicos e glioblastomas, sugere-se que sejam evento inicial no processo de transformação maligna.
astrocitomas gemistociticos: uma variante dos difusos e caracterizada histologicamente pela presença predominante de astrócitos gemistocíticos, entretanto sem definição precisa.
SUGESTÃO CROMOTERÁPICA
Gliomas
Analisando o tema em questão, tem-se que:
definição: é o termo utilizado para designar os tumores (neoplasias) originários das células da glia encefálica, ou seja, várias células com função de suporte nutricional, sangüíneo, estrutural e de defesa aos neurônios, encontradas ao redor dos neurônios (célula do Sistema Nervoso) assim como em meio aos axônios (prolongamentos, o corpo condutor) neuronais. A maior parte da glial ou neuroglial, em termos quantitativos, pode ser encontrada na substância branca encefálica. As neoplasias com o nome de gliomas são mutações espontâneas dos genes que controlam o ciclo celular ou a divisão celular. Esses genes, quando em função normal, controlam a divisão celular, sendo esporádica e sem caráter hereditário. Somente em casos raros de tumores familiares os genes passam de uma geração a outra.
formação: os fatores desencadeantes ainda não são bem conhecidos e o único fator bem claro que desencadeia mutações é a radiação ionizante (formadora de íons). Estão sendo pesquisados fatores ambientais, tais como: vírus, hormônios e trauma.
ocorrência: afetam igualmente a homens e mulheres, porém a idade adulta é a mais afetada (30 a 60 anos). Seguindo a mesma nomenclatura das células que formam a glia, os gliomas ou neurogliomas, ou ainda, tumores da glia podem ser divididos em quatro grandes grupos. Essa classificação é descendente no sentido menos agressivo para o maior grau de agressividade, a saber:
astrocitomas: tumor do tecido nervoso formado por astrócitos, células em forma de estrela e com prolongamentos longos, importantes para a estruturação das fibras nervosas e correspondentes à grande maioria dos gliomas (70% do total).
oligodendrogliomas: tumores de hemisfério cerebral de adultos, com incidência menor que os astrocitomas e glioblastomas, correspondentes à cerca de 10 a 15 % dos gliomas.
ependimomas: com tendência para repetidas recidivas pós-cirúrgicas e o prognóstico final é sombrio. São células ependimárias que revestem a cavidade dos ventrículos encefálicos e do canal medular, com relação topográfica com os ventrículos. Ocorre em maior número nas crianças (3 a 5% dos gliomas) até a idade adulta, ligada à sua localização. Pode ser encontrado em todo o eixo do sistema nervoso central – SNC. Por estar em contato íntimo com o liquido cérebro-espinhal pode se disseminar à distância dentro do cérebro e da medula e formar novos tumores à distância.
gliomas mistos ou oligoastrocitomas: representam 5% dos gliomas, correspondendo a uma mistura de componentes astrocíticos e oligodendrocíticos. O componente oligodendroglial confere um comportamento menos agressivo e mais favorável quando comparados aos astrocitomas puros, porém mais agressivos que os oligodendrogliomas puros.
Resumo
Para que o câncer surja tem que haver a ocorrência de diferentes fatores, podendo ser citados os seguintes: mutações naturais, duplicação anormal do material genético durante a multiplicação celular e reparo anormal de defeitos prévios. O bicho-papão é a divisão celular, visto que a célula-mãe transmite às células-filhas a característica neoplásica para o início do processo. Se o sistema imunológico não for competente para destruir tais células, a mitose provocará a criação células doentes até o comprometimento da região ou órgão onde está instalado. Embora haja uma farta informação a respeito dos mesmos, para fins da CROMOTERAPIA não há uma identificação que nos permita uma ação mais direta, por se concentrarem numa região, na qual não permite uma visualização dos mesmos, de foEsrma a separar-se a célula boa da ruim. O fato importante é de que, se não for tentada uma abordagem direta, o portador não terá meios para uma melhora, mesmo correndo-se o risco de comprometimento de outras células sadias.
SUGESTÃO CROMOTERÁPICA | |
COR | LOCAL / TRATAMENTO |
VERMELHA | Frontal – 5 segundos (para elevar a consciência de si mesmo) / Timo – 5 segundos (para estimular a produção de linfócitos no organismo). |
PRETA / MARROM / VERMELHA / LARANJA / AMARELA + 8C | Local (efeito antineoplásico, com a destruição seletiva das células neoplásicas sem destruição das células normais). |
VIOLETA |
Corpo (fortalece o Sistema Imunológico e impede a metástase celular). |
LEMBRETES
Este artigo é da inteira responsabilidade de: Moriel Sophia – Cromoterapeuta – Sinaten 0880. Esta terapia não substitui atendimento médico. Auxilia no tratamento.